sexta-feira, 30 de novembro de 2012

II - Quando o segundo sol chegar.


Há um bom tempo as teorias sobre o fim do mundo, modificação da Terra, começo de uma nova era começaram a estar em evidência tanto na mídia quanto em conversas de botequim.

Lembro que em 2010 escrevi um texto com o mesmo título que coloco neste. Foi quando eu resolvi prestar atenção no que essas tais teorias pregavam, o que poderiam significar e se guardavam algum fundo de verdade. Consegui absorver um pouco delas, e sei que há pessoas que acreditam, principalmente no local para onde viajei no começo do ano - o Peru. Lá a ligação que eles sentem com os elementos da natureza é muito forte.

Por essas e por outras, se é real tudo o que fala sobre o fim do mundo... Não sei, e você também não sabe dizer. Ninguém é adivinho do futuro, só um divulgador de possíveis de futuros. E se eu acredito? Acho que não em um fim, mas em uma transformação... Talvez acabemos tendo uma consciência maior sobre a atual situação do planeta. Ou talvez seja apenas uma reflexão sobre a nossa própria vida para que possamos nos tornar em alguém melhor.

Quando escrevi o primeiro texto sobre o fim do mundo, coloquei o título de "Quando o segundo sol chegar." Neste aqui resolvi colocar igual. Não sei se quando o Nando Reis escreveu e gravou essa música ela sabia de alguma teoria sobre o fim da humanidade, transformação do planeta, se escreveu com a intenção ou sem saber de nada, porém, por mim e por outros, quando penso em fim do mundo, lembro dessa música.

"Quando o segundo sol chegar
para realinhar as órbitas dos planetas
derrubando com assombro exemplar
o que os outros diriam
se tratar de outro cometa."


Beijo, C.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Logo mais: 2013.


Inspiração tardou a chegar hoje, veio sem pressa enquanto vivo este penúltimo dia de novembro.

Em vias de saber que o final do ano se aproxima, tirei fotos de Natal. Melhor já entrar no clima. Tão rápido o Natal chega e já estará indo embora. Então sim: praticamente estaremos em 2013.
Aliás, falando no ano que nos aguarda, quem aí já não está pensando nele, criando planos... Aquela vozinha na cabeça que diz: "Em 2013 eu vou... ; em 2013 eu quero..."

Novos dias, novo ano. Mudanças me esperam, esperam por você também. Exatamente o que irá mudar eu meramente posso imaginar. Porém é fato: A fatia pela qual o tempo se divide não é apenas ilusória. Momentos novos nos esperam - forjados por nós ou impostos pela vida (destino, sorte, carma... seja lá qual o termo que você acredita).

É certo: Algumas coisas poderiam durar eternamente em nossas vidas pelo tanto que as amamos. Será que um dia enjoaríamos? O fato é que nunca saberemos, pois a eternidade não se trata exatamente daquele conceito antigo que carregamos. Para falar bem a verdade, nem eu ao certo sei no que se baseia a eternidade. Depende da perspectiva de cada um. Eu acredito que ela seja algo mais superficial do que real.

Cercada de minhas perguntas sem resposta, de tudo o que aprendi ao longo de 2012, das pessoas que conheci e de tantas situações importantes que vivi, digo que preciso de um recomeço, continuar no caminho da realização de sonhos antigos e sonhar novos sonhos. Preciso continuar tendo a certeza de que vale a pena as escolhas que estou fazendo e para isso é necessário que mudanças aconteçam.

Beijo, C.
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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

#friends 10x17 - O último.


Phoebe: Então, vai deixá-la ir?
Ross: É.
Joey: Talvez seja melhor assim.
Ross: É?
J: É, sabe, você é... Ouça, você só precisa pensar sobre ontem à noite como Rachel pensa. Sabe, talvez dormirem juntos fosse o modo perfeito de se despedirem.
P: Mas agora ela jamais saberá como ele se sente.
J: Talvez seja uma boa, sabe? Talvez seja melhor assim. Quero dizer, agora você pode seguir adiante com sua vida. Você vem tentando há tanto tempo. Talvez agora que estão em continentes diferentes, consiga de verdade, sabe? Finalmente pode esquecê-la.
Ross: Sim, é verdade. Exceto que eu não quero esquecê-la. Quero ficar com ela!

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Ross: Bem, é o seguinte. Não vá.
Rachel: O quê?
Ross: Por favor. Fique comigo. Eu a amo muito. Por favor, não vá.
Rachel: Meu Deus.
Ross: Eu sei, eu sei. Não deveria ter esperado para lhe dizer, mas... Fui estupido, certo? Desculpe. Mas estou lhe dizendo agora. Eu a amo. Não embarque nesse avião. Sei que você me ama. Sei que ama.
Rachel: Eu preciso embarcar. Estão esperando por mim em Paris.

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Secretária eletrônica de Ross: "Ross, acabou de embarcar no avião e me sinto péssima. Não era assim que eu queria que terminássemos. Mas eu não esperava vê-lo. E, de repente, você estava lá, dizendo essas coisas. Agora, estou sentada aqui, pensando em tudo o que eu deveria ter dito, mas não disse. Quer dizer, eu não disse que também o amo... Eu amo você! Preciso vê-lo, preciso descer deste avião".

A mensagem termina. Ross acha que ela não conseguiu sair do avião. Então Rachel aparece na porta e diz: "- Eu desci do avião".

Ahhhhh, final perfeitooooo!!!

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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Peso do mundo.


A noite mal dormida não me deixou pensando direito durante todo o resto do dia. Pois é, quem funciona direito depois de ter sido acordado a noite inteira por um mosquito? Seres minúsculos capazes de destroçar o melhor dos sonos!

Sou contagiada. Não pela falta de sono, mas pelas sensações pequenas que se tornam extremas quando a gente sabe que o corpo não descansou tudo o que precisava.

Mas há fatores que não se alteram, algumas percepções também não, mesmo estando com os reflexos mais lentos pelo descanso a menos. Continuo a perceber o quanto algumas pessoas que me cercam não sabem o que estão fazendo no mundo. É estranho, e também lamentável, que exista uma boa parte da humanidade apenas fazendo peso no planeta. Também é lamentável o fato de saber que a antipatia com a qual essas pessoas tratam outras é algo que transparece. Será que não percebem que mau humor é sinal de frustração?  Sinto pena, sim, de tais pessoas que agem de tal forma, incapazes de quererem entender um pouco melhor a si mesmas, algo que faria com que se tornassem pessoas melhores.

Uma parte do mundo é somente peso, vive superficialmente.

Não posso julgar sem estar vivendo em outra pele, mas posso eu com isso? Posso eu conviver com antipatia e nem ao menos querer entender o porquê? Pois é, não comigo. Sou atraída por aquilo que desconheço. Busco respostas, ou talvez não nesse termo, mas procuro entendimento. É, a tal de psicologia corre por minhas veias também.

É isso. Deixo meu desabafo, ou talvez o meu conflito, que não fica despercebido, nem mesmo com o sono que sinto.


Beijo, C.
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sábado, 24 de novembro de 2012

#friends 10x16 - Aquele com a festa de despedida da Rachel.


Rachel: - Você realmente pensa que não me despedi porque não me importo?
Ross: - Foi o que pareceu!
Rachel: - Não posso acreditar que depois de dez anos você ainda não saiba nada sobre mim!
Ross: - Ok. Então porque não disse nada?
Rachel: - Porque é muito difícil, Ross! Não consigo nem explicar o quanto me fará falta! Quando penso que não o verei todos os dias, me faz querer desistir de ir. Entendeu? Se acha que não me despedi de você porque não significa tanto quanto os outros, está errado! É porque significa mais. Satisfeito? Aí está o seu adeus!

... E então eles se beijam! Cena perfeita!

Beijo, C.
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Continuação.


Aqui, entre o infinito e o nunca mais outra vez.
Não sei se acredito em ter sorte ou azar, se somos a sorte ou o azar, ou se apenas penso que o que  nos tornamos hoje é a própria recompensa daquilo que deixamos no ontem.

Dentro de mim há saudade, receio, intuição. Poucas coisas me preocupam tanto quanto a falta de explicação, os porquês sem resposta, o zumbido que não me deixou dormir à noite e os pontos cirúrgicos internos que repuxam a minha boca. Saborear alimentos nunca ficou tão sem graça.

Depois daquela manhã e dias de repouso, estou de volta, ao menos parte de mim, ao aqui, o agora, entre o infinito e o nunca mais.

Então não sei se é sorte, ou destino, ou escolhas, ou ambos os três que nos movem - para qualquer lugar que seja - rumo à uma continuação. Talvez essa seja a parte mais importante disso tudo - de quem somos, de onde viemos e para onde queremos ir.

Queria por um tempo esquecer de julgar tudo aquilo que conheço e que desconheço também. Me livrar de complexidades. Fugir, quem sabe. Porém, o que mais gostaria seria simplificar e entender que tudo aquilo que julgo serem grandes problemas, na verdade são tão pequenos. Mínimos, para dizer fielmente, perto do que realmente são problemas de verdade. Será que a gente nunca aprende? E também que mesmo se forem grandes ou pequenos os problemas, encontramos solução para o que quer que seja.

Aqui, entre o nunca e o infinito, outra vez, me questiono: Devo eu ficar ou fugir para longe, e deixar tudo para trás?

Beijo, C.
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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

#friends 10x15 - Aquele em que a Estelle morre.


"Ross: - E oque vai fazer?
Rachel: - Bem, eu aceitei.
Ross: Isso é bom! Então ficará em NYC! Está contente, não?
Rachel: Sabe, o dinheiro é ótimo. E é a decisão mais fácil
Ross: Certo.
Rachel: Mas bem que eu estava animada em ir para Paris, sabe? Estaria eu entusiasmada em trabalhar na capital mundial da moda? Certamente sim, mas bem... Tudo bem. Não tenho problema em voltar para um trabalho de onde já tirei tudo o que poderia tirar.
Ross: Eu não imaginava que você estivesse tão entusiasmada sobre Paris. Você disse que estava assustada.
Rachel: Assustada, mas de uma maneira boa, sabe? Como quando me mudei para NYC, ou quando descobri que ia ter Emma. Mas está bem assim. Será bom.
Ross: Você deveria ir. É o que você quer. Deve ir.
Rachel: Acha mesmo?
Ross: Acho.
Rachel: Bom, então vou para Paris..."

Momento cortante de um dos episódios finais da série Friends.

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Beijo, C.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Leia.

Para reconfortar a mente, e também o coração, por que não?, livros!
Eles modificam tudo. Quem os lê e entra na história que eles propõem certamente começa a observar a vida de um jeito diferente, reinterpreta aquilo que julgavam clichê e sempre terão uma maneira de observar algo antigo de uma maneira nova.

Acho que são vários os benefícios de quem se propõem a aventurar-se pelas páginas de uma obra literária. Porém, o hábito não é de muitos. Tantos leem superficialmente, outros porque sabem que deveriam, que ler é bom e importante, mas não porque sentem prazer em entrar em uma história fictícia  Para alguns ter de ler um livro é sacrificar-se, para outros, como eu, é o paraíso.

Leio desde pequena, talvez essa seja a solução de todo o mistério, do quanto sou empolgada por ler livros, por entrar em uma trama fictícia a ponto de sonhar com os personagens. Ok, pode até chamar de louca, mas acho que isso acontece apenas com os mais fanáticos pela arte de "devorar" livros.
Quem lê por prazer, por gostar mesmo da coisa, teve algum incentivo quando era criança. Por consequência trouxe o hábito para a vida adulta.

Eu tive esse incentivo na escola - onde acho que a maioria das pessoas tem -, porém alguns não levam a diante. Eu levei. Amava ler a história da Cinderela. Era o meu favorito.
Quando cheguei aos oito anos de idade minha irmã me apresentou ao livro Harry Potter e a pedra filosofal. Comecei a encantar-me pela série que ainda estava no começo, antes de ter se tornado o best seller mundial que hoje é. Acompanhada com o livro de J. K. Rowling, fui apresentada a autora Meg Cabot por meio do livro "O diário de uma princesa". E depois destes foram muitos outros. Sou a consequência de todos os que li, mas como tudo na vida: Os primeiros sempre são os mais memoráveis.

Conforme fui crescendo, percebi o quão importantes os livros se tornaram em minha vida. Carrego-os sempre comigo, qualquer sala de espera me convida a tirá-los da bolsa.
Especialmente por esses dias, enquanto me recupero de uma cirurgia, eles estão sendo minha companhia, passatempo, reconforto para a minha mente, já que a energia maior que tenho deve ser conservada. Ou melhor, já está sendo ocupada para a minha recuperação.

Conselhos são como uma barca furada, pois cada pessoa tem sua própria maneira de contemplar e observar a vida, então o único conselho que eu daria seria este: Leia muito! Queira ler, imaginar-se em histórias fictícias... Isso faz um bem danado! A imaginação gerada por livros nos leva longe.



Obs: Essa semana também encontrei essa foto na fanpage do Skoob. Achei o máximo! Com certeza incentivarei meus filhos a amarem livros desde pequenos.



 Beijo, C.
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domingo, 18 de novembro de 2012

#friends 10x02 - Aquele em que Ross está legal.


Ross: - Você passou a noite aqui?
Joey: - Sim.
(...)
J: - Olhe, Ross... Sobre a Rachel e eu. Ouça, você não tem que se preocupar com isso... porque não vai acontecer nada.
R: O que você quer dizer?
J: Nós já tínhamos decidido que não íamos fazer nada a não ser que você aceitasse isso. E, obviamente...
R: Do que está falando? Estou bem!
J: Vai continuar com isso?
R: Não.
J: Tudo bem Ross. Eu entendo. Claro que você não está bem. Vocês são Ross e Rachel.
R: Mas não somos mais. Ou melhor, não somos um casal há mais ou menos seis anos. Nossa, é isso mesmo? Seis anos e vocês não vão ficar juntos por minha causa? Deixe eu te perguntar uma coisa: O que está acontecendo entre você e Rachel?
J: Sou louco por ela.
R: E ela sente o mesmo por você?
J: Acho que sim.
R: Okay. Então talvez seja a hora de todos seguirmos em frente. Eu vou ficar bem.

Beijo, C.

sábado, 17 de novembro de 2012

Falar em público - Martha Medeiros.



"Uma amiga me pede socorro: foi convocada a falar por 20 minutos num evento profissional, ela que nunca palestrou ou participou de qualquer debate com plateia. Está assustada e me pede uns truques para combater o nervosismo. Sei que há cursos de oratória para ajudar as pessoas a relaxarem nessas situações, mas não há tempo hábil para tomar aulas. O evento é pra já – a essa altura, já foi, inclusive.

O que se diz a uma amiga nessa hora? Procure ter segurança sobre o conteúdo da sua fala, não se preocupe com o que os outros estão pensando (eles também não estariam à vontade no seu lugar) e, principalmente, tenha consciência de que uma palestra é só uma palestra, não serão por esses 20 minutos que você será avaliada no Juízo Final.

Mas é fácil falar. Melhor dizendo: não é fácil falar, não em frente a outras pessoas. Depois de anos de prática, hoje em dia já não me estresso, mas, no início, madrecita, era um castigo. A boca secava num grau que me impedia de articular as palavras com desenvoltura. No meio da conversa, eu ficava em pânico com a possibilidade de perder o fio da meada, e acabava perdendo, claro. Tinha pavor de estar sendo analisada pelo que estava dizendo, e mais ainda pelo que não era o assunto em pauta: minha excessiva gesticulação, por exemplo. Sempre falei rápido, e nessas ocasiões, aí é que virava uma metralhadora: tinha pressa em acabar logo com aquilo. E havia a tosse. Assim como as pessoas sentem compulsão de tossir durante peças de teatro, eu, lá pelas tantas, começava a sentir a garganta arranhar e a expectoração tinha início. Na maioria das vezes, eram pigarros inocentes, mas teve uma vez em que estava dando uma entrevista pra tevê e tive que encerrá-la por absoluta incapacidade de seguir adiante. Vexame, vexame.

Algumas pessoas se sentem mais seguras se há algum conhecido no recinto: a esposa, o marido, um colega. Eu, ao contrário, me sinto mais tranquila – ou menos aflita - diante de estranhos. Sempre me apavorou a ideia de decepcionar meus afetos mais íntimos. Logo, pode-se imaginar o meu estado de nervos quando, em 1999, recebi uma homenagem da Câmara dos Vereadores de Porto Alegre e na plateia se encontrava pai, mãe, irmão, cunhada, madrinha, tias e todas as melhores amigas: a máfia reunida. Na hora de agradecer os discursos feitos em plenário, falei por cronometrados dois minutos, nem um segundo a mais – e entre gaguejos. Vexame, vexame, vexame.

Não era timidez, e sim imaturidade. Não tolerava a ideia de errar, o que é uma autoexigência absurda. Ora, erramos. Trememos. Dizemos bobagens. Não somos doutores em nada, e sim pessoas esforçadas, o que já é um valor. Se alguém tem interesse no que temos a dizer, isso, por si só, já deveria tranquilizar: estamos apenas atendendo a um gentil convite para dividirmos nossa opinião e nosso conhecimento com os outros. Palco, púlpito e microfone são intimidantes, mas não passam de instrumentos para facilitar a comunicação. O segredo, que nem é segredo, é procurar se divertir e não levar esses poucos minutos de visibilidade tão a sério.

Minha amiga acabou se saindo muito bem. Já esqueceu o sofrimento e está pronta para outra. Sabia. Depois que os fantasmas são exorcizados, a vida destrava."

Escrito por Martha Medeiros, publicado no Jornal de Santa Catarina, 10/11/12.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Cavalo selado.


Aqui, entre o infinito e o nunca mais.
Talvez seja uma tormenta essa de continuar procurando, encontrar, mas encontrar o errado. Bendito - ou maldito - imã que nos deixa à deriva de achar sistemas complexos, pessoas que nos encantam e nos deixam sem rumo.

E nisso tudo a gente se pergunta, porque é claro que a gente sempre se pergunta, se fez a escolha certa, se atraiu o rosto que iria fazer com que nossos dias tivessem uma alegria extra - que fique bem claro que ela não deve ser a principal, mas exatamente isso: Uma felicidade extra.

Será que olhei e me encantei pelo rosto certo? Ou deveria eu ter dito o meu nome completo para aquele rosto que disse ter se encantado com o meu jeito? Talvez as luzes bruxuleantes não conseguiram me deixar perceber o quanto as palavras que ouvi haviam sido sinceras. Como supostamente eu poderia adivinhar?

Acho que joguei minhas cartas. Aliás, as jogo o tempo inteiro enquanto decido o meu futuro. Carrego comigo a convicção de que aquilo que for bom para mim me encontrará, ficará comigo, me procurará. Do contrário, se afastará.

Sou uma pessoa compreensiva e, mesmo sendo quase impossível, tento analisar os possíveis lados de uma mesma história, e desse jeito costumo dar uma, duas, três chances... Porém, sempre me lembro da frase de efeito que diz: "Cavalo selado só passa uma vez". É a verdade... Pena para aqueles, e para a gente também, que só descobre o que era cavalo selado depois que este já passou.

Boa semana! Acho que o único conselho que deixo é este: Preste bem atenção nas pessoas que te cercam e nas oportunidades que estão te cercando... O seu cavalo selado provavelmente se encontra ao seu lado neste momento.

Beijo, C.
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sábado, 10 de novembro de 2012

Assinado: Só mais alguém - Por Felipe Sandrin

"A morte é um tema recorrente em minhas colunas, talvez porque eu veja como reflexo da vida, quem sabe talvez por achar que ela ao fim iguala a todos, ou mesmo porque eu a tema: tema não lembrar dela todos os dias a fim de valorizar aqueles que, como velas em tempestade, me cercam. Ah, existe ainda a possibilidade de lembrá-la tanto, pois é corriqueiro o adeus forçado que leva amigos e conhecidos.

Partiu mais alguém nesta semana. Estranho, não é? "Mais alguém". Tudo bem, somos todos só 'mais alguém', mas a prova de nossa imparidade são as histórias as quais vivenciamos e contamos. São só nossas, vistas, sentidas e contadas de forma que ninguém mais no mundo faria. O único que somos se evidencia nessa mágica da vivência que milhões poderiam passar, mas cada um sentiria e contaria de uma forma diferente.

Partiu um professor de histórias, um contador de histórias. Gauchão lá de Nova Bréssia, o qual me recebia em seu hotel como mais um de seus tantos filhos-alunos. Deixou uma esposa, uma filha, deixou para muitos isso, sua história. Mas eis a tragédia da vida, ele nos deixou, mas o que ficou nunca mais será contado da forma que ele o faria.

Assim são nossas conservas de lembranças, viagens, lágrimas, beijos, risadas, medos, sonhos, coincidências, esposa, filhos, irmãos, tios, trabalhos, compras, presentes, saudades, reencontros... desencontros. Fatias de bolo, das tias, das avós, da mãe, que um dia teve gosto de fim de tarde, que um dia terá gosto de uma saudade que nada preenche; e nos surgirão lágrimas aos olhos, uma vontade de abraçar quem já não está aqui. E tudo parecerá um fim de tarde, tarde demais, entardecer de um nunca mais. E mesmo essa tristeza do que já não podemos fazer morrerá com a gente: Ah, ironias!

Um carro não conta sua história, uma casa não tem as marcas do que você era. Ao fim, quando partimos, restará o que somos apenas pelo que fomos para outros, testemunhas de nosso modo de falar e fazer. Seremos a saudade na boca dos outros, nos olhos que talvez se umedeçam entregando muito mais do que as palavras dizem.

E para cada adeus se contempla um 'olá', um choro de bem-vindo junto aos braços de uma mãe a segurar pela primeira vez seu filho. E é isso o resumo da morte e da vida, não é mesmo? Pois mesmo que não lembremos quando nossa mãe nos pegou pela primeira vez nos braços, ainda assim estávamos a modificar a vida de outras pessoas, para sempre, rumo ao nunca.

E mesmo que um dia deixe de existir tudo que vivemos, não se apagará o fato de que nós modificamos os que nos cercavam, consequentemente o mundo. Em um pedaço do universo repousará nossa assinatura."

Escrito por Felipe Sandrin, publicado no Jornal Serra Nossa, 09/11/12.

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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Quanto tempo?

No encalço do relógio, parecemos vê-lo girar ao contrário quando segundos parecem não passar. Se afinal tenho que esperar mais, quanto tempo será isso?
Ás vezes dá vontade de jogar tudo para o alto e desistir, concorde comigo. Mas então a gente ouve um elogio. Não, na verdade não um elogio, mas percebe a forma como somos tratados e acabamos percebendo o quanto fazemos a diferença para alguém ou para algum lugar, como o nosso jeito, a nossa conduta e a nossa presença tem significado. Eis que é dessa forma que eu encontro o motivo para continuar tudo aquilo que comecei.

Sei: um dia também finalizarei o começos que criei. Talvez esse seja o tempo, a resposta para a minha pergunta em relação a quanto ainda terei de esperar. Cada momento que vivemos tem um ciclo, sujeito a ser interrompido a qualquer momento - voluntaria ou involuntariamente. Ás vezes as situações ruins que me cercam me chamam a interromper algo voluntariamente, dizer um basta, fugir, ir embora. Não mais voltar! Então eu repenso duas ou três vezes e sei que o que sinto vai passar, que nem todos os dias que vivemos são bons. Em certas situações devemos abandonar algo, deixar, pois não existem possibilidades de melhora, não é algo instantâneo que em um momento você chora e no outro já está sorrindo de novo. Certas coisas magoam e são totalmente frustrantes. Só que se depois da, diga-se de passagem, tempestade vir um sol lindo e você perceber que, apesar dessas intempéries, todo o resto que te cerca é lindo e você ama, então é o "ok, pode continuar."

Na maioria das vezes refletimos sobre isso sozinhos, avaliamos sem ter algo concreto, apenas por aquilo que sentimos. Porém, ás vezes temos um bônus, talvez um elogio o uma palavra vinda de alguém de fora, mas algo que nos diz o quanto nossa presença é especial.

Continuo me perguntando "- Quanto tempo?". Sei que verdadeiramente chegarei ao que quero, tantos objetivos que coleciono, mas os realizarei no próprio tempo deles, pois chegarão quando poderei iniciá-los e finalizá-los, assim como tenho de fazer com as outras coisas que comecei.


Beijo, C.
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Playlist: Músicas - totalmente - de verão.


Oi gente! Com o super calor que anda fazendo no Rio Grande do Sul resolvi fazer uma playlist com músicas totalmente verão, isto é, que quando ouço me sinto em clima de férias, praia, piscina, calor, verão... desapego.

Segue a lista:

 Tudo está parado - Jota Quest.

Sun and love - Lanfranchi & Farina (Essa já é de outros verões, mas continua bombando!)

Don't you worry child - Swedish House Mafia

Whistle - Flo Rida

Summer paradise - Simple Plan

Chasing the sun - The Wanted

Gostou? Se tiver sugestões de músicas para contribuir com essa playlist, poste nos comentários.
Obrigada :)

Beijo, C.
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terça-feira, 6 de novembro de 2012

O basta.


É mentira, eu acho, essa história de conseguir ser amigo de ex-amor. Se for ver pelo lado bom, a amizade pode ser um fim - ou uma continuação - interessante para duas pessoas que não conseguiram manter um namoro, casamento.

Mas será que é bem assim? Se um dia passar pela experiência, me conte o resultado, pois eu descobri que não consigo funcionar desse jeito. Isso é o que tem a ver comigo, sentimentos e memórias que eu guardei, e também as projeções referentes ao que sinto. Talvez outras pessoas saibam encarar de forma diferente, separar a parte que era amor da parte que se tornou amizade, trazendo afeição, talvez, identificação.

Reconhecer tal limitação foi o melhor que pude fazer por mim, e pela memória do que já passou. Bem no fundo, tenho a ideia de desligamento - quando amores acabam um dos dois tem que fazer o serviço de cortar o papo, fazer com que o desencontro assuma a frequência. E a verdade é que até algum tempo atrás eu não sabia fazer isso, continuava sendo levada na crendice de que tudo melhoraria. Mas hoje consigo fazer isso melhor, essa decisão do esquecer.

Vontade que as coisas não fossem assim existe, mas a gente sabe, percebe, sente quando deve se afastar, desligar. Só realmente o faz quem espera coisas melhores da vida - e sabem que sempre existe algo melhor os esperando na próxima volta.

Beijo, C.
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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A melhor versão de nós mesmos - Martha Medeiros.



Alguns relacionamentos são produtivos e felizes. Outros são limitantes e inférteis. Infelizmente, há de ambos os tipos, e de outros que nem cabe aqui exemplificar. O cardápio é farto. Mas o que será que identifica um amor como saudável e outro como doentio? Em tese, todos os amores deveriam ser benéficos, simplesmente por serem amores.

Mas não são. E uma pista para descobrir em qual situação a gente se encontra é se perguntar que espécie de mulher e que espécie de homem a sua relação desperta em você. Qual a versão que prevalece?

A pessoa mais bacana do mundo também tem um lado perverso. E a pessoa mais arrogante pode ter dentro de si um meigo. Escolhemos uma versão oficial para consumo externo, mas os nossos eus secretos também existem e só estão esperando uma provocação para se apresentarem publicamente. A questão é perceber se a pessoa com quem você convive ajuda você a revelar o seu melhor ou o seu pior.

Você convive com uma mulher tão ciumenta que manipula para encarcerar você em casa, longe do contato com amigos e familiares, transformando você num bicho do mato? Ou você descobriu através da sua esposa que as pessoas não mordem e que uma boa rede de relacionamentos alavanca a vida?

Você convive com um homem que a tira do sério e faz você virar a barraqueira que nunca foi? Ou convive com alguém de bem com a vida, fazendo com que você relaxe e seja a melhor parceira para programas divertidos?

Seu marido é tão indecente nas transações financeiras que força você a ser conivente com falcatruas?

Sua esposa é tão grosseira com os outros que você acaba pagando micos pelo simples fato de estar ao lado dela?

Seu noivo é tão calado e misterioso que transforma você numa desconfiada neurótica, do tipo que não para de xeretar o celular e fazer perguntas indiscretas?

Sua namorada é tão exibida e espalhafatosa que faz você agir como um censor, logo você que sempre foi partidário do “cada um vive como quer”?

Que reações imprevistas seu amor desperta em você? Se somos pessoas do bem, queremos estar com alguém que não desvirtue isso, ao contrário, que possibilite que nossas qualidades fiquem ainda mais evidentes. Um amor deve servir de trampolim para nossos saltos ornamentais, não para provocar escorregões e vexames.

O amor danoso é aquele que, mesmo sendo verdadeiro, transforma você em alguém desprezível a seus próprios olhos. Se a relação em que você se encontra não faz você gostar de si mesmo, desperta sua mesquinhez, rabugice, desconfiança e demais perfis vexatórios, alguma coisa está errada. O amor que nos serve e nos faz evoluir é aquele que traz à tona a nossa melhor versão.

Publicado no Jornal Zero Hora, 04/11/12.

Beijo, C.

domingo, 4 de novembro de 2012

E foi ainda esse ano...


Não sei bem como traduzir em palavras os tantos pensamentos que invadem a minha mente. De repente enquanto caminho e corro pela cidade com um lindo pôr-do-sol ao meu alcance, me cerco de tudo o que vivi esse ano. Foram tantos momentos diferentes, conheci rostos novos. Sai do ensino médio, pensei, e a vida se tornou muito diferente. A vida "lá" era boa, mas aqui "fora" é mais interessante. Saudades eu sinto, é claro. A época do colégio é única.

No meu mp4 rola músicas que foram copiadas para dentro dele ainda no começo de 2012. Hmm, geralmente costumo pular elas, passo para frente e acabou. Faço isso porque enjoô fácil de certas canções, faço isso porquê o momento delas em minha vida passou. Horrível dizer isso, mas faz parte. Momentos enjoam, canções também.

Porém, hoje permiti deixar rolar uma música que não escutava há um bom tempo. E ela me fez lembrar dos primeiros momentos em que 2012 ainda raiava. Suspirei alto, porque a gente sempre suspira nessas horas e pensa consigo: "Nossa, foi ainda dentro desse ano!" (Seja lá pra qualquer lembrança que tivemos).

Lembranças boas, misturadas com nostalgia enquanto a percepção de tempo me cerca - nos cerca. Daqui há pouco chega 2013. Um novo ano. Mas ainda faltam 50 e poucos dias para ele chegar. Um tempão! Tenho várias coisas para finalizar, resolver e realizar em 2012. É claro que com esse feriado o gostinho de verão ficou muito evidente, a vontade de sair de férias, de começar um novo ano... Foi uma prévia, sabemos.

Quando a música terminou de tocar no meu mp4, depois de eu ter repensado vários momentos bons que ocorreram esse ano, ficou o pensamento que se 2012 acabasse por esses dias, tudo o que vivi durante o ano valeu a pena, pois aproveitei pra valer. Bom, e eu acho que esssa é a compensação, a troca por saber que o tempo está passando - e cada vez mais rápido.

Beijo, C.
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sábado, 3 de novembro de 2012

13 Trechos do livro "Pensar é transgredir" - Lya Luft.

 1)"Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo."

2)"Viver, como talvez morrer é recriar-se: A vida não está ai apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada."

3)"Não importa os significados: Qualquer interpretação será insuficiente. Como na vida, vale o desafio: que no breve espaço de nosso tempo a gente consiga quebrar as algemas do preconceito, recusar as indevidas cobranças, entender que a culpa é o selo da morte. E abrir-se para a vida: que nem sempre é mesquinha, e que nem sempre nos trai."

4)"A força decisiva terá de vir do nosso interior, onde se depositou a bagagem de nossa vida. Lidar com a perda vai depender do que encontraremos ali: se nesse lugar crescem árvores sólidas, teremos onde nos agarrar. Se houver apenas plantinhas rasteiras, estaremos mal. Por isso, aliás, a tragédia faz emergir forças insuspeitadas de algumas pessoas, e para outras aparece como uma injustiça pessoal ou uma traição da vida."

5)"Por tudo isso, que não compreendemos mas podemos sentir, a vida vale a pena - também quando o mundo parece desabar sobre nós ou arrancar de nossas mãos aquela última pequena e pálida esperança."

6)"O ponto mais cego é onde a gente não sabe quem disse "não" primeiro. E todos, ou os dois, deviam naquele momento ter dito "sim"."

7)"Dizer "sim" a si mesmo pode ser mais difícil do que dizer "não" a uma pessoa amada: é sair da acomodação, pegar qualquer espada - que pode ser uma palavra, um gesto, ou uma transformação radical, que custe lágrimas e talvez sangue - e sair à luta."

8)"Fazer suas escolhas, assinar embaixo, pagar os preços, e não se lamentar demais. Porque programamos o próprio destino a cada vez que, num tímido murmúrio ou  num grande grito, a gente diz para si mesmo: "Sim!".

9)"E o desperdício de nossa vida, talentos e oportunidades é o único débito que no final não se poderá saldar: estaremos no arquivo morto."

10)"Se você ama alguém, deixe-o livre". Poucas afirmações são tão difíceis de cumprir, poucas têm tamanha sabedoria em relação aos amores, todos os amores: filhos, amigos, amantes. Amor é risco, viver é risco. Pois permitir, até querer que o outro cresça ao nosso lado, pode significar que crescerá afastando-se de nós."

11)"Preciso admitir que a ambivalência nos salva de morrermos na poeira da mesmice. Também admito que seria mais fácil ser sempre o mesmo, seria mais doce levantar cada manhã sem conflito e morrer sem ter jamais duvidado."

12)"O escritor fala pelos outros. Trabalha para que os outros sonhem ou enxerguem melhor coisas que nem ele próprio adivinha - estão além de sua visão, mas dentro do seu pressentimento."

13)"Talvez seja essa a função de toda a arte (se é que ela tem alguma): a libertação e o crescimento de quem a exerce e de quem a vai contemplar."

Trechos retirados do livro Pensar é transgredir - Lya Luft.
Beijo, C.
www.facebook.com/doceestranhomundodecarol

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Você deixou ... saudade.

 Todo mundo um dia perde alguém que muito amava.
Acho que hoje compreendo isso um pouco melhor.

Compreendo também como isso faz crescer, altera a percepção, a visão individual que sempre tivemos do mundo - de nós mesmos e de tudo aquilo que nos cerca.

Você que nunca perdeu alguém me pergunta o quanto uma perda muda a gente, modifica para sempre a vida daqueles que já perderam. Bom, depende. Depende do quanto amávamos a pessoa que perdemos.

Existem pessoas que não se alteram, ou até sim, modificam algo, perspectivas por algum tempo, depois voltam a ser como eram antes. Já outras mudam certos aspectos para sempre.
O que define isso é o quanto a gente amou essa pessoa enquanto ela estava convivendo com a gente e nos transferindo admiração e valores. Histórias, memórias.

Hoje, sendo dia de Finados, em mente vem a canção "Só os loucos sabem - Charlie Brown Junior."
Tenha você mudado bastante por ter perdido alguém que amava, ou tenha mudado pouco, a verdade é que sempre lembramos dessas pessoas queridas que nos ensinaram algo, que nos proporcionaram momentos interessantes e marcantes e com um sopro de lembrança, suspiramos com o vento dizendo: "Você deixou saudade."

Dedicado para o meu pai (F).

Beijo, C.
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