domingo, 30 de dezembro de 2012

Ei 2012!! Obrigada por tudo!!



Ao som de The wings - Gustavo Santaolaolla - me sinto pronta para dar tchau à 2012. Amei muito todos os momentos que vivi durante os 365 dias desse ano. Acho que minha vida mudou bastante, até mesmo para circunstâncias que nunca me imaginei vivendo.

Enquanto ouvia e via os fogos de artificio que me traziam o novo ano, eu sentia que tudo iria mudar. Pensava: "É isso, ano! Faça o seu melhor, pois eu espero o melhor. Tudo vai mudar, aposto minhas fichas, mas prefiro que o desconhecido me encontre e surpreenda."

Muitas lições, novidades e a consciência de ter vivido e aproveitado tudo o que eu podia das oportunidades que me foram oferecidas. Confesso agora a minha saudade, a saudade que vou sentir de tudo o que 2012 me trouxe e que sei que fica nele, pois em 2013 tudo mudará novamente - por interferência voluntária e involuntária também. Vivi tantas coisas boas, conheci tantas pessoas maravilhosas que é triste dizer tchau, mesmo que apenas por transmissão de pensamento - aquele que nos diz que o nosso tempo do lado de certas pessoas acabou.

Foi em 2012 que fiz a primeira viagem internacional de avião da minha vida. Conheci o Peru! E juntamente nesse ano foi que tive acesso a primeira maravilha do mundo que eu conheceria. Esse era um fato que eu já sabia que aconteceria, afinal a viagem foi planejada no final de 2011. Amei ter vivido isso, e amei também os fatos que não planejei - o inesperado que desejei enquanto o ano apenas começava.

Uma de minhas maiores lições para esse ano foi ter trabalhado junto à pessoas com Síndrome de Down. Em meu primeiro emprego fui cercada de pessoas maravilhosas que trouxeram para mim os mais lindos dias e compensatórios também. Me senti realizada em todas as funções trabalhistas que vivi no ano de 2012.

Também em 2012 fui para São Paulo passar alguns dias, viver a loucura que é fazer compras em plena 25 de Março.

Fui submetida a provações também, ao cansaço, ao verdadeiro "se desdobrar em três". Vontade de desistir de tantos planos? Quase nada, e mesmo nos momentos que queria desistir, me reergui mais uma vez com aquele pensamento "A vida não para por ninguém; não vai parar por mim."

Mas foi também nesse ano, mais para o final, que reencontrei meu rumo. Cheguei a me cercar do pensamento de que acabei encontrando um novo rumo, porém não é verdade dizer isso. Eu, na verdade, resolvi repensar o rumo que já havia traçado para viver, que sempre morara nos meus sonhos, na profundidade de minhas maiores vontades. Aquilo que sempre assisti, sempre tive vontade de viver, mas nunca me permiti. Talvez porque ainda não havia chego a hora certa... E agora chegou. Em 2013 irei em busca de viver todos esses sonhos, agora que tenho mais certeza sobre o que de melhor sei fazer na vida, além de saber que não serei jovem para sempre - aliás: ninguém vai ser...

Recebi feedbacks lindos em 2012. Coisas que jamais pensei que ouviria, que me diriam com tanta simplicidade e sentimento. É mágico quando tudo surge naturalmente!

Acho que também pensei que poderia dar por encerrado este ano ainda quando novembro terminava... Porém, surgem os dias e as voltas que o mundo dá e muitas coisas surgem para surpreender - coisas que talvez possam se tornar duradouras, marcantes e que irão comigo para o ano de 2013. É a prova de que até o último segundo de um mesmo dia, ano tudo pode acontecer... Você nunca  sabe o que te espera em tal lugar - uma grande oportunidade ou uma pessoa marcante (leia-se um grande amor).

Apenas agradeço por ter vivido tão intensamente 2012, por ter sido um ano que mudou minha vida pra valer. Sentirei saudades, mas fico na expectativa de que o novo ano seja melhor ainda, ciente das mudanças que 2013 trará.


FELIZ ANO NOVO PARA TODOS OS LEITORES DO DOCE ESTRANHO MUNDO DE CAROL!! OBRIGADA POR TODOS PELOS MAIS DE 105.000 ACESSOS!!! CONTINUEM POR AQUI SEMPREEE E CURTAM A PÁGINA www.facebook.com/doceestranhomundodecarol

Nos vemos em 2013 (:

sábado, 29 de dezembro de 2012

O que 2013 nos reserva?

Estamos há menos de 72 horas de um novo ano começar. Este não vai ser o meu post de agradecimento pelo ano que vivi, e nem para refletir sobre tudo o que nele aconteceu. Acho que ainda estou tentando encontrar palavras para agradecer por tudo o que vivi. Neste post aqui vou continuar meus desejos de que 2013 seja um ano lindo e abençoado.

Então aqui vão minhas dicas para refletir sobre as possibilidades do novo ano.
Primeiro a charge:

E dois vídeos que encontrei em fan pages no facebook:

E este: http://www.youtube.com/watch?v=gOOkcKb4Ny4


Também achei interessante o comercial de tv do Banco Itaú.



#Inspire-se!

Beijo, C.
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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

(...) Você foi brilhante.


‎"- Você foi brilhante, uma beleza de ver - disse Alice.
- Obrigada.
- Vamos vê-la em alguma outra peça neste verão?
A jovem olhou para Alice por um tempo incomodamente longo, antes de responder.
- Não, esse é meu único papel neste verão.
- E você só está aqui para a temporada de verão?
A pergunta pareceu entristecer a moça, enquanto ela a considerava. Seus olhos se encheram de lágrimas.
- Estou. Vou voltar para Los Angeles no fim de agosto, mas estarei por aqui muitas vezes, para visitar minha família.
- Mamãe, esta á Lydia, sua filha! - disse Anna."

(Trecho retirado do livro Para sempre Alice)

Obs: O livro conta a história de Alice, que tem o mal de Alzheimer

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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Natal.


Caminhar ao lado dele fez toda a diferença. Presente de Natal? Quem sabe poderia ser.

- Você costuma olhar as estrelas? - ela perguntou.
- Não... Mas admiro uma que encontro nas primeiras horas do dia. É a última estrela do céu, naquele momento em que o dia já amanheceu, mas ainda não há sol, apenas a lua e essa estrela. Dizem que é um planeta... O reflexo de um planeta.

Baseado em teorias, ou apenas em sua própria imaginação, foram cercados pela noite em sua totalidade, em seu momento mais escuro.
E ela pensava consigo mesma, enquanto podia olhá-lo estando ao seu lado, que o mundo realmente dava muitas voltas. Como poderia tê-lo encontrado sem querer, em uma noite nada a ver, em um instante de sua vida em que não o estava procurando? Mistérios que a vida trazia, pensou.

Deixaria de tentar entender. Queria viver. E, por fim, apreciar tudo o que havia conquistado ao longo de um dos anos mais corriqueiros e surpreendentes de sua vida.
Tudo havia sido bom, desde as primeiras horas calmas em que 2012 começava, até o agito dos últimos dias do ano. Quando o final de novembro havia chego, desejava muito que o ano acabasse logo. Mas ainda o mundo giraria 30 vezes antes que o ano acabasse. Deveria ter sabido da possibilidade das tantas surpresas que o ano ainda reservava.

Ele a abraçou apertado, tirando-a de seu devaneio. Olharam-se, e mais outra vez ela só sorriu e seguiu rumo para casa ao lado dele.

Beijo, C.
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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

(...) Desejou ter sido a paixão dele.


"- Eu queria que tivéssemos passado mais tempo juntos - comentou ela.
- Como assim? Acabamos de passar o verão inteiro juntos.
- Não, não o verão, a nossa vida inteira. Tenho pensado nisso e gostaria que tivéssemos passado mais tempo juntos.
- Ali, nós moramos juntos, trabalhamos no mesmo lugar, passamos a vida inteira juntos.
(...)
- Acho que abandonamos um o outro por tempo demais.
- Não me sinto abandonado, Ali. Gosto da nossa vida, acho que temos tido um bom equilíbrio entre a independência de seguirmos nossas paixões e a experiência de uma vida em comum.
(...)
- Você não está abandonada, Ali. Estou bem aqui com você.
John consultou o relógio e engoliu o resto do café.
- Tenho que correr para a aula.
Pegou a maleta, jogou o copo na lata de lixo e se aproximou da mulher. Curvou-se, segurou entre as mãos a cabeça dela, com seu cabelo preto cacheado, e a beijou delicadamente. Alice levantou a cabeça e comprimiu os lábios num sorriso fino, prendendo o choro, só até o marido sair de seu escritório.

Desejou ter sido a paixão dele."

* O texto a cima foi retirado do livro Para sempre Alice, da autora Lisa Genova.

Beijo, C.
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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Clima de despedida.


Até o ano passado as únicas despedidas decorrentes de um "até breve" e outro "nos encontramos por aí" haviam acontecido na escola. Acho que exatamente a quem eu gostaria de me referir seria às pessoas que começamos o contato no começo do ano e no término deste é lançada a despedida.
Por que isso acontece? Bom, seus colegas de faculdade do último semestre que você fez provavelmente não serão seus colegas no próximo ano. Alguns irão se formar, outros decidiram que deviam tentar outro curso, trancar o atual.

Despedidas, goodbyes.
Elas também acontecem porquê colegas de trabalho vão embora. Um novo emprego, um avanço na carreira.
Se teve algo que este ano me mostrou foi que despedidas acontecem o tempo todo, tão mais surpreendentes do que deveriam ser, eu acho, principalmente por aquelas pessoas especiais que encontramos, que gostaríamos que ficassem por muito mais tempo, e vão embora também.

O tipo de despedida que dói é aquele em que damos tchau à pessoas adoráveis, especiais e tão surpreendentes... Fica aquela nostalgia do "vou continuar vindo a este mesmo lugar, porém não a verei mais." Concluo o quanto desse tipo de nostalgia está comigo nesse final de ano, o tanto que estou vendo ir embora, certa da saudade, mas também da continuação e avanço de cada vida que encontrei.
Porém, de tudo o que vai e de tudo o que fica, concluo também minha felicidade em saber que existem pessoas que simplesmente valem, e que eu as encontrei.

Somos vítimas, mas também atuantes de despedidas. Que elas nos tragam momentos bons pelos quais recordar e sentir saudade, e também que tragam novos ares e pessoas, pois mais do que tudo o que precisamos é de renovação e a certeza de que tudo tem um ciclo, e no término de um, outro se iniciará.

Beijo, C.
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Depois do ensino médio.


*** Esse texto eu dedico para todos os que se identificarem com as minhas palavras, todas as que escreverei a seguir. Talvez o que eu traduza aqui seja singular, sentimentos só meus pós-ensino médio, ou talvez outros se identifiquem também.***

As luzes do salão acenderam muito cedo, na minha opinião, naquele sábado de dezembro de 2011 - há exatos um ano atrás. Era a noite de minha formatura de ensino médio e eu queria que ela tivesse durado o dobro, triplo e muito mais de tempo. Quatro horas da madrugada e todos tinham que ir embora com aquela fria, e ao mesmo tempo doce, sensação de que algo terminava e também alguma outra coisa estava nos esperando. Acho que eu chamava de "vida" e "liberdade" essa outra coisa. Alguns poderiam pensar nisso como sendo a faculdade, novas escolhas... Livre escolha. Aquele pensamento libertador e ao mesmo tempo insano: "Agora eu vou para onde eu quiser!"

E fomos, claro, para aonde a bússola dos nossos desejos apontou. E com a nossa nova direção, saudades, é claro. Mas não o tipo de saudade que se têm olhando fotos, conversando com um ex-colega. Na verdade saudades do ensino médio se sente pela vida que era mais simples, as situações mais fáceis, e quer queira, quer não, a menor responsabilidade perante o nosso próprio destino. Afinal, terminar o ensino médio não seria isso: ser responsável pelas próprias escolhas e pelo próprio desfecho?

Antes que eu deixasse o ensino médio, já me sentia um pouco mais pensante, mais interessada em escolhas superiores, no "lá fora". Muito de mim já se encontrava fora dos portões da escola. Porém, mesmo tendo essa maturidade precoce devido a fatores e experiências singulares, confesso que aprendi muito esse ano. E percebi que realmente estar fora do ensino médio é que nos trás a vida verdadeira pelo tudo que temos que aprender a lidar.

Sempre vou sentir saudades do colégio, colegas, do uniforme rosa e azul, ou preto e laranja. Vou sentir saudades de alguns momentos que vivi, tão marcantes e eternizados em minha memória. Porém, aqui fora é tão mais intenso tudo o que se aprende, vive e escolhe. O mundo é gigante, e as barreiras menores do que a gente imagina, mas vai de nossa vontade querer quebrá-las. Também é mais incerto, carrega liberdade, mas essa vem acompanhada de responsabilidade.

É necessário. O ensino médio acaba para todos, e quem sai dele deve carregar a certeza de que foi feito um fim, uma despedida, mas essa despedida se faz tão necessária para que vejamos que tudo o que ainda temos para viver é muito mais do que o ensino médio... É muito mais do que sonhamos.


Beijo, C.
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Três meses ou trinta minutos? - Martha Medeiros


"Qual seria o prazo que uma mulher deveria esperar até ir para a cama com um homem? 

Uma amiga que mora numa cidade do interior dos Estados Unidos me conta seu espanto diante do resultado de uma pesquisa informal (ou seja, feita por ela) junto a várias mulheres americanas. Estavam num encontro de luluzinhas e o assunto de repente surgiu, mesmo sendo irrelevante para o futuro da humanidade. A questão: qual seria o prazo que uma mulher deveria esperar até ir para a cama com um homem que a convidou para sair pela primeira vez? 

Acreditem. As gringas responderam: “três meses”. É, três meses, também conhecido como 90 dias. 

Ou seja, se você sair com o cara hoje à noite, mesmo gostando muito do jeito dele e da conversa dele, só estabelecerá um vínculo mais íntimo no final de março. Em março o mundo já terá acabado, dizem. 

Se não tiver, haja papo entre os dois até lá. Haja restaurante para frequentar, haja filme para assistir. 

Mas aguente no osso: três meses é o prazo para que ele não a considere leviana, três meses é o prazo para vocês fazerem todos os exames médicos recomendados pela Organização Mundial da Saúde, três meses é o prazo para que vocês conheçam os parentes um do outro para ter uma ideia de onde estão se metendo, três meses é o prazo para a sua dieta começar a surtir efeito, três meses é o prazo para investigar se ele não tem ficha na polícia ou se já foi denunciado pela Lei Maria da Penha, três meses é o prazo para testar se é amor mesmo ou se tudo não passa de – que horror! – uma atração mútua entre dois adultos, sem preocupações com o futuro. 

Essa minha amiga, que mora há muito tempo fora mas continua com sangue latino correndo nas veias, achou a prudência das americanas meio exagerada, e resolveu fazer uma enquete similar com suas amigas daqui, por e-mail. A maioria respondeu: “trinta minutos”. 

E assim a gente ocupa os intervalos do trabalho jogando conversa fora e rindo muito com essas bobagens. Minha amiga tem emprego estável, vive numa casa linda sem grades, os estudos do filho são pagos pelo governo Obama, assim como todas as despesas relacionadas à saúde, e ela nunca foi assaltada, nem ninguém que ela conheça. Ainda assim, mesmo vivendo a vida que todo brasileiro sonha, ordenamos a ela: volte enquanto é tempo. Vá que esse puritanismo seja contagioso. 

Três anos, três meses, três dias, trinta minutos: em que encíclica está determinado qual o momento certo para duas pessoas praticarem o que tiverem vontade, de comum acordo? Sei de gente que namorou, noivou, casou virgem (sem leilão) e, quem diria, separou logo depois. 

E sei de pessoas que foram morar juntas no dia seguinte ao primeiro beijo, e juntas continuam até hoje, apaixonadas. O amor não obedece regulamentos. Mas se você estiver se relacionando com um homem que considere essa questão determinante para saber se você é uma mulher que vale ou não vale a pena investir, a resposta para quando deve ir para a cama com ele: daqui a três séculos, se cair num sábado."

Publicado no Jornal Zero Hora. Autora: Martha Medeiros.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Que seja por inteiro.


Psicologia me encanta, quem frequenta meu blog há um bom tempo sabe disso.
Acho que gosto do enigma, da procura de respostas. Talvez o que eu realmente aprecie é a reflexão, introspecção. Pensar sobre a vida, sobre coisas que acontecem comigo enquanto eu escrevo e sobre o que ocorre com a pessoa que vejo passar pela rua.

Levada nessa onda - será que posso mesmo chamar psicologia de "onda", sabendo do quão séria ela é? Bom, para mim, que não trabalho nessa profissão e o mais próximo que chego disso é refletir com aquilo que ocorre em minha vida e tentar interpretar o sentimento de outros, sim, é uma "onda" que cada vez me encanta e me admira mais.

Um dia talvez eu curse Psicologia em uma universidade. Faria isso, apenas por curiosidade, apenas para ter mais conhecimento sobre essa área da vida humana que me é tão fascinante.

Estou lendo dois livros que englobam psicologia, que dedo para escolher, não é? De repente a gente atrai livros nos assuntos que realmente nos encantam. Um se chama "Para sempre Alice", é um romance com fundamentos psicológicos, e o outro é "O ciclo vital", esse sim é dotado de termos técnicos. Estou encantada pelos dois.

Percebendo a coincidência de estar lendo duas obras nessa área, acho que talvez a palavra certa para descrever o quão envolvida me sinto com a psicologia talvez não seja encanto, mas identificação, envolvimento, ou talvez seja um verbo: gostar. Pois quando a gente gosta, ou está no estágio de amar algo, se sente envolvida, querendo verdadeiramente muito, perceba como tudo ao redor é atraído para isso, e à nós chegam coisas e pessoas relacionadas com aquilo que sinceramente gostamos.
Para mim essa é a explicação. E acredito que com isso é que a gente vai percebendo se quer ou gosta de verdade de algo, ou se apenas é mais uma opção entre as tantas outras que nos sabemos tendo.

Bom final de semana, leitores do #DEMC.

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Beijo, C.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Inspiro, depois vou embora.


Acordei diferente, ou melhor diferente de como eu lembro me sentir na segunda-feira anterior. A verdade talvez seja aquela uma: De alguma forma alguém que vive lá em cima - e que eu acredito que existe - ouve o que a gente pede e lê os desejos que expressamos somente em pensamento.

Depois de o mundo ter dado mais sete voltas, acho que respirei fundo e de alguma forma tudo começou a ficar mais leve, com aquela sensação de melhora. Ai pensei comigo mesma que quando essa nuvem de confusão se desfizer totalmente, dela restarão somente resquícios de algo que nem era bem problema de verdade.

Alguns dias a gente acorda assim, com a esperança renovada. O que fez com que eu mudasse de pensamento não sei bem dizer... Talvez algum sonho que tive à noite me fez pensar diferente. Talvez a boa noite de sono também interfira nessa esperança em encarar um novo dia.

Já nos encontramos muito perto de encerrar mais um ano. E ultimamente o que mais me pego é estando em silêncio, refletindo, abstraindo de tudo o que vivi durante 2012. Quase não falo, estou em introspecção. Até andei me estranhando... Por que tanto silêncio? É só um pause, talvez um possível entendimento de que os dias - e anos - vão passando, tudo vai mudando e eu ainda quero fazer muito com a vida que conquistei.

Conquistar algumas coisas, abandonar outras, rever antigas, jurar não querer ver mais algumas outras... Levar comigo centenas de coisas que 2012 trouxe e que desejo estarem presentes em 2013. Outras não, outras por mais que sinta a eternidade pulsar em minhas veias por elas - vai entender esse negócio de ligação que temos com tudo o que vivemos ou com as pessoas que conhecemos - prefiro deixar ir embora, deixar esse pedaço em 2012. Para essas não desejo continuações, nem que alguém fique em meu lugar. (É, ás vezes a gente é meio egoísta hehehe. Brincadeira.)

Porém há outras conquistas que também deixo para 2012, ciente de minhas novas escolhas que me levam à outros caminhos, mas, antes de ir, sinto que inspirei alguns a entrarem nesse lugar por onde passei, conhecendo as pessoas que conheci e se familiarizando com algo que eu também me senti acolhida, dentro de uma família e que agora estou deixando para seguir com os meus objetivos.

Deixo, mas inspiro. Inspiro, e depois vou embora.

Beijo, C.
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Os solares - Martha Medeiros.


"Quando pequena, sentia um orgulho bobo de ser de Leão, só porque o planeta regente desse signo era o Sol. Afora esse detalhe, não sabia nada sobre astrologia, mas agora passei a levar o assunto mais a sério e reconheci de vez o dinamismo relacionado ao astro rei. 

Sou mais verão do que inverno, mais mar do que campo, mais diurna do que noturna. Intensamente solar, e isso é, antes de tudo, uma sorte, pois sem essa energia vital eu provavelmente teria tido um destino mais sombrio. 

Ainda assim, conheço outros “solares” que são de Touro, Libra, Gêmeos e demais signos – é uma característica que, mesmo quem não a herdou do cosmos, pode e deve desenvolver. Gente é pra brilhar, já dizia outro leonino. 

Não vou continuar me referindo aos astros, pois não é minha praia. Minha praia é Torres, Ipanema, Maresias, Mole, Sancho, Porto de Galinhas, Espelho, Ferradurinha, Quatro Ilhas e demais paraísos distribuídos por esse Brasil cuja orla é um exagero de radiante. 

Quando penso que minha cidade preferida fora do país é Londres, fico até ressabiada com este meu perfil camaleônico, capaz de me fazer sentir em casa num lugar cujo sol não é visita constante. Mas é preciso passear por todos os pontos antagônicos da nossa personalidade – ninguém é uma coisa só. Também tenho meu lado cachecol e botas, mas se fosse obrigada a escolher apenas uma de mim, nunca mais descalçaria o chinelo de dedos. 

Não vejo o solar como alguém espalhafatoso. Pode ser discreto no agir, mas ele tem uma luz íntima que cintila, que se manifesta nos seus impulsos criativos, nas suas ideias que magnetizam. Ele não precisa de extravagâncias para atrair. É uma pessoa que naturalmente se dilata, que abre espaço para o novo, que circula por várias tribos, que faz do seu prazer de estar vivo uma natural ferramenta de sedução. 

O solar tem seus momentos de introspecção, normal. Não há quem não precise de um recolhimento para recarregar baterias, fazer balanços, conectar-se consigo próprio. Mas ele volta, sempre volta, e vem ainda mais expressivo em sua vibração espontânea. Há pessoas que possuem uma nuvem preta pairando sobre a cabeça. 

São criaturas carregadas, pesadas – a gente percebe só de olhar. Uma tempestade está sempre prestes a desabar sobre elas. Respeito-as, ninguém é assim porque quer, mas considero uma bobeira defender o azedume como traço de inteligência. Os pessimistas se acham mais profundos que os alegres. Não são. 

“She´s only happy in the sun”, canta Ben Harper, e faço de conta que ele se inspirou em mim, mesmo sem eu saber quem é “she” – pode ser a iguana do cara, vá saber. Que seja. Iguana, toque aqui. Sol combina com erotismo (que tons de cinza, o quê), com bom humor, com leveza, com sorriso luminoso, com água cristalina, com calor, música, cores, vida. Quando ele se põe, me ponho junto, mas não apago: quando estou no escuro, me dedico aos vaga-lumes."

Publicado no Jornal Zero Hora, 09/12/2012. Autor: Martha Medeiros.

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Beijo, C.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Trechos de "Múltipla escolha", de Lya Luft.


"É estranho pensar que tudo tem sua importância: o modo como levo o copo d'água à boca, o jeito como olho meu filho, dirijo meu carro, escrevo meu texto, prendo o botão da camisa com o cheiro da pessoa amada, cavo minha cova ou como uma fruta. Tudo modifica o mundo, tudo depende (em parte) de mim."

"E em última análise, homens que em tudo valorizam mais a beleza física, em geral são os menos interessantes, principalmente como parceiros de uma vida."

"Talvez a gente devesse aprender com as crianças que, como as pessoas muito simples, são filosofas ao natural."

"Somos as nossas paixões, mais do que nosso raciocínio frio."

"Ás vezes é preciso saltar de olhos fechados, e ver o que acontece. O palco é nosso país, a cidade, a casa e o mundo, variado como a própria vida, que pouco se domina, mas na qual podemos inventar novos heróis."

"Mas nada é inteiramente ruim se me faz questionar valores para os confirmar ou modificar. Com sorte ou otimismo, com amargor ou ceticismo, cada um inventa a sua própria teoria, calça os seus sapatos, busca seu rumo, abre (ou não) a próxima porta. E vai nadar contra a correnteza."

"Atrás de cada porta, a cada dia da vida, realizamos um trabalho a quatro mãos: nós e o velho amigo-inimigo chamado destino, abrindo e povoando um espaço que a cada gesto e pensamento nosso se expande e se ilumina, ou se apaga na neblina dos desejos inúteis. Essa é a nossa múltipla escolha. Simples assim, complicado assim."

Frases retiradas do livro Múltipla escolha, escrito por Lya Luft.

Beijo C
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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Borboletas.


Tirei o esmalte de todas as unhas e não foi o suficiente. Meu nervosismo chegou na fase do roer. Odeio isso, chamado até de vício, mas sei o significado. Estou extravasando algo, é a minha forma de demostrar. Escrever ou roer unhas: das duas uma. Ou então correr. Formas de descarregamento de energia. Porém o último item ainda não estou apta a voltar. Então escrevo, ou roo unhas.

De repente senti saudade, em um misto de esquecimento e mudança de sentimentos. O tal do "seguir em frente". Quando ouvi o telefone tocar, ou mais precisamente vi o número no identificador de chamada, senti-me reconfortada, lembrada. Abraçada mentalmente, quem sabe.

Quando atendi a chamada, fui a mesma de sempre, talvez ouvindo do outro lado da linha a mesma pessoa de sempre. Não confessei minhas dúvidas, nem minha saudade e desconforto. Quer dizer, nessas horas quando a gente sabe que nossas interrogações são pequenas, acabamos dando um jeito sozinhos, sem confessar para não preocupar. Mas a verdade é que as dúvidas não são a parte mais pesada. Na verdade é a confusão que não me sinto confortável em confessar. Talvez porque só diga respeito à mim e aos meus sentimentos singulares. Decisões que reformularão meu futuro, decisões que me farão chegar mais perto de sonhos que tão ativamente cultivo.

Cada mudança sugere que nós abandonemos algo para que exista um novo começo. Isso ás vezes pode ser doloroso, porém é exatamente nessa dor, na compreensão de estar deixando algo para trás para encontrar algo novo, que percebemos o quanto valeu a pena aquilo que vivemos. E se for a saudade que restar de tudo isso - tanto para nós que vamos embora quanto para aqueles que ficam -, apesar de alguns momentos que não foram bons, significa que cumprimos nossa parte, que acabamos de deixar uma marca pelo lugar onde passamos e demos razões para as pessoas novas que conhecemos lembrarem de nosso nome.

Dias atrás conheci essa música, e não sei bem porque, mas enquanto escrevia esse texto, escutava e identificava esse texto com ela:

Beijo, C.
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Pensamento nas pernas - Martha Medeiros.


"Sempre acreditei que, se eu quisesse transformar alguma coisa, teria antes que passar por uma racionalização profunda e, posteriormente, por uma compreensão dos fatos. Ou seja, primeiro, pensar bastante para, então, compreender. 

Cumprindo essas duas etapas, atingiria a serenidade buscada, fosse nas questões amorosas, familiares, profissionais, existenciais. A compreensão, como num passe de mágica, soltaria os fios enovelados e só então eu poderia me modificar. 

Acontece que pensar demais cansa. Afirmo com a experiência de uma maratonista cerebral: eu vivia sempre no módulo on, com o cérebro ligado na tomada, descansando só quando dormia, e ainda assim com um olho fechado e outro aberto. Se pensar conduzia à compreensão, bora pensar, para poder entender. Sem entender, acreditava que meu barco ficaria à deriva, noites e dias sob as intempéries, sem atracar em lugar algum. 

Tanta coisa serve de cais: um casamento, uma promoção, uma cura, um projeto, uma bolada, um filho. Estamos sempre indo ao encontro de alguma coisa sensacional que ainda não sabemos o que é nem se iremos encontrar mesmo. 

Pois, diante desse imenso ponto de interrogação que é o futuro de todos nós, reformulei minhas crenças: estou me dando o direito de não pensar tanto, de me cobrar menos ainda, e deixar para compreender depois. Desisti de atracar o barco e resolvi aproveitar a paisagem. 

Primeiro mude, a compreensão virá depois. É mais ou menos o que a filosofia de Nietzche sugere. Ninguém muda apenas através do pensamento. A transformação meramente intelectual é uma presunção, não existe de fato. É preciso colocar o pensamento nas pernas e agir. O corpo é que nos leva para uma nova vida, e não a razão, diz o filósofo num texto chamado “A favor da crítica”. 

Recentemente os integrantes do programa Saia Justa discutiram o que é drama e o que é tragédia, e chegaram à conclusão de que o drama te encarcera, enquanto a tragédia, por mais dolorosa que seja, te coloca em movimento: você sai dela diferente. Do drama você não sai: você fica remoendo, remoendo, remoendo. Excesso de racionalização engessa o sentimento e não te leva pra fora, pra frente. 

De Nietzche a Saia Justa é um salto e tanto, reconheço, mas toda filosofia é bem-vinda, seja acadêmica ou de mesa de bar, de programa de tevê, de coluna de jornal. Estamos aqui para aquilo que os intelectuais rejeitam que se fale em público (mas falo baixinho: ser feliz). E a felicidade não é uma ilha paradisíaca onde nosso barco um dia atracará. A felicidade não é terra firme: ela é o próprio mar. 

Passamos uma vida perseguindo a felicidade, sem reparar que ela está justamente na perseguição. O pensamento nas pernas. O movimento. A ação. Não há muito a compreender além disso."

Escrito por Martha Medeiros, publicado no Jornal Zero Hora, 02/12/2012.
Beijo, C.
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domingo, 2 de dezembro de 2012

Meu efeito festa.


O meu intuito sobre luzes rarefeitas é de esquecimento. Ouço a música, me deixo levar, embalar. Canto as canções que conheço, e aquelas que amo - enquanto ouço e as danço - fecho os olhos. Esqueço de problemas, esqueço de vida profissional e até mesmo a pessoal. Quando abro os olhos só lembro de continuar dançando, sem porquês, sem julgamentos. É o meu stop, a parada sagrada da semana que vem com codinome de esquecimento, diversão.

Quando eu chego em casa, então volto a pensar. Já foram muitas as vezes em que voltei de festas com bilhares de coisas para colocar em papéis. É claro, sem muita noção de fazer um texto coerente, e sim registrar pensamentos reflexivos. Aqueles do tipo: Esqueci de mim por um tempo - umas seis horas ou mais - e agora compreendo sensações, reações e sentimentos em mim para os quais antes não encontrava explicação. Ou então volto para casa e, ao invés de explicar o que eu já sentia, descubro diretrizes novas que fazem parte de mim desde sempre, e que apenas agora chegou o momento de percebê-las.

Esquecer-se de si mesmo. Soa impossível né? Somos reações e pensamentos o tempo inteiro. Porém é tão significativo encontrar uma forma de deixar o nosso convencional de lado, pois assim novos descobrimentos de nossa personalidade acontecerão.

Para mim festas, viagens e estar reunida com uma galera são ótimas formas. Acho que cada pessoa encontra sua forma singular. Na verdade o que faz a gente se esquecer um pouco de nós mesmos seja por algumas horas ou dias, é o quanto a gente realmente se envolve com o local ou as pessoas. De nada adiantaria ir à uma festa e continuar pensando naquele problema no trabalho, ou então aquela prova da faculdade. Não, a gente só esquece de si mesmo estando em uma festa se dança até os pés doerem, se canta algumas canções - mesmo que erre totalmente a letra (Obs: Ninguém está ouvindo mesmo hahaha!) e se deixar envolver pelo clima de diversão, de risadas e descontração.

É isso. Para evoluir sobre si mesmo é necessário esquecimento.



Beijo, C.
www.facebook.com/doceestranhomundodecarol


sábado, 1 de dezembro de 2012

Once Upon a Time - 1x17 - Hat trick.

(Foto retirada da fã page Once Upon a Time no facebook)

Chapeleiro: "O que é mais louco que ver e não acreditar? Abra seus olhos. Olhe ao redor. Acorde!"
(...) Histórias? Histórias? O que é uma história? Na escola aprendeu sobre a guerra civil?
Emma: "Claro."
Chapeleiro: "Como? Leu por acaso em um livro? Como esse seria menos real que os outros?"
Emma: "Os livros de história se baseiam na história."
Chapeleiro: "E os contos de fadas se baseiam em que? Imaginação? E de onde vem? Tem que vir de algum lugar. Sabe qual é o problema com este mundo? Todos querem a solução mágica para seus problemas, mas se negam a acreditar em magia."
Emma: "Este é o mundo real."
Chapeleiro: "Um dos mundos reais. Quão arrogante você é em achar que há só um? Existem muito mais! Você tem que abrir sua mente. Eles se encontram, entre tantos outros, cada um tão real quanto outro. Com suas próprias regras. Alguns tem magia, alguns não. E alguns precisam de magia."


Beijo, C.
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