sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Estranho Janeiro


É, aqui vou eu outra vez para falar em tempo. Afinal de contas não há como chamar de outra forma o primeiro mês que já está se findando. Eu não estava encontrando palavra certa para classificar este mês, eis que veio Humberto Gessinger e o classificou de forma muito propícia via twitter: "Janeiro estranho".

Janeiro quente - demais. Aqui no Rio Grande do Sul as temperaturas andam batendo recorde. Um dia é 37ºC, no outro 40ºC. Parece que a semana que vem vai chegar perto dos 45ºC... Mas semana que vem vai ser fevereiro. Let's just talk about january!

Janeiro não "voou", ou melhor, não como os últimos meses que eu estava vivendo. Ou melhor, eis a contradição: mesmo vivendo agora menos atividades, tendo um super tempo só para coisas que não exigem muito esforço físico ou mental, mesmo assim o tempo passou com certa rapidez. É verdade, fazia tempo que eu não tinha a possibilidade de ver as horas trocarem no relógio.

Mas confesso que esses 31 dias já me trouxeram experiências singulares, e sei que na minha idade isso é o que importa. Conheci lugares novos e vivi sensações que me eram desconhecidas. Continuo com o meu ímpeto adolescente, mas ao mesmo tempo janeiro me fez perceber que é hora de ver além do "pote" que é a adolescência. Sabedoria crescente, descobri o meu rumo. Hora de largar algumas coisas e pessoas que já não fazem mais sentido. Seria esta a estranheza de janeiro? O primeiro mês do ano, talvez o mais marcante... Talvez ... Não. Em dezembro teremos a resposta... Mas até lá...

Acho que estou cada vez mais aprendendo a valorizar as contas do tempo, pois tudo está indo tão depressa que cada oportunidade começa a se tornar única. Quer dizer, cada pessoa tem uma percepção da vida e do... tempo. Eu estou começando a vê-lo desta forma, pois sempre tive objetivos, metas, planos. Uma corrida que sempre soube ser mais esperta que eu. Nessa experiência itinerante o que passo a ver é que estou no caminho certo nesse aprendizado, careço apenas é de calma - e isso a gente só aprende quando começa a perceber que a adolescência está ficando para trás.

Janeiro estranho e sábio. Me faz lembrar do trecho de uma música "Daqui pra frente tudo vai ser diferente..."

Ótimo Fevereiro!!
Beijo, C.
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domingo, 26 de janeiro de 2014

Pois sou tudo o que decidi viver.


(Talvez homens não se identifiquem com esta postagem, vou logo avisando. Ao não ser que esses homens tenham passado pelas duas experiências que comentarei a seguir.)

Além de todo o conteúdo que nos é ensinado em escolas e faculdades - caso você decida cursar uma graduação de ensino superior -, a vida nos trás um aprendizado diário nas experiências que decidimos aceitar viver.

Para quem não sabe, tenho uma tatuagem no corpo. Decidi fazê-la na altura dos meus 15 anos de idade, num ímpeto corajoso. Continuo a amá-la, mesmo tendo se passado 4 anos. Se tivesse optado por postergar, duvido que teria a feito. Tatuar o corpo - pelo menos a primeira tatuagem - é coisa de momento: ou faz na hora em que decidiu, ou não vai mais fazer. Sim, muitas coisas na vida acontecem dessa forma.

Decidi começar este texto rememorando a situação em que tatuei o meu corpo, pois esta semana depilei minhas pernas pela primeira fez arrancando um-por-um dos pelos. (Para os gurizes que estão lendo este texto, eu vou esclarecendo: tirar os pelos com cera causa menos dor e constrangimento.) Depois dos meus "berrinhos" de dor, eis que minha irmã me perguntou o que doía mais: arrancar pelos com o depilador x fazer uma tatuagem.

Em meio à sessão de tortura, consegui parar para pensar sobre tal fato. A verdade é que eu nem lembro muito bem da intensidade da dor que uma tatuagem causa. Ela é mais agressiva e intrusiva à pele. Muito claramente é mais dolorosa que arrancar os pelos. Porém, estando livre de tatuagens, tal sensação é desconhecida do corpo de minha irmã.

Parei para pensar no quanto as experiências que decidimos e nos permitimos viver dirão tanto sobre o nosso futuro e escolhas posteriores. Em momento algum, durante a depilação, parei para pensar em comparar as duas dores. Porém sei que a minha irmã perguntou, pois deve existir tal curiosidade naqueles que optaram por continuar com o corpo sem identificações ou marcas de expressão e identidade pessoal.

Sim, tatuar-se deve ser feito como um ato bem pensado, pois, como dizem, "é eterno". Tirar só com laser, mas a pele nunca volta 100% ao que era antes. A minha fiz aos 15 e hoje continuo a sentir uma profunda identificação com o desenho que escolhi. Se você tem vontade e essa vontade continuar depois de um ano, faça. E não digo apenas de tatuagens. De outras coisas.. Tem vontade de pegar uma mochila e se jogar no mundo? Vá! Tem vontade de largar o emprego e seguir os seus sonhos? Visualize-se fazendo isso e.. Vá! Ultrapasse os limites que você mesmo se impôs. Viver apenas faz sentido pelas sensações que a gente se permite viver e experimentar. Ou você pode continuar aí sentado, vendo a vida passar enquanto os outros a vivem, e você vai perguntar a eles como é estar nos lugares que você sempre teve vontade de estar.

Beijo, C.
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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Vagando para encontrar.


Estou em 2014 sem verdadeiramente me sentir neste novo ano que começou. Estou em 2014 aguardando a resposta do esforço que fiz em 2013. Deve ser isso: somente conseguirei me sentir no novo ano quando souber das respostas que aguardo.

Dizem que a parte mais complicada da vida é encontrar as respostas, pois certamente elas nos frearão, farão com que o instinto de procura e curiosidade fiquem estagnado no tempo. Respostas nos levam à "estabilidade". Sim, muita gente procura por ela - e talvez sejam esses que me contrariem neste texto. Afinal de contas, quem não quer encontrar a bendita - ou maldita - estabilidade na vida? Ter um emprego mais ou menos, encontrar o amor da sua vida, casar-se com ele, ter filhos, buscar estudo, fazer o seu pé de meia e, lá pelos 50 anos, poder apenas viajar. Qual seria a pessoa doida que não gostaria de ter tudo isso?

Pois é, mas existem aqueles que irão discordar comigo. Qual é a graça de uma vida estável? Realmente, um emprego mais ou menos, um salário mais ou menos... Uma vida mais ou menos. Pois é, o contraponto aparece ao pensar que a maioria das pessoas que habitam o planeta vivem dessa forma.

Acho que o objetivo desse texto é encontrar pessoas que se sintam (ou pensem) como eu. Para os "pinos redondos nos buracos quadrados", para aqueles que vivem brigando com o status quo, que vivem tentando encontrar o real sentido da vida que têm - e talvez, assim como eu, quebrem a cara tantas vezes por acharem que estavam indo na direção certa.. (Acredito que essa seja a única parte dolorosa em não se acostumar ou querer a tal de estabilidade vital).

Nunca consegui me acostumar a rotinas, e descobri que esta não é apenas uma característica minha. Muitas pessoas se sentem dessa forma também. Eu e elas vivemos em busca de aventura, de algo que sobreponha a nossa existência, algo que decifre a razão de estarmos no mundo, a razão pela qual superamos milhares de concorrentes.

Divago pois estou na espera de uma resposta. Ás vezes sinto que já deveria estar com certas coisas mais alinhavadas em minha vida, as vezes sinto que o tempo está se esvaindo cada vez mais rápido. Porém, muito embora ele estar passando tão rápido, nunca fiquei em vão perante aos ensinamentos da vida. Sempre estive em constante aprendizado, talvez a única demora que eu tenha cometido tenha sido em decidir-me por qual caminho seguir. E agora que fiz tal decisão, estou na espera de uma resposta.

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Beijo, C.
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