domingo, 28 de setembro de 2014

O começo


Outra vez me envolvo nos braços dele e, conforme percebo o quanto temos em comum, descubro que passei a identificá-los e a querê-los como um lar. Nós dois estamos no momento inicial do amor, como dizem, somos a novidade um do outro, a cada encontro absorvemos mais informações sobre o outro.

Conhecer alguém é um processo delicado, ainda mais se for uma pessoa com a qual você pretende compartilhar o resto dos dias - da vida, quem sabe? Cada palavra é uma novidade, cada reação. É uma sucessão de testes - estou agradando? Será que disse besteira? Será que peguei pesado demais? Será que ele soube entender as entrelinhas?

Eu nunca estive em um relacionamento sério, porém sempre procurei selecionar conselhos, interpretá-los, ler livros sobre, assistir a filmes também, entretanto, adivinhe! Absorvi muito sobre relacionamentos vendo outros relacionamentos. Sim, olhar por fora é muito mais superficial do que realmente entender o que se passa entre um casal, mas dá para captar vários lances que servirão como molde.

Um conselho sobre namoros veio justamente de um vídeo que não fala sobre amor, e sim sobre relações trabalhistas, amorosas e sociais. A questão em volta do assunto trata sobre conversar com aquele que escolhemos para estar ao nosso lado compartilhando momentos. Como diz o vídeo, "beijos, amassos, carinho.. Tudo isso é ótimo, mas um dia não vai mais bastar, e é nessa hora que na junção dos beijos haverá de existir o diálogo, o compartilhamento de ideias." O amor começa com atração, mas só dura se houver compatibilidade, e esta descobrimos ao longo de conversas.

Ando aprendendo também que, por mais que a gente saiba um montão de coisas sobre se relacionar com alguém, por mais que já tenhamos vivido uns, sei lá, dez relacionamentos, sempre e sempre e sempre estaremos em uma situação completamente nova quando conhecemos uma pessoa  - isso exatamente porque não existe uma fórmula pronta para fazer um namoro funcionar.

"Temos a mesma percepção sobre a vida, essa calma, leveza, simplicidade fazem parte de nós dois, gosto disso", ele me diz. Pois é, talvez isso signifique que estamos no caminho certo.


Beijo, C.
Boa semana!
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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A parabólica de cada um


"Se a TV estiver fora do ar 
quando passarem os melhores momentos da sua vida, 
pela janela alguém estará de olho em você!" (Parabólica - Engenheiros do Hawaii)

Li hoje um texto sobre "relacionamentos" e, pela primeira vez na vida, me identifiquei e compreendi o assunto. Já haviam me dito que nos conhecemos através do olhar do outro. Sozinhos não conseguimos descobrir quais são os nossos piores defeitos, angústias, bem como os nossos pontos fortes. Estar em um relacionamento é basicamente isso.

Faz pouco mais de um mês que um moço passou a agradar o meu coração, e, por consequência, adentrá-lo. Através dessa experiência ainda "breve", eu diria, já passo a conhecer coisas sobre mim que eu ainda não sabia. Também vou concluindo que temedores de relacionamentos são, na verdade, temedores de si mesmos. Lá dentro tem tanta coisa, não é mesmo? Ás vezes é temeroso ter que olhar para dentro e descobrir que somos uma soma de imperfeições.

Vou descobrindo que o amor não tem fórmula - opa, só mesmo Leo Jaime e Leoni para acreditarem que ela existe. Assim como a fórmula do amor não existe, a fórmula para um relacionamento funcionar também não está à venda por aqui. É uma construção, eu diria. Aos poucos os olhares, identificações, compatibilidades e uma troca cúmplice acontecem. É no dia a dia, nada de fantasias. Se fórmulas existissem quebraria-se o encanto de cada descoberta entre os dois.

Aos poucos vou entendendo sobre o amor de uma forma como nunca antes, mas sinto que todos os "rolos" que vivi até então me prepararam para o momento atual, fazendo com que eu estivesse em condições de aproveitá-lo com plenitude, envolvimento... Fazendo com que eu me deixasse levar, apostar, ué, a vida chamou, ela permitiu que duas pessoas integrassem a vida uma da outra, compartilhando o tempo, experiências, pensamentos e muito, muito amor.

Acho que relacionamentos são apostas, conhecer uma pessoa é uma aposta. As variáveis são muitas, tantos desencontros... O que me faz voltar sempre àquele pensamento: Quando as coisas tem de ser, elas são.
O que não é uma "aposta" é conhecer a si mesmo - e isso, mesmo que doa e você não goste daquilo que descobrir, infelizmente só um comentário a fazer: esse é você mesmo.

O amor acontece, e com ele, você acontece também.

Beijo, C.
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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Expectativas off, felicidade on


Felizmente parei de assistir filmes da "Sessão da tarde". Talvez eu tenha parado um pouco tarde, concluo então.
No que me refiro a assistir tais filmes quero dizer romancear, acreditar que o cara perfeito existe.

Lembro de uma sessão de terapia, uma das muitas em que o assunto abordado fora: garotos, relacionamentos. Minha terapeuta me dissera: "- Quanto mais você idealizar, mais difícil de encontrar esse alguém." Demorei a entendê-la.

Acho que é comum, principalmente na vida das garotas, idealizarmos uma pessoa. De fato, acredito que ser uma assídua leitora de romances fez com que eu tivesse essa visão sobre garotos desde muito cedo.
Mais ou menos aos dezessete anos eu ia para a terapia com uma "listinha" mental das características que eu queria que estivessem presentes "nele". O fato é que isso me afastou de muitos amores "imperfeitos". Aliás, recusei o primeiro amor da minha vida porque ele era muito escandaloso e vivia querendo todas as meninas. E eu, aos doze anos, já pensava que o garoto tinha que ser um cavalheiro - opa, isso eu penso até hoje.

Porém, existem muitas formas cavalheirescas. O "B" (letra fictícia) poderia não ter as atitudes mais maduras, convenhamos, ele tinha apenas treze anos. O fato é que eu quis exigir dele algo que ele não estava pronto para ser ou para me oferecer, acreditando que isso impediria que nos déssemos bem. Hoje, quase dez anos mais tarde, o "B" é outro, se tornou o cara cavalheiro que eu queria que fosse aos treze anos.

E quantos "B"s surgem em nosso caminho? Afastamos tantos garotos que poderiam fazer-nos felizes se baixássemos nossas expectativas e idealizações. Recusamos pessoas por elas não terem aquilo que pensamos ser necessário para estarmos felizes ao lado delas. E será que é mesmo? Será que precisamos mesmo daquilo que pedimos? É necessário maturidade pra reconhecer e para estar disposto a desistir de tudo o que a gente pensa que necessita para encontrar a verdadeira pessoa que encherá os nossos dias de afeto e amor genuínos.

Demorou tempo para que eu quebrasse o paradigma de "amor feito filme da sessão da tarde". Eles não existem. Provavelmente a pessoa que vai te fazer feliz é aquela que tem a maioria das coisas que você não estava procurando e aí você vai acabar descobrindo que são justamente elas que te farão se apaixonar e desejar estar cada dia mais com aquele "imperfeito" que surgiu ao teu lado.

Beijo, C.
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