terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Livros do mês - janeiro.


Pequenos Terremotos foi o meu livro de estreia nas leituras de 2012. Achei-o muito bom, apesar de ser um livro aborda um assunto sobre o qual eu ainda não havia lido. A verdade é que esta obra nem constava na minha lista de leitura, eu apenas o vi na estante da biblioteca pública e ele chamou minha atenção. Jennifer Weiner conta nesta obra sobre a vida de quatro gestantes e os mistérios da gravidez e do casamento de cada uma. A história é interessante, é puramente ficcional, mas se encaixa perfeitamente na realidade. Indico, é muito bom!


Amor nos tempos do cólera descobri existir quando um dia estava na casa de minha vizinha e uma estante de livros chamou a minha atenção. Logo raptei alguns livros que já havia ouvido falar, mas Amor nos tempos do cólera surpreendeu-me, pois eu já havia ouvido falar sobre o filme e sempre tive curiosidade em até mesmo assistir o filme, mas não o assisti, e descobrir que havia o livro sobre o qual o filme foi baseado acabou despertando-me curiosidade. Amor nos tempos do cólera é um livro difícil de ser lido, pois o vocabulário nele empregado é antigo. Basicamente tive que procurar o significado de algumas palavras no dicionário para compreender o sentido de algumas frases. Afora isso, o livro é muito bom, conta a história sobre o amor impossível entre Florentino Ariza e Fermina Daza. Se você gosta de um romance clássico, esta obra é a pedida certa.

Beijo, C.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Qual é o teu sonho?


Dias atrás vi a seguinte frase rolando no perfil social de um amigo: "Se você não se sacrifica pelo seu sonho é porque não é seu sonho de verdade." O autor da frase não estava citado nela quando a encontrei.

Curiosa, perguntei sobre o sonho que o meu amigo deixou claro possuir quando escolhera postar tal frase em seu perfil.
Ele me respondeu que era um sonho incomum, que eu acharia "estranho e feio" aquilo que ele sonhava e que muitas pessoas não entendiam que aquilo que ele almejava era algo não somente de bobeira, mas sim um projeto de vida. Talvez por ser um sonho pouco requisitado no meio com o qual convive, tão pouco a sério foi levado quando contou aquilo que queria ser para as pessoas do seu cotidiano.

A verdade é que quando você deseja ou sonha em conquistar algo não é preciso que as pessoas acreditem em você e naquilo que você almeja. Basta que você acredite em si mesmo.

Talvez você sonhe em ser a artesã de Patchwork mais requisitada do mundo ou apenas queira ser o gari mais elogiado. São inúmeras as possibilidades e as chances de você estar aonde deseja, mas não deve se envergonhar daquilo que sonha.

Se quer bem saber o que penso, a força e o impulso que seus sonhos terão para tornarem-se reais será medida exatamente pelo quanto você está disposto a arriscar por eles e o quanto é capaz de mostrá-los ao mundo sem medo e sem vergonha do que os outros irão dizer.

Beijo, C.

Trechos do livro Amor nos tempos do cólera.



"Era ainda jovem demais para saber que a memória do coração elimina as más lembranças e enaltece as boas e que graças a esse artifício conseguimos suportar o passado."

"Mas sabia, mais por escarmento que por experiência, que uma felicidade tão fácil não podia durar muito tempo."

"Não se acovardou, pois sentia em si um sopro de levitação que lhe daria a força de mover o mundo."

"Foi o que Hildebranda a fez ver, mas ela não admitiu, pois jamais reconheceria como a realidade que Florentino Ariza, para o bem ou para o mal, era a única coisa que lhe acontecera na vida."

"Lembrou a ele que os fracos não entram jamais no reino do amor, que é um reino impiedoso e mesquinho, e que as mulheres só se entregam aos homens de animo resoluto, porque lhes infundem a segurança pela qual tanto anseiam para enfrentar a vida."

"Florentino Ariza, por outro lado, não deixara de pensar nela um único instante desde que Fermina Daza o rechaçou sem apelação depois de uns amores longos e contrariados, e haviam transcorrido a partir de então cinqüenta e um anos, nove meses e quatro dias."

"Contudo, quando já o imaginava apagado por completo da memória, reapareceu por onde menos o esperava, convertido em fantasma de suas saudades."

"Não revelara o segredo de seu amor nem mesmo à única pessoa que conquistara o direito de sabê-lo. [...] não porque não quisesse abrir para ela o cofre onde o guardara tão bem ao longo de meia vida, mas porque só então percebeu que tinha perdido a chave."

Trechos retirados do livro Amor nos tempos do colera escrito por Gabriel Garcia Marquez. 

 Obs: Este filme inspirou ao filme de mesmo nome.

Beijo, C.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Corações de concreto - Por Felipe Sandrin


 "Afirme: você não amou! E eu irei remoer argumentos para provar que não só amei, como ainda amo. Agora, caso questione: você já amou? Eu responderei sobre gestos gelados: não conheço o sentimento do amor. Conheço o da paixão, do desejo, do querer alguém acima de tudo. Poderia ser amor, mas quando penso que só desejo essa pessoa feliz se for comigo, percebo que não é amor, mas sim o velho egoísmo trivial humano.

Os ventos quentes me inspiram. A garota que observo ao longe sem saber-se desejada, a garoa fina que faz os pais correrem buscar os filhos, os quais seguem a brincar ainda mais alegres. Tudo inspira uma mente inquieta.

[...] Fascinantes somos nós tentando interagir. Darwin afirmava que sobreviver nada tinha a ver com força, mas sim com adaptação. Qualidade formidável essa de se adequar ao meio, vocês não acham? As pessoas mais brilhantes que conheço são assim, sobrevivem e constroem em meio ao que faria outros se autodestruiem.

Interessante como cabe tanto dentro de cada um. Sabe, para alguns, animais de concreto representam a interpretação vida, para outros, a morte do natural. Para alguns a internet é fundamental. Para outro: “O que é essa tal internet?”. Para alguns é apenas a multidão, já para outros é aquela garota, sozinha, indo embora, mas deixando a frustração: por que não tentei me aproximar e conversar com ela?

Ainda que submissos à nossa natureza, existem diferenças em cada um de nós, assim tememos o próximo e receamos nos aproximar. Eis a dificuldade aflitiva do “amar”, entender e distinguir o amor pelo desejo ou pelo desejado.

O bom é conciliar, tentar não cobrar tanto, ver tudo com olhar negativo, no entanto, ao mesmo tempo não deixar a malemolência capciosa raptar os sentidos que nos fazem evoluir.
É preciso estar sereno para entender que deixar a garota não é o fim do mundo, mais deixar o erro se repetir pode ser nossa maior perda."

Texto escrito por Felipe Sandrin, publicado no Jornal Serra Nossa, edição do dia 20/01/12

Beijo, C.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Mudando.

 Sei que o final de janeiro já se aproxima e eu muito pouco o vi passar.
Acontece daquele jeito: primeiro você está lá, comemorando a chegada de um novo ano, naqueles segundos que o que pode contar é o que você está sentindo, qual é o tamanho da expectativa pelo que virá de diferente e novo e aquilo que você deseja que aconteça.

Sinceramente, fiz tudo conjugadinho. Agradeci pelo ano que acabava e todas as coisas boas que nele eu havia vivido, respirei fundo e desejei o que pensei que havia para desejar no novo ano que ali então começaria.

Mas o que eu sabia por certo que viria nesse ano de 2012 eram as mudanças, os novos desafios, os imprevistos também. E agora, neste janeiro que já se encaminha para o final, mudanças já estão acontecendo.

Eu já disse e talvez eu goste de dizer novamente que mudanças desfazem alguns dilemas e por vezes trazem outros. Dilemas são participantes inconclusos e mutantes, mas sempre se fazem presentes. Mas uma vez surgidos, cada pessoa deve saber o limite cabível a cada um deles, caso houverem muitos.

Mudará. Mudando. Mudar. Mudei. Mudarão. Palavra no futuro perfeito, no pretérito perfeito, no presente simples, no pretérito mais que perfeito, no infinito. O meu único pedido é que elas existam, pois sem elas não há como avançar e crescer, mas peço para que desfaçam dilemas e me levem sempre para mais perto de meu objetivo.

Beijo, C.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Porque eu gostei do Peru.


Talvez aqui eu pudesse fazer uma lista infindável constando tudo o que no Peru me agradou.
Primeiramente eu gostei do jeito que os peruanos tratam os turistas. Eles prestam informações, são anteciosos e fazem muito para agradar, pois o turismo também é um dos fatores que mais movem a economia do país.

Em segundo lugar, viajar para fora do Brasil e estar no meio de pessoas que falam uma língua diferente é uma aventura muito grande. Afinal de contas, como o meu espanhol não é lá muito mais do que um "Gracias", o meu vocabulário acaba sendo mínimo e pequeno perto de tantas palavras estrangeiras.

Em terceiro lugar, os lugares que conheci foram lindos. Adorei o jeito das cidades de Puno e Cusco, o frio que nelas senti foi o mesmo que costumo sentir no inverno da cidade onde moro, a única diferença é que Puno e Cusco possuem ruas menores, talvez seja uma arquitetura ao estilo espanhola. Não pude ver muito de Arequipa, afinal de contas apenas peguei o avião na cidade, mas essa sim é uma cidade praticamente construída no meio do deserto. Juliaca também só pude observar pelas janelas do ônibus, porém essa cidade pareceu ser o caos.

Também gostei de conhecer Lima, a capital que não para, e por fim, mas não menos importante, uma das sete maravilhas do mundo moderno, o Machu Picchu. É um lugar perfeito e é o lugar mais bonito que já conheci até hoje. Talvez seja a energia que existe por lá, a energia que só a natureza consegue criar.

E finalmente eu tenho que admitir que eu poderia contar muito sobre o que vi, vivi e senti, mas a magia você só descobre estando lá.

Beijo, C.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Tu que tá com saudade.


A saudade me alcançou mais longe nesse alvoroço de vida que não para pra ninguém e que muda para todos a cada vez que o ponteiro do relógio gira. E então fica irremediável não lembrar do último ano que você viveu no Ensino Médio, o tão popular "terceirão."

Afinal de contas, quem não se lembra do começo desconhecido da 33M, da Morgana que não estava na lista de chamada e que virou Moranga com o passar das manhãs na 33? (Sim, é bem verdade que o apelido que ela ganhou não foi exatamente um apelido que ela amou.)

Impossível esquecer das filmagens e pirraças de quem gravava O Quatrilho e das frases marcantes ditas por alguns personagens:
- É uma barrica de sal, dizia o Lucindo.
- O que vocês decidi pra mim tá bom, entoava a Luísa.
- E tudo era bom, finalizava a Naieli.

O total de alunos era 32 em uma turma que sempre aceitaria 33, mas continuou com 32 até o final do ano. 32 soldados, entre eles 8 meninos e 24 meninas.

Impossível esquecer do quanto estudiosas e dedicadas eram a Patricia, a Andressa, a Letícia, a Renata, a Fernanda, a Kellem, a Tayne e a Daniela e o quanto a Giseli foi chamada de Design e a Gisele foi chamada de Tamandaré. A verdade é que as pessoas nem sabiam que o nome da Gisele era esse mesmo, todo mundo aprendeu a chamar ela de Tamandaré.

O Notebook que a Morgana sem querer deixou cair no chão e quebrou foi motivo de zueira por muito tempo, principalmente pelos guris que pouco se preocuparam com o estado da Morgana, e sim em fazer piadas com o objeto quebrado.

A gincana na metade do ano não nos foi beneficiente em nada, mas pelo menos não fomos os últimos colocados.

Impossível esquecer também a Cris e suas pérolas escolares, o Pere e seus "produtos coloniais", o Lucindo e o Bergamo motoras sempre prestativos, assistenciando alunos sem CNH.

O Dani teve um dia de mulher nessa história toda e há boatos que ele curtiu até andar de salto, não é mesmo, garotas?
O Clisman virou "Clismén" e era só ele entrar na sala para todos ouvirem a sagrada frase dita por ele: "Eu me equivoquei."
A Laura que virou velha raposa e que sempre cantava "Lobisomem do arvoredo" e contava para toda a turma seus amores inconclusos.

A Jana apareceu no dvd de formatura do pré do Jacson e o Wagner ficou pouco bêbado no Arraiá da turma e perdeu o foco no "meio limão, um limão" e teve sua mochila super cheia de água nos últimos dias do seu colegial.

A Vivi entrou na UFRGS e o Léo e o Jacson deveriam ter ela como inspiração para suas futuras vidas acadêmicas.
Falando em Leonardo e Jacson, é impossível esquecer a bagunça quilométrica que vocês faziam. "Vocês eram impossíveis, guris". Haha.
E também a bisca, o "classic" e "O melhor ensino Médio e Terceiro ano da sua geração" e, é claro, a tão complexa "União Soviética".

A Paula merece crédito, pois, por mais que atormentassem a paciência dela, ela ainda conseguia conviver harmonicamente com o Jacson e o Léo, mas é claro que ela também saiba exatamente quais as palavras para cortar as brincadeiras dos dois. A verdade é que as implicações deles não eram uma forma de querer mal, pois acho que o grau de implicação deles era uma maneira de demonstrar carinho também - mesmo que ás vezes parecesse muito mais o contrário que esta suposição.

A dedicação da Cami e as histórias da Raquel, o sooono da Daniele e as cobranças da Greici também são impossíveis de serem esquecidas. Ainda mais por conta da Greici, pois era apenas ela chegar no quadro que nós já sabiamos... "Tem xerox...", "Vocês tem que me pagar... até ..."
Além disso, os hómens e os nómes e o inesquecível MEOTIO que ela falava, além do mais o nome dela errado na camiseta. Camiseta a qual foi escolhida para ser uma apologia ao exército, pois como todos devem perceber o significado de exército é união.

Brincadeiras a parte, galera, saudades ficaram no coração de todos que compartilharam os dias da 33M e, é claro, alguns sentem saudades com maior intensidade e outras com menos, porém, como sabemos, saudade é sempre igual no final.

Aqui, quem traduz o sentimento coletivo de quem sabe o que viveu, é a oradora que tão honrada ainda se sente por ter sido escolhida para representar não apenas a turma 33M, mas todo o turno da manhã.
E essa oradora, podem ter certeza, recorda alguns momentos e sente saudade como todos os citados neste texto sentem também.

A verdade é que um pedaço de mim sempre estará ligado aos dias da 33M e de todo o terceiro ano do Ensino Médio e à todos os que estiveram nele presentes. Mas conforme o tempo passa, a vida já vai demonstrando suas mudanças. Cada um tem um destino, uma história para protagonizar.
Não vou me esquecer de vocês... E nem das canetas que eram minhas e foram quebradas na última semana de aula, nem dos cadernos que eram meus e foram todos transformados em bolinhas de papel. Apenas alguns testes e algumas provas sobraram para contar a história, ooo que guerra, hein? hahaha

33M <3

Beijo, C.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

III - Conheci o Vale Sagrado e o Machu Picchu /Pe.

 Fiquei em uma pousada no Vale Sagrado. Que lugar lindo e que pousada linda. O lugar era bem rústico e antigo. O restaurante do local também possuía um buffet e um à la carte muito bons. Nós conhecemos vários lugares turistícos do vale também, inclusive o artesanato local.

Conheci, então, Machu Picchu no dia seguinte ao que cheguei ao Vale Sagrado.
Uma das 7 maravilhas do mundo é exatamente isso: um lugar maravilhoso, perfeito, especial. São as palavras que consigo usar para definir o lugar.

Tudo começa com uma viagem de trem, após um ônibus leva os visitantes da estação de trem até A Cidade Perdida dos Incas. E, quando chega, o mundo inteiro acaba se encontrando por ali. Nativos do Peru, colombianos, brasileiros de todos os cantos do país, arábes, argentinos, uruguaios, ingleses, americanos, espanhóis e portugueses. Os quatro cantos do mundo em um só lugar.

Ouvindo nosso guia falar, descobri que uma vez era liberada a entrada de quantas pessoas fossem possível em Machu Picchu, mas hoje não, somente 3.500 pessoas diariamente são permitidas para visitar o local Inca. Também existem 4 teorias sobre o que exatamente era Machu Picchu e o nosso guia formulou uma quinta hipótese e pretende lançá-la em um livro.

É maravilhoso. É natureza. É lindo. Eu poderia descrever muito aqui, mas não conseguiria passar a sensação exata. Apenas estando lá para sentir a energia que Machu Picchu desprende.

Beijo, C.

Morrer é preciso - Fernando Pessoa.



Já que a passo que dou e darei de agora em diante acabo sentindo que a vida mudará cada vez infinitamente mais, posto aqui o texto que me indicaram nesta manhã linda de segunda-feira.

"Estamos acostumados a ligar a palavra morte, apenas à ausência de vida, e isso é um erro. Existem outros tipos de morte. E precisamos morrer a cada dia.

A morte nada mais é que uma passagem, uma transformação. Não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião sem morte do óvulo e do espermatozóide, não existe borboleta sem a morte da lagarta. A morte nada mais é que o ponto de partida para o início de algo novo, a fronteira entre o passado e o futuro. Se você quiser ser um bom universitário, mate dentre de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente. Quer ser um bom profissional? Então mate o universitário descomprometido que acha que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas. 

Quer ter um bom relacionamento? Então mate dentro de você o jovem inseguro e ciumento, crítico e exigente, imaturo, egoísta ou solteiro solto que pensa que pode fazer planos sozinho, sem ter de dividir espaços, projecto e tempo com mais ninguém. Quer ter boas amizades? Então mate dentro de si a pessoa insatisfeita, que só pensa em si mesmo, mate a vontade de manipular as pessoas de acordo com a sua conveniência, respeite os seus amigos, colegas de trabalho e vizinhos.

Enfim, todo o processo de evolução exige que matemos o nosso eu passado, inferior.
E qual o risco de não agirmos assim? O risco está em sermos duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo a nossa produtividade, e, por fim, prejudicando o nosso sucesso. Muitas pessoas ficam assim porque continuam se agarrando ao que eram, não se projectam para o que serão ou desejam ser. Elas querem a nova etapa sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam. Acabam por se transformar em projectos acabados, híbridos, adultos infantilizados. Devemos, até , às vezes, agir como meninos, de forma a não perder as virtudes da criança: vitalidade, criatividade, brincadeira, sorriso fácil, tolerância... Mas se quisermos ser adultos, devemos, necessariamente, matar atitudes infantis, para passarmos a assumir inteiramente os papéis de cidadãos, pais,  líderes, profissionais...

Quer ser alguém melhor e evoluído? Então precisa matar em você o egocentrismo, o egoísmo, para que nasça o ser que você deseja ser. Pense nisso e morra, mas não se esqueça de nascer melhor ainda. O valor não está no tempo que as coisas duram, mas na intensidade com que acontecem, por isso existem coisas inexplicáveis, momentos inesquecíveis, pessoas incomparáveis."


Ótima semana, 
beijo C.

domingo, 22 de janeiro de 2012

II - Conheci Cusco/Pe


Foi só descer no aeroporto de Cusco - Aeroporto Internacional Alejandro Velasco Astete - que a altitude já me deixou preguiçosa. Cada passo parecia necessitar de uma energia muito superior para ser feito e também Cuzco foi um dos dois lugares que mais senti frio nesta viagem.

Conheci várias ruínas históricas da cidade, como o Templo do Sol Koricancha. Visitei o Conjunto arqueológico de Sacsayhuaman, Q'enqo - que eu confesso: não consegui pronunciar da mesma maneira que o guia soube pronunciar -, Pucarapucara e Tambomachay.

Achei o máximo o hotel de Cuzco em seu estilo Idade da Pedra - o Hotel San Agustin Internacional.
Cuzco é uma cidade bonita e aconchegante. O centro que possui também é cercado de artesanatos próprios do local e por lá vi uma Starbucks.

À noite fomos jantar exatamente na frente do hotel onde estavámos hospedados: Pizza do Carlo. Arriscamos e fomos no primeiro restaurante que vimos pois o cansaço era superior e o frio também. Arriscamos e gostamos. Parece que a Pizza do Carlo é um dos melhores lugares que há por aqui para comer. Ele até saiu no jornal uma vez. O lugar é pequeno, mas muito aconchegante e a pizza é tão saborosa quanto as encontradas na cidade onde moro.

Gostei de Cusco, até mesmo do frio que não sentia desde o final do inverno do Brasil até então.

Beijo, C.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

I - Conheci Lima / Pe.


Estive, durante oito dias, vivendo uma das maiores aventuras da minha vida até então.
Conhecer um dos países da América Latina que faz fronteira com o Brasil, estar a tantos quilômetros de distância de casa é algo emocionante.
O Perú é um daqueles lugares que eu pensei que demoraria muito mais tempo para conhecer, mas quando coloquei os pés nele pela primeira vez percebi que talvez o tempo seja apenas algo imaginário. Geralmente os lugares que a gente sempre pensa que vamos demorar para conhecer são aqueles que mais cedo chegam oportunidades para visitarmos.

Depois de um voô de 4 horas, pousar em Lima, a capital com mais de 9 milhões de habitantes onde o movimento da população não para é algo totalmente interessante. São muitas pessoas pelas ruas, o trânsito é caótico não por haver carros demais, e sim por haver semáforos de menos. Ou você anda megamissímo atento quando atravessa a rua ou você é atropelado, pois muitos poucos carros param para que pedestres atravessem as ruas.

Lima talvez seja uma capital como outra qualquer, com seu trânsito gigante, com sua quantidade relativamente grande de habitantes e suas lojas de franquias. O que apenas acho que diferencia Lima de uma capital qualquer é que não chove. Sério, não chove, se não estou errada, desde 1970 e o engraçado é que o primeiro pensamento que você tem quando coloca os pés em Lima pela primeira vez é: vai chover.

"A combinação das condições atmosféricas que produzem este clima são: o frio da corrente de Humboldt que está muito perto da costa no inverno esfria o caloroso ambiente tropical que corresponde à sua latitude, produzindo uma nuvem espessa extremamente baixa que impede a passagem da luz direta do sol, perto de Cordilheira dos Andes que atua como uma barreira impedindo que o ar vindo por correntes marítimas e as nuvens fujam. Como resultado, Lima e a costa peruana têm um clima temperado, apesar de estar localizada nos trópicos. Este sistema também impede a formação de nuvens carregadas de chuva, de modo que Lima tenha clima de deserto. A quase nula quantidade de chuva é produto de condensação de nuvens baixas." (Fonte: Wikipedia).

Lima me agradou. Eu e a minha família quase nos perdemos pela avenida principal tentando encontrar um restaurante legal pra jantar, mas tudo bem. Qualquer coisa iríamos chamar um táxi. A diferença de fuso horário - cerca de 3 horas a menos em relação ao Brasil - apenas foi sentida no horário de jantar e no horário de dormir. Ás 8h da noite eu já não tinha fome e sim sono.

Lima foi a primeira cidade do Peru que conheci.

Beijo, C.




quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Viajando II.


Prontamente amanhã - ou eu deveria dizer daqui há algumas horas apenas? - estarei indo para um lugar que ainda não conheço em um país que só conheço pela televisão.

Quando viajamos, para qualquer destino que for - seja há 50 quilômetros de distância ou há 15 mil quilômetros - voltamos diferentes.

Desta vez que estou indo também vai ser desse jeito: ir uma Carol e voltar outra.
Espero entender um pouco melhor todas as mudanças que agora estão acontecendo e espero perceber aquilo que continuará comigo apesar de tudo o que está mudando e aquilo que talvez não dure.

Na realidade, espero esquecer um pouco de tudo. Desligar a Carol rotineira e ligar a Carol que sei que só é encontrada enquanto viaja.

Quando eu voltar, eu conto o que vivi fora do país no meu Terceiro Diário de Bordo.


Não postarei aqui até dia 19 ou 20. Mas continuem acessando, olhando textos antigos. (:
Beijo, C.

Apenas mais uma de amor.

 A primeira vez que você sorriu para mim, eu pude compreender que não estava lidando com apenas uma paixão qualquer. Talvez um dispositivo dentro de nós mesmos saiba detectar quando uma simples paixão irá se transformar em um amor ou em um grande amor.

Estando hoje, talvez, na trecentésima vez que você sorri para mim, meu coração já não segue na mesma batida, nem mesmo posso me condizer ao jeito que estava na última vez em que meus olhos te registraram em minha memória.

Sinto que mudei bastante desde então, mas mudanças sempre foram uma via de mão dupla, por isso vejo que mudanças em você também aconteceram.

Ultimamente tenho me questionado se sempre que segundas chances surgem em nossas vidas elas realmente aparecem a tempo de serem aproveitadas ou se aparecem um pouquinho tarde demais.
Ultimamente tenho me perguntado se o significado da sua volta é para que exista uma segunda chance para nós dois, ou se eu deveria apenas ignorar pensamentos como este e seguir como se um alguém comum tivesse entrado em minha vida.

Esse amor, essa história vivida que já reapareceu-me tantas vezes.
Me pergunto se é tarde, se um dia você vai ir embora de verdade ou se ainda existe algo para vivermos juntos.
E me questiono também se, em meio há tantas mudanças que agora interagem em minha vida, você será uma parte inalterada, se continuará comigo apesar de tantas alterações cotidianas. Ou se vai ir embora, outra vez.

Beijo, C.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O que você quer ser quando crescer?


Quando se é pequeno tudo o que você deseja se torna mais simples do que parece.
Construir o próprio patrimônio, chegar à lua, ter o emprego dos sonhos, viajar pelo mundo.
O engraçado é que você cresce e a maioria desses desejos permanece com você por muito tempo.

Alguns vão continuar apenas como sonhos, outros podem até virar realidade, mas para isso é preciso que você responda à uma pequena pergunta: O que você quer ser quando crescer?
Astronauta? Médico? Bombeiro?

Saber esta resposta não será o fim das suas buscas e sim o seu ponto de partida para várias outras.
É através dela que o seu futuro começa a ser desempenhado, é ela que transforma o plano louco em algo totalmente possível.

Comigo não foi diferente. Assim como você, eu queria o improvável, surpreendente, o inovador. Fazer o que ninguém mais seria capaz de realizar, ir tão longe que nenhuma outra pessoa pudesse me alcançar. Ser o descobridor de uma nova era ou, quem sabe, de um novo tempo.
Na verdade, eu queria mesmo era realizar os meus desejos.

E assim como em uma brincadeira de criança, conquistar tudo aquilo que parecia improvável. O trabalho dos sonhos, a família perfeita. E porque não viajar pelo espaço?
Não cheguei a ser astronauta, não fui bombeiro e muito menos médico, mas experimentei o novo. Comecei do zero, fiz de tudo e tudo de uma forma diferente.

Servi a aeronaútica, vendi jornais, verduras e picolé. Trabalhei como ajudante na construção civil. Fui operador de produção, pintor e até artesão.
O primeiro grande patrimônio não foi nenhum castelo, vendi muito esterco e metal. Talvez todas essas opções não me permitiram enxergar mais longe naquele momento, mas com certeza permitiu-me ter experiência. Experimentar minha capacidsade de empreender para viver e estar a frente do tempo em que vivo.

E você? Tem sonhado com o quê? Quais os seus planos para chegar lá?
Ficar parado não vai lhe trazer nenhum resultado inovador. Não lamente sua sorte, não tenha vergonha do que faz. O trabalho é o que transforma você.

Posso te dar um conselho?
Sonhe! Experimente! Faça o novo.
Busque a concretização dos seus desejos todos os dias.
Escolha fazer o que você gosta e não apenas o que lhe trás dinheiro. Ele virá naturalmente através dos seus esforços. Seja fiel aos seus valores. Faça com amor e seja o melhor naquilo que faz.

Lembre-se: Você é o único responsável pelo seu destino. Coloque-se sempre em primeiro lugar. Ame o próximo na mesma proporção que se ama.
Somos todos capazes de ser e fazer. Não deixe que façam por você. Erre. Erre de novo e através do erro ganhe experiência.

Não seja tão duro com você mesmo e quando tudo parecer difícil, volte a ser uma criança novamente sem nenhum medo de responder a pergunta:
O que você quer ser quando crescer?

Texto retirado deste link.

Beijo, C.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Carta de recomendação.

 "Ela é gremista fanática e dona de uma simpatia e de um carisma muito grande. Nos conhecemos há cinco anos e temos uma grande amizade. Com cabelos castanhos e cacheados, olhos verdes e uma grande aptidão para escrever, ela é uma garota determinada a ir à luta por seus sonhos e objetivos.

[....] Munida de apenas um pedaço de papel e uma caneta, ela sempre soube criar uma linda história, rica em detalhes e criatividade.
Temos muitos sonhos em comum, dúvidas também. Admiro a maturidade que ela possui, já que admito que, ás vezes, esta falta em mim.

[...] Muitas vezes a gente apanha da vida, é fato. Mas o que mais me entristece é quando acontece com as melhores pessoas. [...] Recentemente a vida desferiu à Carol um dos seus golpes mais duros. Ela perdeu alguém que amava muito, o homem legal e companheiro de quem ela sempre falou com muito orgulho. Hoje, após isso, eu amadureci muito e talvez eu aja diferente em muitas situações. Ninguém melhor do que a vida para nos ensinar o que tantas pessoas tentam e nós ignoramos."

Esta carta foi escrita para mim em 2011 por um amigo meu. Foram tantas as palavras bonitas que ele escreveu que resolvi publicar aqui. Falando nisso, acho cartas um luxo à parte. Elas não deveriam se tornar algo antiquado, sendo oprimidas pelos e-mails. Cartas demonstram tão mais sentimento e veracidade.
Coloquei o título "Carta de recomendação", pois, francamente, penso que as cartas para nos elogiarem no ramo profissional deveriam ser deste modelo aí. Hehe.

Beijo, C.



domingo, 8 de janeiro de 2012

Papéis rasgados.

 Joguei fora ontem alguns papéis que já não uso e juntamente com eles foram embora histórias que muito pouco lembrava de ter vivido.

Nas reviravoltas do tempo, acabo percebendo que este continua passando tão rapidamente e a vida, ah, a vida continua traçando seu repertório/suas linhas em direção às mudanças.
Mudanças me colocam em dúvida sobre o futuro - o meu e de todo mundo -, mas mesmo assim deixei que o passado instável fosse embora com os papéis que por mim foram rasgados.

As melhores histórias e os mais marcantes dias, ah, esses permearam e permearão comigo até que houverem fagulhas de sentimento, pois os momentos marcantes que vivi foram recordados por mim desde o momento em que aconteceram.

Mas as histórias que para serem recordadas precisam do auxílio de um pedaço de papel rasgado composto pelas palavras que descreveram tal momento para mim, ah, essas sem mais com o auxílio do papel que ontem coloquei no lixo, essas se prenderam às memórias perdidas, à uma trajetória que por mim foi esquecida - e que era para ser.

Simples assim, porém também não tão simples assim. A vida se torna outra e algumas memórias vão embora nessa mistura de passado, presente e futuro. Mas esta, esta vida que se torna outra e muda é a que precipita. Passado você sempre vai saber como foi, futuro nem mesmo as estrelas e horóscopo podem decifrar.

Futuros incertos, vida incerta. Tudo é subjugado pelo contraste do tempo e suas surpresas imprecisas.
Mesmo assim, tento e continuo. O lugar aonde quero chegar já posso visualizar, mas encarar esse pré começo é o que vira a minha vida do avesso.

Beijo, C.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Destinatário: Passado.

 Na edição de Natal/2011 do Jornal Zero Hora, o caderno Donna ZH publicou uma matéria em que profissionais do ramo artístico (estilistas, escritores, compositores) escreviam uma carta ao seu passado. O matéria foi feita da seguinte forma: Primeiro havia a foto da pessoa quando era criança e depois uma foto atual da pessoa com o mesmo figurino e cenário da foto de infância. Após as fotos, havia o nome da pessoa, profissão, a idade na foto de infância e a idade atual. A proposta era a seguinte: cada profissional em seu tempo atual tinha que escrever uma carta para a sua infância, para o seu passado.
Achei uma ideia tão bonita e vou postar aqui a carta escrita por Luciano Alabarse, pois eu amei as palavras que ele escreveu para a sua infância:


"E aí, menino, como andou tua disposição de levar adiante, vida afora, os ímpetos aparecidos no teu coração de criança? Sei bem quais eram, esses sonhos rondando tua cabeça como nuvenzinhas aceleradas, difusos em forma e conteúdo, inconclusos na tentativa de alcançar a grandiosidade misteriosa do mundo. 

Já sabias que, durante toda a vida, homens e artistas marcariam teus dias com epifanias surpreendentes. Foi isso o que te moveu: mostrar-se ao mundo sem medo, procurando revelações e significados transcendentes. Cuidaste de manter, intacta, a fé nesse Deus que te atraiu e amedrontou desde sempre, eu sei.

Não ficaste acuado diante das desilusões, adultas e inevitáveis, que o caminho te descortinou. Um grande poeta chamado Caetano Veloso, escreverá, no final de 2011, um verso onde diz que “viver é um desastre que sucede a alguns” e que “nada temos sobre os não nenhuns”. Pode ser que viver seja apenas um inventário de desilusões, como quer o Caetano. Mas pode ser de outro jeito o jeito de aprender a nos transformarmos no ser humano que desejamos. 

E se é verdade que tudo lateja e dói no transcurso da existência, te digo que vale a pena perseverar. O teatro entrará na tua vida mais tarde e te mostrará a claridade contundente e definitiva das palavras. Procura semeá-la, essa luz, contra todos os que a negarem, não a banalizes nem a subestimes.

Tua palavra será ferramenta e ofício, pois terás uma vida pública – se não te afastares da tua vocação. Aprenderás, com os erros inevitáveis da jornada, a pedir perdão e a perdoar. Deixa que a força motriz da paixão impregne o teu trabalho quando a incredulidade dos outros aparecer diante de ti, irredutível. 

Lembra que aprendeste a confiar, a acreditar e crer. Enfrenta a barra do mundo com determinação e tolerância. Acredita e leva em ti, vivo, o verso escrito na parede da velha igreja da tua rua: “para Deus não existe os impossíveis.” Deus em maiúsculo e “os impossíveis” no plural traduzirão teu jeito e tuas realizações. O adulto que sou hoje deve a ti essa força estranha. O adulto que sou hoje promete zelar pelos teus sonhos. Até o fim."

Talvez você queira saber:
Luciano Alabarse (Porto Alegre, 1953) é um diretor de teatro e de espetáculos musicais brasileiro. Trabalhou durante o período de 1970 até a década de 1990 com texto de escritores brasileiros como Nelson Rodrigues, Marcílio Moraes e Naum Alves de Souza, dando ênfase a escritores gaúchos como Carlos Carvalho, Caio Fernando Abreu, Lya Luft e João Gilberto Noll.
Fonte: Wikipedia.

Beijo, C.
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