sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ás vezes faz bem ficar doente.



A verdade é que essa não foi uma das semanas mais eficazes dos meus últimos meses. Mesmo assim, pude tirar proveito de dias tão ociosos e lentos, onde 80% dos dias se resumiram a isso: dormir.

Falar sobre isso não era o meu foco principal de hoje, nem de amanhã ou talvez nem de semana que vem, quando tudo isso estivesse 100% bem. Porém, dando uma vasculhada no twitter hoje de manhã, logo depois de acordar, deparei-me com uma daquelas frases que nos encontram justamente no momento em que precisamos e nos caem como uma luva. A frase com autoria do filósofo Henry Thoreau é a seguinte: "Às vezes faz bem ficar doente".

Ficar doente é bom? Claro que não. Quer dizer, ao menos que você goste de perder dias lindos de sol fazendo nada mais que... dormir. Ou na melhor das hipóteses, e se seu corpo aguentar, ficar assistindo tv, atualizar-se nos episódios de algumas séries que você não via mais por causa da falta de tempo ou ler aquele livro que há muito tempo estava atirado. Ficar doente não é algo agradável, até porquê, muitas vezes, somos pegos desprevenidos por esses vírus malandros.

Mas, como em outras circunstâncias, temos que olhar para o também lado bom de ficar doente.
Eu cheguei a duas conclusões positivas sobre ficar doente:

A primeira: Ver o dia de uma maneira totalmente diferente.
Quando estamos com qualquer tipo de doença - seja um mini resfriado até algo que envolva uma internação hospitalar - nenhum dia é só mais um dia. Cada dia ou até mesmo cada hora passam a ser únicos. Você desacelera e entende que não haverá melhor dia para se viver... do que o dia de hoje.

E a segunda: Mais uma amostra de nossa mortalidade. O vírus está lá, loooonge, fora de alcance. Parece que nunca vai nos alcançar. Não iria, até descobrirmos que já está no nosso organismo e nada mais podemos fazer do que tratar. Mas sentir com um pouco mais de veracidade que somos mortais é apenas um impulso a mais para não desistirmos do que tanto queremos. Se é concreto que iremos viver apenas uma vez nas circunstâncias em que nascemos, porquê não fazer nessa única vez tudo o que sonhamos?

Até mesmo doenças vem por um porém. Então, deixá-las realizarem seu ciclo - caso encontrem-se em nosso organismo - é o minímo que pode existir em nossa prescrição racional. Deixar que elas completem seu tempo e entender que nosso corpo possui limites é a melhor virtude que podemos ter quando estamos doentes.

Passados todos os sintomas da doença, olhamos para o novo dia de sol que ali começa e só agradecemos que passou, que depois de um ciclo - seja de 5 dias, uma semana ou um mês - o vírus que atacava nossas defesas foi exterminado de nossos organismos. Ficar chateado por isso tudo ter aparecido em um momento não tão oportuno é algo que acontece, mas melhor mesmo é perceber que lesões não ficarão ao fim de 7 dias ou, até mesmo, que não é algo que se instalou em nossas vidas para sempre. Apenas passou.

Beijo, C.

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