domingo, 2 de outubro de 2011

Trechos do livro Memórias da montanha.


"Fosse por egoísmo ou pelo desejo de viver a liberdade da minha juventude, eu haveria de querer construir o meu próprio caminho, à revelia da insegurança familiar."
"Sua figura permeava os meus sonhos, que eu expressava nas cartas e nos poemas que escrevia para as gavetas."
"Havia uma luz incomum em seus olhos, que eu poderia interpretar como um novo sentimento que nele nascia."

"Esperava por alguém que me encantasse de forma especial a ponto de me deixar levar completamente."
"Nossos sentimentos desarrumados nos faziam refletir coisas sobre as quais talvez ainda não quiséssemos. Não éramos imortais como pretendia nossa juventude. Entretanto, brincavámos com a morte. E, mais uma vez, vencíamos."

"Não importava o rumo de cada um, ou se o futuro nos levaria para destinos diversos. Sabíamos que aquele dia marcaria nossas vidas, e que estaríamos irremediavelmente ligados por uma lembrança."
"Após perdas irrecuperáveis jamais esquecidas, vivíamos mais leves, decerto, e dispostos para a vida que invadia as janelas abertas como luz solar ou molhava os quintais como a boa chuva."

"O que almejava era inédito para mim, algo que realizara em meus sonhos. Agora, porém, estava diante de uma possibilidade concreta."
"Compreendi que os amores passados desfazem-se em instantes, como tênue poeira, quando superados ou preteridos."
"Ao contrário das profissões da família a que me sentia atrelada, queria alçar voos estelares e desgarrar-me como uma ovelha que foge do seu bando."

Trechos retirados do livro Memórias da montanha de Denise Emmer.

Beijo, C!

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