segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Sentimento de Outubro.

 Não costumo ser o tipo de pessoa que odeia várias coisas ou que não gosta de várias delas. Normalmente gosto de ver o lado positivo de todas as situações que vivo, mas há sempre um porém, sempre uma vírgula em cada conceito. Há sempre uma exceção que acaba confirmando a regra.

Não gosto de Outubro. Todos os meses do ano me agradam, mas nunca consegui ter uma relação de simpatia com o décimo mês do ano. Quer dizer, nunca é uma palavra muito abrangente, pois, afinal de contas, quando eu era pequena pouco entendia eu sobre os meses e sobre como me sentia vivendo os dias cabíveis à eles. Essa história com Outubro vem de alguns tempos pra cá. Sei lá quantos anos, talvez 5, ou mais.

Os motivos pelos quais não gostar do mês eu prefiro guardar para mim mesma, mas ás vezes acho que Outubro é aquele ponto do ano em que a percepção que nos cerca é "O ano, definitivamente, está acabando." Quando é Novembro, vá lá, todo mundo meio que está conscientizado e já está entrando no pique das finaleiras do ano. Mas Outubro não. Outubro é um preparo, preparo para um fim.

Já tive muitas cismas com números. "Não quero esse porquê aconteceu isso, esse outro porquê todas ás vezes que utilizei foram ruins". Mas números são muito mais globalizados, são complexos e amplos demais para significar algo - pelo menos pra mim. Depois de terem me sido favoráveis em algumas situações, acabei quebrando o tabu que possuía com os números.

Quem sabe, um dia, a situação com o mês de Outubro também seja revertida. Quem sabe nos tornemos bons amigos, mas por enquanto só posso dizer que Outubro e eu somos distantes conhecidos. E que nos veremos somente no ano que vêm.

Beijo, C.
Bom Novembro a todos!

domingo, 30 de outubro de 2011

Mesmos erros.

 Há algum tempo atrás a vida te deu uma segunda chance. Não é que você tenha se salvado de morrer ou algo assim, simplesmente você teve a oportunidade de sair do piloto automático para parar e pensar se tudo o que você havia vivido até então havia valido a pena.

Foi a oportunidade certa para você olhar para trás e pensar se o momento em que estava vivendo atualmente estava sendo completo, será que realmente havia feito o que tinha de vontade de fazer até agora? Será que hoje aparentava ter a idade de uma criança feliz pela quantidade de alegrias que armazenara ou será que aparentava ter a idade de uma pessoa ranzinza pela quantidade de frustrações que tivera? Ou será que você aparentava ter a idade que realmente consta na sua certidão de nascimento e que é conhecida por todos seus amigos?

A reflexão lhe foi permitida. Foi um daqueles momentos em que olhamos para a nossa linha da vida e pensamos: O que eu fiz até agora?
Se a coleção de momentos felizes e conquistas até ai existirem em maior quantidade do que os momentos tristes e de frustrações, é hora de nos darmos parabéns por termos entendido a lição e seguir em frente, pelo caminho que ainda se têm para percorrer.

O problema é quando as pessoas conseguem uma segunda chance e cometem os mesmos erros. É preciso cautela, mas ás vezes seria preciso pensar melhor e perceber que nada irá acontecer duas vezes - pelo menos não do mesmo jeito nem da mesma forma. Pode acontecer parecido, mas nada é igual.

É preciso entender que quando momentos como esses acontecem é por quê temos que extrair da vida algo diferente e que não estamos fazendo o certo para nós. É para que percebamos que é hora de olhar a vida por outro ângulo, antes que seja realmente tarde demais.

Somos fadados de oportunidades a todo momento, escolhas nos são permitidas desde que nos conhecemos por gente. Basta a cada um de nós tomar as suas decisões para que o dia em que tivermos de olhar para toda a nossa trajetória de vida, a coleção de momentos felizes seja maior do que a de momentos tristes, de frustrações e arrependimentos. E também para que não vivamos sempre os mesmos erros.

Boa semana!
Beijo C.

sábado, 29 de outubro de 2011

Trechos do livro Trem Bala.


"O pensamento é o território mais protegido do mundo e ao mesmo tempo o mais livre. O pensamento não tem fronteira, lógica, advogado de defesa ou carrasco. O pensamento é zona franca, terra de ninguém, um lugar onde sempre há vaga. Dentro do pensamento não há tecnologia que consiga nos achar."

"Caminhamos para encontrar as árvores, reparar nas varandas dos vizinhos, olhar para o céu, lamentar os prédios pichados, descobrir uma confeitaria até então despercebida, olhar as capas das revistas expostas nas bancas, admirar um muro coberto com hera, pensar na vida. Caminhar não cansa, caminhar não custa, caminhar ventila por dentro."

"Liberdade de expressão, respeito às escolhas individuais e criatividade no estilo de vida. O que para muita gente, é um salto sem rede, pode ser a verdadeira proteção contra o inusitado da vida."
"Nossa cidade é como a casa da gente. Quando somos crianças, é nela que nos sentimos protegidos, já que é a única referência de mundo que temos. Quando somos adolescentes, nos rebelamos contra ela, passamos a considerá-la um local limitado, e tudo o que se quer é cortar raízes, pegar a estrada e descobrir outros cenários. Só na idade adulta é que vamos conseguir enxergá-la como ela realmente é, com suas qualidades e defeitos, e, mesmo optando por viver longe, resta o conforto de ter um lugar para voltar."

"Viajando é que descobrimos nossa coragem e atrevimento, nosso instinto de sobrevivência e conhecimento. Viajar minimiza preconceitos. Viajantes não tem endereço, partido político ou classe social. São aventureiros em tempo integral."
"O que a gente é, de verdade, nunca é revelado nas fotos."

"A pressa serve para concluir; o tempo para desenvolver; a pressa atropela, o tempo desliza. A pressa é cega, o tempo enxerga longe. A pressa esconde, o tempo mostra, a pressa esfria, o tempo aquece."
"Não espere toda a felicidade de uma única fonte."
"Toda cidade tem que ser abandonada ao menos uma vez."

"Nascer e morrer sem nunca mudar de ideia é muito monótono. Seja sempre você mesmo, mas não seja o mesmo para sempre."
"Mas uma pulga atrás da orelha volta e meia nos faz pensar: alguém, em algum ponto do planeta, ainda estará a nossa espera?"
"Não tenha pressa para crescer, mas não perca tempo com miudezas."

"Mas se uma porta foi aberta para nós, revelando nosso potencial, não há por que não tentar abrir outras."
"Todos, ao nascer, recebem as cartas a que tem direito. Uns recebem vários ases, outros ficam repletos de curingas, outros não tem nada que preste nas mãos. Cabe a cada jogador comprar, descartar, fazer seu jogo."

"Engana-se quem pensa que vai vencer sempre. Não existe auge eterno, a não ser para os gênios."
"O antes e o depois são apenas figuração: durante é que o desejo é real, que as pernas tremem, que o coração dispara, que o abraço ainda está quente. A vida é breve e só existe este instante."

"Para um escritor, a linguagem é seu bem mais precioso. É uma relação que envolve enorme cuidado, respeito, quase uma reverência religiosa. Ela é trabalhada de maneira muito pessoal porque é através dela que criamos nossa identidade como escritor."
"O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar."
"Vencer é não perder pontos, não perder gols, não perder posição, mas é também não perder-se de si mesmo, talento que poucos tem."

"Todo dia é uma ocasião especial. Guarde apenas o que tem que ser guardado: lembranças, poemas, sorrisos, cheiros, saudades, momentos."
"Guarda-se o que há dentro de nós. O resto é para ser usufruído."
"Refúgios que permitam continuar seguindo a viagem sem perder a melhor parte, que é nossa reflexão sobre o que acontece lá fora, já que não dá para saltar desse trem-bala."

Trechos retirados do livro Trem Bala da escritora Martha Medeiros.

Beijo, C.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A recompensa por viver.

 O dia tão lindo que se fez hoje não foi propício para recordações. Foi propício para viver, admirar, absorver a maior quantidade de energia possível do sol. Não que eu não tenha ficado sob esse sol brilhante e esse céu azul tão lindo durante várias horas do dia, mas hoje resolvi me entorpecer de recordações.

Queria deixar que o tempo falasse por mim coisas que talvez tenham ficado para trás e que eu já nem lembre mais, porém a vontade de reviver tais memórias foi maior do que isso.

Então, acabei pegando-me lendo velhos textos, tentando extornar toda nostalgia.
Textos ou linhas soltas sempre trazem lembranças em suas palavras. Não temo ter deixado de aproveitar intensamente cada momento que estes textos me trouxeram à tona, pois sim, eu aproveitei, eu vivi, estive lá, são as histórias que tenho pra contar. O que temo é esquecer, trancar memórias que ficaram para trás, que hoje já não alteram o presente, mas fizeram parte da minha trajetória.
Temo esquecer, como percebi que acabei esquecendo de alguns momentos enquanto relia coisas que vivi.

Em contra partida, coisas que nunca tomei nota nunca saíram de minha memória. Sempre lembrei, até revivi algumas vezes, tudo sem notas, tudo arquivado nas lembranças, sem nenhum rabisco físico para recordar. Tudo o que foi bom demais de se ter vivido. Tudo guardado lá. Sem a necessidade de haver lembretes físicos.

Talvez tenha medo de me apegar muito à lembranças ou medo de evidenciar demais o futuro... e me esquecer do presente que estou vivendo. Que cada dia é amplamente único e, sendo este, jamais voltará a acontecer novamente. Porém revivi as memórias, mas procurei estar sob o sol para não me esquecer do dia que estou vivendo, para não me esquecer que encontro-me no presente.

Acabei contradizendo a regra que permeia em dias desse tipo, ensolarados, dias para se viver exultantemente junto com a natureza, acabei contradizendo que dias desse tipo não existem para memórias serem recordadas. Ou talvez eu não tenha contradito de maneira inteira, eu apenas uni ao dia ensolarado as memórias que eu já não tinha como ignorar; precisava revivê-las.

Na companhia da natureza, meus velhos textos fizeram-se canção, fizeram-se poesia. Permiti-me sorrir e olhar para o azul do céu subentendendo que aquelas memórias não estavam ali para me deixarem nostálgicas demais, pelo contrário, elas só queriam me lembrar que fazem parte de minha constituição e que estão ali para me comprovar que ter histórias pra contar é uma grande recompensa da palavra viver.

Aproveite ao máximo cada momento... E mesmo que algo seja ruim, o importante é ter história pra contar!

Beijo, C.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O contrário do amor - Martha Medeiros


O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é ódio, é a indiferença.

O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: você não consta mais do cadastro.

Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.

Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, ir para o colégio de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.

Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.

Crônica publicada em Abril de 1999 por Martha Medeiros.

Beijo, C.
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Dançar com você - Claus e Vanessa.


Não acho palavras pra dizer tudo que eu sinto por você. Quanta felicidade!
Então vamos pagar para ver, deixar esse amor acontecer. Não tenho mais disfarce não.
Eu sou da rua, deixa eu te levar, vem comigo aonde eu for.
Ela toda nua, a água vai banhar o amor entre nós dóis.
Foi noite quente de verão, eu queria dançar com você.
A lua foi embora, coisa linda de se ver. Teu sorriso fez o sol nascer.
Na mente só fica o que foi bom. Sou capaz de voar no pensamento até no gosto do beijo.
Com você muito sonhei e sonhei que te carreguei até a cama em meus braços.
Eu sou da rua. Deixa eu te levar, vem comigo aonde eu for.
Ela toda nua, a água vai banhar o amor entre nós dóis.

Vídeo com a música.

Beijo, C.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Linhas invertidas da vida.


Hoje quero me permitir falar sobre as linhas invertidas da vida que me levaram a encontrar de soslaio alguém que há muito tempo não via.
Com toda a minha verdade, eu não esperava encontrar aquela pessoa naquele dia, naquela tarde tão linda.

Encontrar alguém que não vemos há muito tempo é algo comum. Ás vezes você está no mercado e surge uma pessoa que você não via há meses ou talvez anos. Comum também é quando você encontra uma pessoa e sente que mesmo depois de tanto tempo, o olhar dela ainda segue sua silhueta.

Até ai tudo bem. Reencontrar aquela pessoa, pensar alguns minutos e depois esquecer. Completamente tudo bem.

 A incógnita surge quando você está arrumando sua cama na manhã de uma quarta feira chuvosa e de repente, muito de repente mesmo, se lembra que durante a noite sonhou com a tal pessoa - fato que não acontecia há muito tempo - e o sonho não era feliz. E nesse exato instante a música que começa a tocar no rádio é - nada menos e nada mais - I miss you (Blink 182). O que, na minha opinião, é meio estranho, pois I miss you não é uma música atual para a programação da rádio que ouço todos os dias.

E o sonho que agora você remonta minuciosamente parece algo tão real. Você estava lá, ele estava lá. Havia mais uma pessoa junto. Mas apenas você disse algumas palavras e ele apenas chorou. Ele admitira que precisava de ajuda e a recorrência que havia tentado encontrar para ajudá-lo era você. Eu digo "tentado encontrar" pois vocês não conversam mais, não se veem mais.
E por isso também digo que são as linhas invertidas dessa vida que ás vezes nos trazem de volta pessoas muito mais do que apenas por alguns segundos para nos lembrar de momentos e coisas que já não mais recordavámos.

Seja qual for a intenção do sonho, ou mesmo que não haja intenção, só posso dizer que se precisar, não vou me negar em ser teu ombro amigo.

E como diz "I miss you" : "Você vai vir para casa e parar esta dor esta noite."



Beijo, C.



terça-feira, 25 de outubro de 2011

Hear you me - Jimmy Eat World

 
Não há ninguém na cidade que eu conheça. Você nos deu um lugar pra ir e eu nunca disse "Obrigado". Por isso eu pensei que talvez tivesse outra chance. 
O que você vai pensar de mim agora?
 Tão sortudo, tão forte, tão orgulhoso. Eu nunca te disse obrigado por isso.
Talvez os anjos te guiem
Me ouçam amigos: no caminho agitado, fiquem agitados.
 Talvez os anjos os guiem. Então, o que você irá pensar de mim agora? 
Tão sortudo, tão forte, tão orgulhoso? Eu nunca te disse obrigado por aquilo, agora nunca terei a chance
E se você estivesse comigo hoje a noite eu cantaria pra você mais uma vez uma canção para um coração tão grande. Deus não deixará que viva.
Talvez os anjos os guiem. Me ouçam meus amigos no caminho agitado, irão agitados
Talvez os anjos os guiem.
 
Beijo, C.

My angels lead you in.


Há mais de dois anos atrás entraram em minha vida pessoas que eu nunca havia pensado em conhecer. Talvez cada ano nos traga dezenas de pessoas novas à nossa vida. Porém, há um certo tempo atrás, a história foi um pouco diferente. O colégio era novo. Não eram 10 pessoas novas. Eram cerca de 500 em um só dia. Das 500 não conheci nem conversei com todas, mas algumas tiveram destaque.

Cada pessoa é ímpar e assim sendo cada lembrança que temos também é ímpar, cada lembrança é singular.
Eu vivi com essa pessoa que já não se encontra no plano real alguns bons momentos há dois anos atrás. Posso dizer que foram poucos, mas que me deram acesso a conhecer um pouco daquele que havia começado a fazer parte aos poucos da minha vida.

Guardarei e lembrarei dos momentos que compartilhei com ele.
Fazia um bom tempo que a comunicação que havia entre nós já não estava presente, mas a gente sempre tem guardado em algum lugar de nossa mente aquilo que vivemos com alguém. Ele foi uma daquelas pessoas pré datadas que já citei em um texto anterior à este. Elas surgem em nossas vidas, deixam suas pegadas e vão embora.

Já disse para um amigo que cada dor é singular e não existe dor mais intensa ou menos intensa do que a outra. Existem corações transbordantes de lembranças.
Respeitar a dor que cada um sente, e não nos privarmos dela se caso a sentimos, é o ato mais digno que podemos ter nessas horas.

Existem pessoas que passam por nossas vidas e deixam seus traços singulares. Não estabelecemos com elas um vínculo afetivo duradouro. Mas elas fizeram parte de algumas das linhas que compõem o livro da nossa vida. E por isso de alguma forma sempre serão lembradas.

"Então, tomada pela sua afirmação em dizer que eu era sua agora, resolvi abraçá-lo apertado. Meu abraço foi seguido de reciprocidade e ali senti como se estivesse sendo protegida. Estava a centímetros de seus olhos e permiti-me fitar o verde tão puro ali encontrado e acabei por ver-me ali refletida.
Com um pouco mais de segurança, resolvi começar um diálogo:
- É, você nem fala direito comigo no msn!
- Então, da próxima vez eu te chamarei online e direi que você é uma menina muito bonita."

Beijo, C.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A morte é uma piada - Martha Medeiros


Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos. Parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada. Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena. Mas nada acontecia ali de visível, era só dor e perplexidade, que é mesmo o que a morte causa em todos os que ficam. A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: a morte, por si só, é uma piada pronta. Morrer é ridículo.

Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre. Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?

Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer. A troco? Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente. De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis. Qual é?

Morrer é um chiste. Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira. Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu.

Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã. Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito. Isso é para ser levado a sério?

Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz. Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa? Não se faz.

Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.

Texto escrito por Martha Medeiros e publicado no Jornal Zero Hora em 2006.

Em homenagem à dois garotos que deixaram este planeta muito cedo. Vão em paz!

Beijo, C.

domingo, 23 de outubro de 2011

Final de semana diferente.

 As minhas declarações sobre o Enem 2011 não vão ser as mais detalhadas, nem mesmo sobre as questões fáceis ou as trabalhosas. Eu só digo uma coisa: o Enem só comprovou uma das teorias que eu mais prospero: nunca acredite muito no que as pessoas dizem. Ouvi que as provas eram difíceis, que tinha que estudar muito muito muito, que o tempo te deixava nervoso, que as questões seriam extensas demais.
Não achei difícil. E só dou algumas dicas: tenha uma garrafa de água sempre junto, dê uma olhada nas provas dos anos anteriores do Enem, fique ligado no Jornal Nacional e nos destaques comentados do ClicRbs (lidos no Pretinho Básico todos os dias) e relaxe. Eu gostei de fazer a prova. Talvez tenha sido uma das primeiras que faço que exijam grande esforço por minha parte. É daquele tipo de prova que ou você vive realmente a situação proposta na questão, ou não vai ir muito bem no resultado final.

Mas o final de semana não foi só provas e provas. Talvez fazer o Enem seja muito mais que isso. Você encontra a galera quando vai fazer as provas e possivelmente vai encontrar pessoas que não via há muito tempo. E talvez nessas horas a vida realmente possa te surpreender, como me surpreendeu hoje. Mas não entrarei em detalhes sobre isso.

Acho que o Enem vem com muitas propostas para o futuro. Com ele podemos conseguir bolsas para entrar em universidades. Porém, talvez você seja uma pessoa que nem terá onde usar o Enem  - o que talvez seja meu caso. Aí muitos podem ter te perguntado: então porquê foi gastar um final de semana em algo que nem vai ocupar? Eu, pelo menos, respondo que não importa. Não importa porquê o cansaço de fazer a prova e gastar o final de semana também veio com momentos bons. E talvez isso seja o que realmente importa: ter participado, não interessa se vou usar ou não.

Ao contrário de ontem, hoje a sala onde eu prestei o exame não estava cheia. Acho que haviam de quinze à vinte pessoas a menos. Tudo bem, talvez elas tenham ido super mega mal na primeira prova, o que fez com que desistissem. Mas eu penso que elas não deveriam desistir antes mesmo de saber quais eram suas chances reais. Ás vezes a gente pensa que errou tudo, quando, na verdade, foi super bem.

Talvez o Enem não te traga as melhores oportunidades para as melhores universidades, mas se isso acontecer, lembre-se que quando um sonho acaba, você sempre pode pegar um papel e começar a rabiscar outro.

Beijo, C.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ás vezes faz bem ficar doente.



A verdade é que essa não foi uma das semanas mais eficazes dos meus últimos meses. Mesmo assim, pude tirar proveito de dias tão ociosos e lentos, onde 80% dos dias se resumiram a isso: dormir.

Falar sobre isso não era o meu foco principal de hoje, nem de amanhã ou talvez nem de semana que vem, quando tudo isso estivesse 100% bem. Porém, dando uma vasculhada no twitter hoje de manhã, logo depois de acordar, deparei-me com uma daquelas frases que nos encontram justamente no momento em que precisamos e nos caem como uma luva. A frase com autoria do filósofo Henry Thoreau é a seguinte: "Às vezes faz bem ficar doente".

Ficar doente é bom? Claro que não. Quer dizer, ao menos que você goste de perder dias lindos de sol fazendo nada mais que... dormir. Ou na melhor das hipóteses, e se seu corpo aguentar, ficar assistindo tv, atualizar-se nos episódios de algumas séries que você não via mais por causa da falta de tempo ou ler aquele livro que há muito tempo estava atirado. Ficar doente não é algo agradável, até porquê, muitas vezes, somos pegos desprevenidos por esses vírus malandros.

Mas, como em outras circunstâncias, temos que olhar para o também lado bom de ficar doente.
Eu cheguei a duas conclusões positivas sobre ficar doente:

A primeira: Ver o dia de uma maneira totalmente diferente.
Quando estamos com qualquer tipo de doença - seja um mini resfriado até algo que envolva uma internação hospitalar - nenhum dia é só mais um dia. Cada dia ou até mesmo cada hora passam a ser únicos. Você desacelera e entende que não haverá melhor dia para se viver... do que o dia de hoje.

E a segunda: Mais uma amostra de nossa mortalidade. O vírus está lá, loooonge, fora de alcance. Parece que nunca vai nos alcançar. Não iria, até descobrirmos que já está no nosso organismo e nada mais podemos fazer do que tratar. Mas sentir com um pouco mais de veracidade que somos mortais é apenas um impulso a mais para não desistirmos do que tanto queremos. Se é concreto que iremos viver apenas uma vez nas circunstâncias em que nascemos, porquê não fazer nessa única vez tudo o que sonhamos?

Até mesmo doenças vem por um porém. Então, deixá-las realizarem seu ciclo - caso encontrem-se em nosso organismo - é o minímo que pode existir em nossa prescrição racional. Deixar que elas completem seu tempo e entender que nosso corpo possui limites é a melhor virtude que podemos ter quando estamos doentes.

Passados todos os sintomas da doença, olhamos para o novo dia de sol que ali começa e só agradecemos que passou, que depois de um ciclo - seja de 5 dias, uma semana ou um mês - o vírus que atacava nossas defesas foi exterminado de nossos organismos. Ficar chateado por isso tudo ter aparecido em um momento não tão oportuno é algo que acontece, mas melhor mesmo é perceber que lesões não ficarão ao fim de 7 dias ou, até mesmo, que não é algo que se instalou em nossas vidas para sempre. Apenas passou.

Beijo, C.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Glee - 3x03 - Asian F.


"- Eu fiz o teste para o musical da escola. Não quero ser cirurgião ou advogado, mãe. Quero ser um artista. Alguém especial. E só me sinto especial de verdade, quando danço. Mãe, por favor, não chore. (Mike)

- Michael, meu dever é encorajá-lo a viver seus sonhos, não os meus ou do seu pai. Fui criada de uma maneira, e meus pais tinham expectativas para mim. E eu simplesmente não fui corajosa como meu filho. Abandonei meus sonhos, mas nunca quero que você faça isso. (Mãe do Mike)"

"Rachel, daqui 10 anos, quando olhar para trás, não pensará nos clubes ou nos papéis que teve, pensará nos amigos que teve, e nos que jogou fora. (Kurt)"


Trechos retirados do episódio 3 da 3ª temporada de Glee, "Asian F."

#Indicoo *-*


Beijo, C.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Idade de casar - Martha Medeiros.


O amor pode surgir de repente, em qualquer etapa da vida, é o que todos os livros, filmes, novelas, crônicas e poemas nos fazem crer. É a pura verdade. O amor não marca hora, surge quando menos se espera. No entanto, a sociedade cobra que todos, homens e mulheres, definam seus pares por volta dos 25 e 30 anos. É a chamada idade de casar. Faça uma enquete: a maioria das pessoas casa dentro dessa faixa etária, o que de certo modo é uma vitória, se lembrarmos que antigamente casava-se antes dos 18. Porém, não deixa de ser suspeito que tanta gente tenha encontrado o verdadeiro amor na mesma época.

O grande amor pode surgir aos 15 anos. Um sentimento forte, irracional, com chances de durar para sempre. Mas aos 15 ainda estamos estudando. Não somos independentes, não podemos alugar um imóvel, dirigir um carro, viajar sem o consentimento dos pais. Aos 15 somos inexperientes, imaturos, temos muito o que aprender. Resultado: esse grande amor poderá ser vivido com pressa e sem dedicação, e terminar pela urgência de se querer viver os outros amores que o futuro nos reserva.


O grande amor pode, por outro lado, surgir só aos 50 anos. Você aguardará por ele? Aos 50 você espera já ter feito todas as escolhas, ter viajado pelo mundo e conhecido toda espécie de gente, ter uma carreira sedimentada e histórias pra contar. Aos 50 você terá mais passado do que futuro, terá mais bagagem de vida do que sonhos de adolescente. Resultado: o grande amor poderá encontrá-lo casado e cheio de filhos, e você, acomodado, terá pouca disposição para assumí-lo e começar tudo de novo.


Entre os 25 e 30 anos, o namorado ou namorada que estiver no posto pode virar nosso grande amor por uma questão de conveniência. É a idade em que cansamos de pular de galho em galho e começamos a considerar a hipótese de formar uma família. É quando temos cada vez menos amigos solteiros. É quando começamos a ganhar um salário mais decente e nosso organismo está a ponto de bala para gerar filhos. É quando nossos pais costumam cobrar genros, noras e netos. 


Uma marcação cerrada que nos torna mais tolerantes com os candidatos à cônjuge e que nos faz usar a razão tanto quanto a emoção. Alguns têm a sorte de encontrar seu grande amor no momento adequado. Outros resistem às pressões sociais e não trocam seu grande amor por outros planos, vivem o que há pra ser vivido, não importa se cedo ou tarde demais. Mas grande parte da população dança conforme a música. Um pequeno amor, surgido entre os 25 e 30 anos, tem tudo para virar um grande amor. Um grande amor, surgido em outras faixas etárias, tem tudo para virar uma fantasia.

Escrito em 30 de julho de 1998.

Ao ler esta crônica, meu primeiro pensamento foi: Quando surgiu um grande amor, agarre-o. Também pensei que acomodar-se é algo para pessoas que não acreditam no verdadeiro amor. É claro que aprendemos a gostar de alguém, ás vezes deste gostar também surge "ele é o grande amor da minha vida". Mas amar é muito melhor. Estar com um grande amor é melhor ainda. Então, não acomode-se e esteja aberto para o grande amor da sua vida - e saiba perceber quando ele aparecer.

Beijo, C.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O quê o dinheiro não compra.



"Taylor era herdeira de um grande capital.
Foi criada no capitalismo e deste acabou fazendo parte, pois acostumara-se à tal vida.
Desde criança sempre possuiu os melhores brinquedos, as melhores roupas, frequentou festas de aniversário dos filhos da elite.

Cresceu e estudou nos melhores colégios. Obteve os melhores professores. Frequentou as melhores baladas - as também festas de elite da adolescência - e a ala vip de shows sempre com roupas da moda. Conheceu a Disney, foi à Nova York. Passou um mês no Canadá. Fazia parte do universo capitalista. Com o dinheiro que possuia ela podia ir onde quisesse na hora que desejasse sem problema algum.

Após ter finalizado o ensino médio, não fez teste vocacional. Apenas pensou em algumas coisas que gostava de fazer e optou por uma profissão. Nada que envolvesse sangue ou júris.
Mudou de cidade - e também de estado - e lançou-se ao mundo em uma das mais conceituadas universidades do país. Muito pouco ainda, resolveu mudar-se para o exterior.

Se era por talento ou por dinheiro, emprego - mesmo que desnecessário -, para mostrar ao mundo o que havia aprendido, conseguiu. Apesar de sua tão pensada carreira ter dado certo, nenhuma comemoração deixava de ser superflúa.

Em meio à tantos anos e tantas realizações, hoje ela sentia um enorme vazio no peito.
Quando olhava para trás - para os anos de sua adolescência - até os dias atuais, percebia que nenhuma amizade durara mais do que alguns poucos meses. Tinha rios de dinheiro e mesmo assim amizades não haviam durado. E o amor, essa fruta tão preciosa, ela nunca havia provado.


 O objetivo fora dela, a carreira também fora uma conquista dela. Tudo o que ela tinha agora era consequência do que ela havia escolhido para si. Porém, o que a trouxera de verdade até ali haviam sido os bens materiais que tinha como herança, e não seu verdadeiro suor."

É claro que Taylor me deixa com um pouco de inveja. Pense você ter vontade de fazer algo e, no instante em que deseja, conseguir realizar? Muitas vezes o dinheiro é amigo íntimo desses desejos.
O único problema de ter tanto dinheiro para se ter tudo o que deseja de maneira fácil e prática, é que nunca teremos a verdadeira sensação de quando alcançamos algo por nosso próprio mérito, olhar para algo e pensar "Olha só! Fui eu que lutei e batalhei para conquistar tudo isso!".

Dinheiro nenhum compra realizações, amizades, amores e reconhecimento.
Lute por o que você quer, encare os obstáculos de cabeça erguida, pois são eles que serão lembrados quando o objetivo for alcançado - e por consequência darão um sabor à mais na vitória conquistada.

Beijo, C.


domingo, 16 de outubro de 2011

O vestido da formatura.


A primeira vez em que ela provara o vestido de formatura algo a surpreendeu.
Então aquele seria o receptor de boas vindas para, diga-se de passagem, sua nova vida.
Ali, diante do espelho, há dois meses do grande dia, já sentia o tanto que já não mais era, o tanto que mudara em relação aos primeiros dias em que entrara no ensino médio.

Se ela era motivada pelo céu ou pelo inferno, ela não sabia. Mas sentia que algo ali a antecipava ou a premeditava para um grande salto. Sentia que aconteceria algo apartir da noite em que estreasse o vestido que agora visualizava minuciosamente.
Colocou os sapatos e tentou imaginar o penteado e a maquiagem. "Passou tão rápido", pensara.


Rapidez que trouxe consigo também planos futuros. E Muitos planos futuros ela tinha, mas optava por aquilo que também não estava no itinerário à la Cinderela que ela programara, pois sabia ela que os planos que tanto arquitetava possuíam 50% de chances de acontecerem e 50% de chances de nunca se encontrarem no plano real.


A vida já estava mudando. O verão estava se aproximando também.
E ela sentia, vendo-se espelhada naquele vestido de formatura, que grandes desafios e decisões a aguardavam em muito menos tempo do que o programado.
Talvez o vestido se tornasse o marco de uma vida nova, ou pelo menos de uma nova fase. E, assim sendo, era de grande importância as emoções que nele se passassem, tão importantes que sempre será lembrado como "O vestido da formatura".


Beijo, C.

sábado, 15 de outubro de 2011

Trechos do livro Gossip Girl - Vol. 6


Uma festa não e feita pelas pessoas que dão: é feita pelas pessoas que vão.

É só que, ás vezes, quanto menos se diz, melhor. Quer dizer, como é que se pode ser interessante sem ter segredos? Onde fica o mistério? O elemento surpresa?

Encare a realidade, as pessoas sempre vão encontrar motivos para nos odiar, especialmente se formos bonitas.

Não importa aonde você vá, e sim o que você fizer.

Já se perguntou como seria a vida se você fosse para uma escola diferente de uma cidade diferente e tivesse um grupo de amigos totalmente diferente? Provavelmente você seria completamente diferente do que é agora; ia falar diferente, se vestir diferente. Você ia fazer atividades diferentes depois da aula, ouvir música diferente. Bem, é exatamente o que está acontecendo com esse negócio de pra-qual-universidade-eu-devo-ir.

Trechos retirados do livro É você que eu quero - Gossip Girl, Volume 6.

Beijo, C.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Educadores da vida.


"Somos estudantes e fomos seus alunos e alunas durante alguns anos de nossa estada colegial.
Com vocês, excelentissímos mestres, aprendemos conceitos sobre algumas disciplinas, mas mais do que isso, aprendemos com vocês lições que levaremos pelo resto de nossas vidas.


Durante a nossa estada pelos corredores deste colégio, boa parte de nós, estudantes, em alguma vez fomos bagunceiros ou traiçoeiros com vocês.
A verdade é que fazer isso é demonstrar que nunca soubemos entender um professor e a importância deste que teve como objetivo de vida educar cidadãos para o mundo.


Vocês são seres primordiais e de muito valor. São necessários em nossas vidas desde o momento de nossa alfabetização até o extremo de nosso sucesso profissional. Sem vocês o mundo seria tomado pelo caos.


A verdade é que, depois de nossas famílias, são vocês que dão procedência ao que seremos para o mundo e para a sociedade. São vocês que dão continuidade naquilo que já possuímos como essência e desse modo nos conduzir à uma escolha profissional, já que é através do conhecimento do português, da matemática, da história, da geografia, da química, da sociologia, da biologia, da física, da filosofia, das línguas estrangeiras - inglês e espanhol - e das educações artistica e física as quais vocês ensinam que descobriremos o que nos agrada para agregarmos isso em nossas futuras profissões.


Professores não são educadores com o intuito de nos agregar apenas a disciplina em que são graduados, as belezas da vida, os sorrisos radiantes e os dias de sol que viveremos.
Professores são educadores que nos preparam para os empecilhos que eventualmente aparecerão quando menos esperamos e para as fraquezas sujeitas a aparecerem na vida daqueles que sonham com um mundo melhor e que tem por objetivo fazer a diferença na sociedade em que vive. Eles também nos ensinam que dias de sol, sorrisos radiantes e reconhecimento por o que somos existem, mas somente virão depois de termos ralado muito.


Foram muitos os momentos marcantes que passamos juntos desde a primeira vez em que nos encontramos por aqui.
Por tudo oq ue nos ensinaram, nossa única definição para vocês, excelentíssimos educadores, é que vocês são mestres da vida, mestres que nos ensinam as circunstâncias da vida.


É pelo imensurável valor que possuem - e que desejamos que possua maior evidência - e pela antecipada saudade que deixarão em nossos corações que hoje fazemos esta homenagem ao corpo docente de 2011 no dia dos professores.

Parabéns pelo seu dia e o nosso muito obrigado por tudo."

Escrevi este texto em nome dos terceiros anos do colégio onde estudo com intuito de homenagear àqueles que exercem a profissão do ensinar.

Beijo, C.


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Os desencorajadores do sistema.


 Alguma vez ou algum dia vão dizer que você não pode. E se você realmente levar em conta a opinião daquele que diz que você não é capaz de fazer algo, é muito provável que você passe a acreditar que não pode, que não é bom o bastante para o que deseja concretizar.

Existem e sempre existirão pessoas torcendo do lado oposto.
Na verdade, pessoas desse tipo são apenas a sombra de suas pretensões não realizadas ou das conquistas que nunca conseguiram que entrassem verdadeiramente no plano real de suas trajetórias de vida.

Talvez mais profundamente essas pessoas se sintam decepcionadas, pois pessoas as quais nos desencorajam tendem a ser o produto de sua própria falta de coragem.
Tudo vai bem enquanto elas ficam em seus cantos ruminando suas próprias frustações. O problema é quando estas interferem naquilo em que nós depositamos nossa coragem e fé.

Se encararmos ao pé da letra tudo o que nos disserem, são capazes de despertar medos que não possuíamos ou o medo que já estava apaziguado e sob controle.
 É preciso criar um filtro em tudo o que ouvimos, principalmente nos conselhos que geralmente nos tiram o foco daquilo que temos como objetivo e saber separar o que ouvimos entre "conselho construtivo" e ... "lixo".

Bom mesmo é quando você olhar para trás e perceber que, embora tenham tentado lhe impor medo, você seguiu em frente e alcançou tudo aquilo que diziam que você não era capaz de conseguir.

Como Renato Russo já dizia "nunca deixe que te digam que não vale apena acreditar num sonho que se tem, ou que seus planos nunca vão dar certo. Ou que você nunca vai ser alguém. Quem acredita sempre alcança!"

Beijo, C.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Dia das crianças para as não mais crianças.


Acordei pensando que hoje era domingo. Ou talvez sábado.
A cabeça gosta de nos confundir nesses feriados que caem exatamente no meio da semana.

Um dia a mais para dormir. Comemorar algo hoje? Talvez somente o meu vizinho de dois anos e pouquinho comemore. Mas nós, adolescentes, já não temos o perfil de crianças. Até porque já grande parte de nos não o é mais. O que sentimos é saudades de ser criança. Uma fase tão boa e calorosa e repleta de brincadeiras.

Acho que hoje a infância já não é como era quando eu e você éramos crianças. Valores foram trocados. Tecnologia avançou. Hoje crianças vivem no mundo cibernético.

Eu gostava de jogar bola, correr em volta da casa, brincar de Barbie. Brincar. Jogar. Pular. Correr. Libertar. E escrever, também. Hahaha. (Por incrível que pareça, isso nunca saiu de mim. Nasceu comigo, deve ser.)

Acho que infância como as gerações de antes de todo esse jogo tecnológico somente voltarão a acontecer se um dia der um curto circuito geral no planeta inteiro e a energia elétrica deixar de existir e tudo tenha que ser recomeçado sem tomadas, computadores, celulares. Com certeza as tão antigas brincadeiras se tornariam inovadoras.

Então é isso. Adolescentes que não são mais crianças e nem adultos ainda, nostálgicos nesse dia que quase não nos mais pertence.

Beijo, C.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Sing - My Chemical Romance.


Cante. Garoto, você tem que ver o que o amanhã irá trazer.
Cante. Garota, você tem que ser o que o amanhã precisa.
Para cada vez que quiserem te excluir, use sua voz cada vez que abrir a sua boca.

Cante pelos garotos, cante pelas garotas. Cada vez que perder a cabeça cante para o mundo.
Cante com o coração. Cante até ficar louco. Cante para aqueles que irão te odiar. Cante para os surdos. Cante para os cegos. Cante sobre todos que você deixou pra trás. Cante para o mundo.


Cante, garoto, eles irão vender o que o amanhã significará.
Cante, garota, antes que matem o que o amanhã trará.
Você tem que fazer uma escolha, se a música te espanta.
E levante sua voz cada vez que eles tentarem te calar.

Progressos de corporações limpas morrendo no processo. Crianças que podem falar sobre isso vivendo nas teias. Pessoas se movendo para os lados. Vendam até os seus últimos dias.
Compre para si a motivação. Geração nada! Nada além de uma cena morta. Produto de um sonho branco. 

Eu não sou o cantor que você queria, mas sim um dançarino
Me recuso a responder, falar sobre o passado, senhor.
Escrevi isso para aqueles que querem ir embora.

Continue correndo!

Temos que ver o que o amanhã irá trazer
Cante para o mundo. Garota, você tem que ser o que o amanhã precisa. Cante para o mundo!


Clipe da música Sing - My Chemical Romance. 
Beeijo, C!


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A coragem das mudanças e a covardia da adaptação - Por Felipe Sandrin.

 Muda-se a foto, busca-se um novo espaço, altera-se tentando não alterar a essência. Procura-se um novo lugar: para redimir os erros, amplificar acertos, aprender sobre o que nos faz falta, sem notarmos o que, de tão fundamental, na verdade é dispensável.
Todos nós temos caminhos ligados, mas a natureza de se perceber independe daquela a nos permitir reclamar ou agradecer pelo que surge em tal caminho: quem usa da sombra de uma árvore dificilmente se pergunta quem a plantou.

É por isso que mudamos, não é somente uma questão de adaptação com o meio, mas com nós mesmos. Adaptar-se a determinadas situações é aceitar o que não nos parece possível mudar, e quando finalmente nos acostumamos às coisas, aparentemente, imutáveis, passamos a achar mais fácil simplesmente descartar o que um dia foi nossa prioridade.

Eu gostaria de entender melhor os covardes, entender a realização que os convence a ter tanto medo de mudanças, de assumir riscos. Onde moram as certezas destes que tentam convencer outros com a boca enquanto seus olhos negam tudo o que dizem?
Digam-me vocês: a vida se mede no que se diz ou no que se faz? Devemos aceitar o adeus das palavras, ou abraçar o "fique comigo" que brilha no olhar?

Eu gostaria de entender melhor os corajosos, mas esses são bem mais difíceis de achar. Onde encontro aqueles que nadam contra a maré? Aqueles que, não importa o que ouçam, sabem quando o não significa sim, e assim lutam até o fim por aquilo que julgam a verdade a ser revelada. Onde estão?

No decorrer do tempo o homem deu amostras do seu poder de adaptação. Fazendo isso muito bem, a ânsia de sobrevivência corre em nossas veias. Porém, também junto a nossa história, residem às claras demonstrações que a felicidade passa longe de ser um objetivo, por isso, se torna tão mais fácil aceitar a sobrevivência do que lutar por algo que poderia nos fazer tão mais realizados.

É por isso que pintamos a casa, compramos um cachorro, ou mesmo decidimos ir embora. Não é somente para começar uma nova vida, mas para não aceitarmos a frágil sensação de vermos apenas se repetir tudo o que fizemos e passamos.
Todos sabem quando chega o momento de mudarmos algo importante em nossas vidas, mas nem todos sabem da força que possuem.

Texto escrito por Felipe Sandrin no Jornal Serra Nossa do dia 07/10/11

Beijo, C.

domingo, 9 de outubro de 2011

Tão diferente e tão igual.


Faz parte da descomunaleza de hoje em dia. Ser diferente e ser tão igual.
Ela era diferente, ditava a própria moda e por isso a julgavam demais. Sei disso, pois ela também fora julgada por mim. Até eu ver o rosto dela manchado por algumas lágrimas.
Não consigo deixar de ter compaixão ao ver um rosto que chora. Talvez seja por imaginar qual o motivo da tristeza. E com isso percebi que ela era humana também.

Ela se sentia diferente e demostrava tal diferença fisicamente. Queria holofotes? Talvez não, mas ela precisava que alguém visse o destaque que havia dentro dela.
Porém, mesmo que tivesse um estilo próprio, ela também era passível de chorar e de ter sentimentos humanos como qualquer outro ser da sua espécie - humana.


Ninguém é igual de ninguém, possuímos sentimentos parecidos, mas não existem DNAs iguais.
A verdade é que todos tentamos expressar de alguma maneira aquilo em que nós faz a diferença. Algumas pessoas contentam-se em guardar o que possuem de diferente somente para alguns, mas outros precisam ser vistos. Querem dar ar ou chão ou certeza naquilo que acreditam.

Ela chorava. Não era por maldade, acho que era por tristeza.
O estilo agregado à ela era próprio, chamava a atenção, claro. Ela tinha expressão e condição diferentes do que costumamos ver... Mas isso é apenas questão de tática, afinal de contas quantos de nós também não gostariam de seguir uma tendência exclusiva? Questão de tática e de não se importar com o que os outros pensam, pois é óbvio que a maioria não vai aprovar.

Boa semana! Beijo, C.

sábado, 8 de outubro de 2011

Save the world - Swedish House Mafia


Para as ruas nós estamos saindo. Nunca dormimos, nunca ficamos cansados. Pelos campos urbanos, na vida suburbana.
Aumente a multidão, nunca iremos recuar. Vamos derrubar o horizonte e assistir no horário nobre.
Aumente o amor agora. Ouça bem, agora. Aumente o amor.
Quem é que vai salvar o mundo essa noite? Quem vai me trazer de volta à vida?
Mas nós vamos conseguir, você e eu. Nós vamos salvar o mundo essa noite
Estou longe de casa, melhor assim. O que nós sonhamos é tudo que importa
Estamos a caminho, unidos.
Aumente a multidão, nunca iremos recuar.Vamos derrubar o horizonte e assistir no horário nobre
Aumente o amor agora.Ouça bem, agora.
Aumente o amor.
Quem é que vai salvar o mundo essa noite? Quem vai me trazer de volta à vida?
Mas nós vamos conseguir, você e eu, nós vamos salvar o mundo essa noite!


Beeijo, C!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Desfecho da semana.

 Escrevo aqui por paixão, é meu único intuito ou ritmo.
Aqui disponho uma boa parte do que sou e de como costumo pensar.

A semana, que praticamente se encerra hoje, foi agitada.
Posso dizer que aprendi muitas coisas novas - talvez as quais nunca tivessem passado pela minha cabeça antes, eu sei.

Acho que percebo agora, mais do que nunca, que para ter crescimento na vida - tanto pessoal quanto profissional - é preciso ralar muito. Muito mesmo. E apenas quem estiver disposto a encarar dias de chuva com tempestades é que vai topar o desafio. Nisso se inclui também abrir mão por um tempo de algumas coisas que gostamos de fazer, mas que não são de prioridade.

Com toda essa correria que estão sendo os dias, abri mão de fazer algumas coisas em virtude de coisas que farão diferença em meu futuro.
Mas escrever não se encaixa no grupo do "abrir mão", pois escrever já faz parte do meu futuro e é com isso que sei que posso mudar o mundo.

Essa semana também percebi que ter vontade de aprender, de experimentar o novo, de ir além - mesmo não sabendo o que nos espera - é algo extremamente primordial e que está em falta no mercado atual. Faltam pessoas com vontade de arriscar, de desvendar o desconhecido.
Também percebi que quem sair do ensino médio e partir para um ensino superior realmente com vontade de aprender ganhará destaque no mercado de trabalho. Todas as pessoas com quem falei que pararam de estudar disseram que parar de estudar não é solução. Na verdade, é um castigo.

Foi um feedback curto, eu sei, teria muito mais coisas para contar, sei também. Porém, o tempo que aqui dedico neste momento talvez não me deixe colocar meus momentos com mais clareza. Sim, é muito agito e com isso ideias agitadas também.

Beijo, C.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Walk - Foo Fighters


A milhares de quilômetros de distância o seu sinal ao longe, para quem possa interessar.
Acho que me perdi. Estou ficando bom nesse negócio de recomeçar do zero
Toda vez que eu volto estou aprendendo a andar de novo.
Acredito que esperei tempo demais, por onde devo começar?
Estou aprendendo a falar de novo. Você não vê que já esperei tempo bastante?
Por onde devo começar?
Você se lembra dos dias em que fizemos montanhas de papel e ficamos vendo-as queimar?
Acho que encontrei meu lugar.
Você não sente a sensação ficando mais forte? Pequenos conquistadores!
Estou aprendendo a andar de novo. Acredito que esperei tempo demais. Por onde devo começar?
Agora, pela primeira vez, não ouse não prestar atenção.
Liberte-me de novo. Você dá vida a um momento por vez que permanece quieto dentro do suspiro de um mentiroso.
Sacrificar sabendo sobreviver. O primeiro a escalar outro estado de espírito.
Estou de joelhos, rezando por um sinal. Sempre, a qualquer momento, eu não quero morrer nunca.
Estou dançando na minha cova, correndo pelo fogo. Sempre, a qualquer momento, eu não quero morrer nunca. Eu não quero partir jamais, eu nunca direi adeus.
Estou aprendendo a andar de novo. Acredito que esperei tempo demais. Por onde devo começar?
Estou aprendendo a falar de novo.Você não vê que já esperei tempo bastante? Por onde devo começar?

Clipe da música Walk - Foo Fighters, música a qual atualmente é responsável por me acordar todas as manhãs e me convida para viver um novo dia!
 
Beijo, C.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Ritmo de quem (não) sabe o que fazer.


 Somos garotas, somos garotos. Somos jovens.
Nos encontramos em uma fase de decisões. Acho que entre nossas dúvidas mais frequentes estão perguntas do tipo "Em quem, supostamente, eu me transformarei daqui para frente? Quem serei eu daqui há algum tempo? Será que minhas escolhas darão certo? E quais desafios terei de enfrentar? Estarei pronto para o que der e vier e enfrentarei, ou estarei eu um pouco abaixo de minha capacidade?"

Alguns de nós possuímos uma visão mais clara daquilo que queremos, outros ainda não. Todos possuímos medos e anseios e, por vezes, a ambiguidade é tão mais palpável do que possuir uma certeza concreta que acabamos ficando com mais dúvidas do que certezas.

Nessas semanas que antecedem um exame que pode nos abrir portas la fora como o ENEM e vestibulares que podem decidir nossas vidas, é comum oscilarmos naquilo que pretendemos. É comum acordar com muitas dúvidas em um belo dia, nos perguntando se iremos fazer a coisa certa. "Será mesmo que estou fazendo a escolha correta?". Porém, há dias em que acordamos com um super temporal na janela, olhamos para a vasta chuva e pensamentos tão perspicazes do tipo "Estou fazendo a coisa certa. É isso mesmo o que quero ser" percorrem nossas mentes com tanta facilidade.

Estamos oscilantes, estamos nos confins de uma escolha importante. E, talvez, essa seja uma das primeiras grandes escolhas que teremos de fazer ao longo da vida.
Bom é pensar que a partir do momento em que começamos a fazer grandes escolhas estamos começando a trilhar um caminho com a nossa própria marca. É como se a vida nos dissesse "Olha só, agora você está tomando as rédeas do seu destino".
E talvez por isso é que este seja um momento tão agitado e indeciso, pois estamos começando a assumir a responsabilidade por nossas escolhas de um modo mais independente.

Mas saiba que todas essas confusões e crises e ambiguidade fazem parte da vida daqueles que querem um futuro promissor, que desejam "balançar" o mundo com o potencial que possuem, que querem ser alguém. É claro que encarar toda essa pressão não é uma das tarefas mais fáceis, porém não encarar isso seria o mesmo que não viver uma parte indispensável da adolescência, a parte do saber e não saber o que fazer da vida.

Beijo, C.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Pessoas pré-datadas.

 É estranho, ás vezes, chegar a esta irremediável conclusão.
As pessoas surgem em nossas vidas com um simples olá e de repente viram um conhecido. Descobrimos o nome, o que faz, de onde vem, para onde está indo e com a troca de informações que fazemos, acabamos criando uma "amizade". Ou um elo, como preferir.

Dia vai, dia vem, e, dependendo do espaço que damos acesso para essa pessoa em nossas vidas, acabamos criando uma proximidade muito maior e um elo muito maior. Um amigo acaba se tornando parte do que somos, acaba conquistando um espaço no nosso coração e, dependendo da intensidade, somos capazes de ficarmos desalentados se não falamos ou vemos a pessoa por um dia.

Amizades vem, amizades vão. Pessoas entram em nossas vidas, pessoas saem de nossas vidas. Todos os dias no mundo inteiro e o tempo inteiro.
E com essa de pessoas que conhecemos e ficamos próximas, que fizeram parte da nossa história e saíram de cena depois de algum tempo, eu me pego pensando se algumas pessoas entram em nossas vidas com um tempo pré-estabelecido, como se possuíssem um prazo de validade ou um prazo de expiração.

Essas pessoas que um dia estiveram ativas em nosso dia-a-dia fizeram parte da nossa história. E se foram grandiosamente especiais em nossas vidas, acabaram estabelecendo um papel que jamais será substituído em nossos corações.

São n os fatores para ser uma pessoa pré-datada. Talvez, na realidade, todos sejamos. Todos nós, em algum momento, entramos na vida de uma pessoa e, depois de algum tempo e por algum motivo, vamos embora.

Um exemplo é a primeira pessoa que amamos. Em muitos casos, o primeiro amor não é aquele com o qual casamos um dia, mas sempre temos na memória quem é a pessoa. Dura até hoje no pensamento, mas a presença foi embora com o tempo. Assim é com as pessoas especiais, porém pré-datadas que passaram por nossa vida.

Pré-datadas ou não, que todas as pessoas que passarem por nossos caminhos sejam especiais.

Boa semana !!
Beijo, C!

domingo, 2 de outubro de 2011

Trechos do livro Memórias da montanha.


"Fosse por egoísmo ou pelo desejo de viver a liberdade da minha juventude, eu haveria de querer construir o meu próprio caminho, à revelia da insegurança familiar."
"Sua figura permeava os meus sonhos, que eu expressava nas cartas e nos poemas que escrevia para as gavetas."
"Havia uma luz incomum em seus olhos, que eu poderia interpretar como um novo sentimento que nele nascia."

"Esperava por alguém que me encantasse de forma especial a ponto de me deixar levar completamente."
"Nossos sentimentos desarrumados nos faziam refletir coisas sobre as quais talvez ainda não quiséssemos. Não éramos imortais como pretendia nossa juventude. Entretanto, brincavámos com a morte. E, mais uma vez, vencíamos."

"Não importava o rumo de cada um, ou se o futuro nos levaria para destinos diversos. Sabíamos que aquele dia marcaria nossas vidas, e que estaríamos irremediavelmente ligados por uma lembrança."
"Após perdas irrecuperáveis jamais esquecidas, vivíamos mais leves, decerto, e dispostos para a vida que invadia as janelas abertas como luz solar ou molhava os quintais como a boa chuva."

"O que almejava era inédito para mim, algo que realizara em meus sonhos. Agora, porém, estava diante de uma possibilidade concreta."
"Compreendi que os amores passados desfazem-se em instantes, como tênue poeira, quando superados ou preteridos."
"Ao contrário das profissões da família a que me sentia atrelada, queria alçar voos estelares e desgarrar-me como uma ovelha que foge do seu bando."

Trechos retirados do livro Memórias da montanha de Denise Emmer.

Beijo, C!

sábado, 1 de outubro de 2011

Livros do mês - Setembro.


Doidas e Santas - Martha Medeiros
Livro de crônicas de Martha Medeiros. Eu gosto de ler este tipo de livro também, mas eles são bons para pessoas que justamente não possuem tanto tempo para se dedicar à leitura ou pessoas que gostam mais de textos aleatórios do que uma história. Martha Medeiros é uma mestre da literatura, ela sabe expor muitas realidades do cotidiano que custamos a enxergar. Simplesmente traduz e ajusta o que eu estou sentindo. #indico!


Gossip Girl - Volume 4 - Eu mereço! e Gossip Girl - Volume 5 - Do jeito que eu gosto!
 Estou amando essa série! Fazia muito tempo que eu havia parado no livro número 3. Até que então esse mês descobri que uma garota lá da escola tinha e ela me emprestou. A história é bem diferente da série, até mesmo os casais são diferentes, mas é muito bom de ler. Indícios me dizem  que a Gossip Girl é a Blair. #indico também!

 O corpo fala - Pierre Weil, Roland Tompakow.
Este livro foi uma indicação de um professor de Marketing no curso que eu estou fazendo. Foi bem interessante ter lido esse livro, pois ele fala sobre a linguagem do corpo. Acontece que sempre estamos nos comunicando, mesmo que estejamos de boca calada. Nosso corpo transmite inconsciente ou conscientemente informações a todo momento. Com certeza perceber como o nosso corpo e o corpo dos outros se porta perante as situações em que estão inseridos e saber contextualizar com o significado de tais expressões é uma forma poderosa de entender melhor as pessoas. #indico

Memórias da montanha - Denise Emmer.
Eu nunca tinha ouvido falar nesse livro, para ser bem sincera. Acontece que dia desses eu estava na praia e havia uma promoção de livros por R$3,90 cada! E, como não sou boba nem nada, percebi que era um preço muito barato, barato até mesmo para eu dizer que é um "desprezo" com algo tão valioso quanto um livro. Eis que com tal preço todos os livros que vi não eram conhecidos. Nenhum nomezinho se quer. O resultado é ir pegando conforme título, resumo da contracapa e assim por diante. A verdade é que eu amei esse livro. É como se fosse um diário da Denise Emmer, já que tudo o que se passa nele é verídico. Claro, ela conta sobre a paixão dela pelas montanhas, sobre os lugares que escalou e, óbvio, que eu não entendo nada de escaladas, mas o livro é tão contagiante e tão bem escrito que até fiquei com vontade de escalar uma montanha! #indico !

Beijo, C.


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