quinta-feira, 31 de maio de 2012

Lua.

 Ela disse: "- Oi, meu nome é Lua e vou ficar aqui por algum tempo. Te olharei nos mais lindos ângulos sob um céu estrelado, e também estarei lá quando não houver alguma estrela sequer.

Quando chegar o fim de tarde, me verás. Alguns dias aparecerei mais cedo, e em outros bem mais tarde, quase quando você já não estiver mais me procurando. Também, esteja certo que em alguns dias você me procurará, porém não estarei vísivel para o hemisfério em que você mora, mas tenha a certeza de que se vier correndo para o hemisfério oposto ao qual você está, lá me encontrará.

Alguns dias me verás mais luminosa, outros mais tímida. Alguns dias me verás 100% cheia, em outros 75% vazia, dependendo de minha fase lunar. Mas estarei lá no céu, em qualquer posição geográfica da via láctea que você olhar, estarei lá. Sou como uma vigia da noite, acompanho tantas vidas e tantas histórias desconhecidas à luz do dia. Sou o oposto ao sol, porém também trago luz - esta luz que ilumina qualquer escuridão, que ilumina a imensidão global.

 Para muitos posso ser a quarta dimensão, mas não sou não. Para alguns eu trago respostas, mas não trago não. Acho que os faço pensar, e então dizem que eu trouxe respostas. Enganam-se, mas deixem pensar. Sou a lua, a luz que continua a iluminar a vida quando o pôr-do-sol se vai. E te olho, te acompanho. Acompanho à milhões - desde aqueles que me contemplam por felicidade no pátio de suas casas confortáveis até aqueles que dormem ao meu alento, esperando de mim a única proteção e zelo em meio ao seus secretos medos.

Eu sou a lua, e vou continuar aqui em teu zelo."

Beijo, C.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Clima de verão = Saudades do verão!


Eis que surgiu um dia de verão em um quase inverno.

Com a temperatura alta do dia, saudades. Não só do último verão, mas de partes de todos os verões que vivi.
É bem assim: O verão chega e vem as saudades do frio; o frio chega e as saudades ficam pela parte do verão.

Dia nostálgico, não só daquilo tudo que vivi durante os dias em que temperaturas de quase 35ºC me acompanhavam, como daquilo tudo que não vivi.
Senti saudades do mar, praia, água de coco, que vontade de ver Capão! Que vontade de viver tantos momentos novamente, eis que somente consigo fazê-lo em minha mente.

E as músicas que ouvi hoje no rádio e no meu MP4, convenhamos, por atração ou por acaso, também não contribuíram para me deixar fora da nostalgia. Toca "Bleeding love", toca "Depois da meia noite", toca "Love is here", toca "1997". Nostalgias.

As fotos também cooperaram para me deixar nesse estado. Rever as fotos de uma viagem que fiz há 2 anos atrás me deu saudades de viajar! Saudades de viajar no verão, não somente estar em Capão, mas estar no meio do oceano à bordo de um sonho chamado cruzeiro atlântico. Vontade de repetir tudo de novo!

Saudades, saudades... Nem sei bem de quê e de quem e de quais partes. Acho que é saudade de dizer "Olha só, vivi, passei por ti e mais uma vez estou aqui pra revelar histórias que gostaria de reviver e nostalgiar também aquilo que nunca senti."

MSC Orchestra - 2010

Beijo, C.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Cativar.

Livro: O pequeno princípe.
 Vou começar este texto com um clichê; Nada mais e nada menos impactante que a frase "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."

Voltei pra casa do trabalho hoje com essa frase de efeito na cabeça. Eu diria que foi por causa do livro que ganhei. Cativei alguém e esse alguém também me cativou. Já não falo muito com a pessoa, mas a consideração dela para comigo é tão grande que quando nos vemos, por um curto tempo que seja, com o abraço e as palavras tão sinceras, a percepção que tenho é esta: Nos cativamos.

Mas como se cativa alguém? Ás vezes um sorriso ou uma palavra que você entonou de uma forma tão dócil para outra pessoa é capaz de fazer com que você tenha conquistado-a - se não para sempre, quase isso.

Não é algo ingênuo e também nem egocentrismo. Conquistar pessoas por atitudes e não por materialismo é o segredo da conquista que permeia, e saber que alguém está ao seu lado porque gosta da sensação que você trás a esta pessoa - tanto amigos quanto namorado(a) - é ter a recíproca sensação de que você está sendo amado como também está amando.

Somos eternamente responsáveis por aqueles que cativamos. A parte que considero ruim nessa frase que é tão linda, é magoar alguém. É incrível, mas nunca conseguiremos ser 100%, nem 100% não magoadores. Ferimos e somos feridos, pois nos cativaram e cativamos também.
Esse é o eterno jogo.

* A frase tema deste texto foi extraída do livro "O pequeno Príncipe". Leia!! É muito bom!

Beijo, C.
Curte: http://www.facebook.com/doceestranhomundodecarol

domingo, 27 de maio de 2012

Siga seus instintos.


E entre todos esses prós e contras, oportunidades seguidas de mais oportunidades, você se pergunta: "- Qual seria o melhor caminho para mim seguir?"
Eu acho que respondo: Aquele em que faria você se sentir feliz. E no caso de todas as possibilidades deixarem você feliz, então o jeito é optar por aquela em que você sente que a sua realização será maior.

A vida gira em torno de opiniões, todo mundo quer dar um relato quando você está em dúvida sobre algo. Ouça o que eles tem a lhe dizer, mas jamais esqueça que cada ser humano tem um DNA único, e que vendo desta forma, o que acontece comigo não vai acontecer total ou parcialmente igual com você, pois somos diferentes e com isso reações diferentes ocorrem.
 Todos somos singulares, incluindo eu e você. Então julgue suas probabilidades focando apenas em si mesmo e no perfil que você sabe ter, nas preferências que você tem e que muita gente não sabe.
Você é a sua base, ninguém mais, e as consequências serão só suas, também.

É como diz aquela canção, "A corrida é longa, e no fim é você contra você mesmo."
Por isso é importante seguir nossos próprios instintos, e não o dos outros. Até porque somos a essência de nossos objetivos e sonhos, e apenas nós sabemos o quanto o desejamos e o quanto seremos capazes de lutar por eles.

Beijo, C.
Boa semana!!!

sábado, 26 de maio de 2012

Música: Shake it out - Florence + the machine

Remorsos se acumulam como velhos amigos estão aqui para reviver seus momentos mais sombrios.
Não posso ver uma saída, não posso ver uma saída. Todos os mortos - vivos saíram para brincar.

Cada demônio quer seu pedaço de carne, mas eu gosto de ficar com algumas coisas para mim. Gosto de manter minhas questões importantes.
Está sempre mais escuro antes do amanhecer.
E eu fui ingênua e estive cega, nunca posso deixar o passado para trás. Não posso ver uma saída, não posso ver uma saída. Estou sempre carregando esse peso nos ombros.

 Clipe da música Shake it out - Florence + the Machine.

Beijo, C.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Os benefícios de não ser o melhor - Martha Medeiros.

"Meu pai sempre jogou tênis,desde que me conheço por gente. Lembro de uma vez em que ele comentou que o adversário ideal é o de mesmo nível, mas que se fosse preciso escolher entre jogar com alguém melhor ou com alguém pior do que ele, preferiria jogar com alguém melhor, porque gratificante não era vencer fácil aquele que sabe menos, e sim aprender com quem te exige algum esforço.

É um verbo em desuso que merece ser revitalizado: aprender. A verdadeira postura competitiva não é a daquele cara que almeja atingir o topo de qualquer maneira, e sim daquele que extrai de um superior o estímulo para encontrar o próprio caminho para vencer a si mesmo. Porque não são poucos nossos adversários internos: a ignorância, o comodismo, a ferrugem. É preciso treinar bastante para flexibilizar os movimentos, todos: do corpo e da mente.

E dessa forma avançar, sempre buscando mais, numa estrada hipoteticamente sem fim. Prefiro ler livros de quem escreve bem melhor do que eu. De quem tem mais a dizer do que eu. Além do prazer que isso me dá, não vejo outra maneira de aprimorar meu trabalho. Prefiro conversar com pessoas mais vividas que eu, mais inteligentes, com melhores histórias para contar.

Talvez algumas delas sintam o mesmo em relação a mim (pensem que sou eu a mais-mais), porém o que importa não é essa quantificação, que, aliás, é totalmente subjetiva. O que estimula é ter consciência do quanto a nossa vida se enriquece com a experiência do outro. Não por acaso, adoro programas de entrevistas, onde posso enxergar a emoção do entrevistado, seu humor, sua ironia, sua indignação – entrevistas por escrito nem sempre destacam essas sutilezas.

Adoro jantar com quem conhece mais gastronomia do que eu, salientando temperos que normalmente eu não perceberia. Gosto de viajar com quem já viajou bastante e desenvolveu um olhar para certos lugares que para mim é novo. Prefiro dançar com quem sabe me conduzir.

Mas com a condição de que esses iluminados transmitam sua sabedoria naturalmente, sem intenção, sem didatismo – senão vira aula, xaropice, perde a graça. Gosto de aprender sem que o outro perceba que está me ensinando. Claro que competidores profissionais devem tentar eliminar seu oponente – nhac! Menos um na escalada ao pódio. Nenhum atleta profissional treina tanto, investe tanto, pra não se importar em perder em nome do benefício do aprendizado.

Que aprendizado, o quê. Rubinho, Neymar, Cielo, não desapontem a torcida. Mas os amadores deveriam perceber que, em vez de se fingirem de campeões duelando com derrotados, mais vale tornarem-se melhores com a passagem do tempo, através de vitórias conquistadas no silêncio da observação. É um troféu oferecido por você a você mesmo – todos os dias."

Escrito por Martha Medeiros e publicado no Jornal Zero Hora.

Beijo, C.
www.facebook.com/doceestranhomundodecarol

terça-feira, 22 de maio de 2012

O tempo certo.


"De uma coisa podemos ter certeza:
De nada adianta querer apressar as coisas.
Tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto.
Mas a natureza humana não é muito paciente.
Temos pressa em tudo!


Aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo.
Mas alguém poderia dizer:
- Mas qual é esse tempo certo?
Bom, basta observar os sinais.


Geralmente quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida, pequenas manifestações do cotidiano, enviarão sinais indicando o caminho certo.
Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer.
Mas com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo, na hora certa, no momento certo, diante da situação ou da pessoa certa!


Basta você acreditar que nada acontece por acaso!
E talvez seja por isso que você esteja agora lendo essas linhas.
Tente observar melhor o que está a sua volta.
Com certeza alguns desses sinais já estão por perto, e você nem os notou ainda.


Lembre-se que o universo sempre conspira a seu favor quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento".

(Autor desconhecido)

Eu concordo, e não porquê isso seja um clichê que eu tenha ouvido várias vezes ao longo dos meus quase 18 anos de vida. Na verdade eu concordo, pois já vivi os dois lados: Vivi uma mesma situação duas vezes - em diferentes contextos e tempos -, mas com a mesma pessoa. Em um primeiro momento apressei a situação. Eu quis por que quis que acontecesse, e aconteceu, claro, depois de uma persistência épica minha. Confesso: O momento não aconteceu igual ou melhor do que eu imaginara tantas vezes em minha mente. (Visto que me disseram várias vezes que aquilo que "sonhamos" ou que desejamos muito que aconteça geralmente quando se torna real é melhor do que poderíamos ter imaginado. Pois é... Me senti contrariada quando não ocorrera exatamente assim nesta situação.)

Passou o tempo e em um segundo momento e em outro contexto, a situação aconteceu novamente. Mas desta vez não planejei. Sequer tentei apressar algo, ou dizer "quero agora porque tem que ser agora!" - feito criança manhosa - apesar de estar querendo muito mesmo que tal situação ocorresse novamente.
Eu simplesmente "sentei e esperei". Pensei: "- Se tiver que acontecer, vai acontecer... Mas só quando for para ser bom. Apressar algo não é o melhor jeito, pois da outra vez adiantei e foi um desastre. Sorte que a vida ás vezes nos dá uma chance bônus."

E aconteceu. Aconteceu no momento certo e eu sabia que era este, pois o contexto da situação e tendo esperado tanto tempo fez com que o momento fosse maravilhoso. Não digo perfeito, pois nada é, mas chegou muito perto da perfeição. Viver momentos certos é se sentir muito perto de atingir a perfeição.. E isso é tão bom!!!  E sim, desta vez aconteceu realmente como um dia me disseram: foi melhor do que eu pudesse ter imaginado.

Mais do que nunca, tento me habituar amplamente à esperar, ter paciência, apesar de ser uma virtude difícil, visto como o tempo anda passando ligeiramente, porém a recompensa é muito melhor.

E como eu li em algum lugar: As melhores coisas vem com o tempo.

Beijo, C.
Gostou? Então curte a página do blog no Facebook!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sem terceiros sonhos.

 Já tive dois sonhos e se fosse para haver um terceiro com a mesma pessoa, preferiria que este se perdesse pelos impasses de meu inconsciente. Não porquê tenham sido sonhos com certa porcentagem de coisas ruins, e sim porque foram obras do meu inconsciente que me intrigaram.

Sonhos que intrigam parecem tão reais quando acordamos que acabamos nos perguntando o quanto do que vimos enquanto estavámos dormindo poderia ter sido real e o quanto teria feito parte apenas do imaginário.

Por isso eu digo que um 3º sonho, no mesmo contexto e com a mesma pessoa: Fora de cogitação! Ou seja, e-s-q-u-e-c-e, cérebro.
 No fundo deve ser ansiedade, ansiedade para saber e desvendar aquilo que não sei, mas que seria muito útil se eu soubesse. É, confesso. Acho que esta é uma pequena guerra do meu consciente contra o meu inconsciente. Ambos desafiando a mesma incógnita - só que um deles tenta desvendar as respostas, enquanto o outro, em meus sonhos, tenta formular as perguntas.

É mistério. E não vou conseguir descobrir sozinha. Por isso 'me' digo: - Sem terceiros sonhos com a mesma pessoa!

Beijo, C.

Curte a página do blog: www.facebook.com/doceestranhomundodecarol

Blogs que eu curto!


Olá pessoal, aqui estão algumas dicas de blogs - os quais acesso diariamente:

 Textos da autora do blog: Michele Carraro.
Uma pulseira de margaridas.

"O tempo chama e a garrafa voltou a prateleira, continuou só... por instantes pôde imaginar que o tempo entre o terminar do dia e o amanhecer deveria ser inconstante e palpável..."
 http://www.olaserragaucha.com.br/blogs/pulseiras-de-margaridas
http://umapulseirademargaridas.blogspot.com.br/

Dicas para mamães:
Coisas de gente miúda
http://www.olaserragaucha.com.br/blogs/coisas-de-gente-miuda/
http://www.coisasdegentemiuda.com.br/

Quer dicas sobre viagens? Bom... Este é o blog certo!!!
Meu limite 191 países
http://www.olaserragaucha.com.br/blogs/meu-limite-191-paises

Adolescência e várias outras coisas mais:
Depois dos Quinze
www.depoisdosquinze.com

Portal de notícias:
Olá Serra Gaúcha
www.olaserragaucha.com.br

O meu outro blog:
Mundo de Carol
www.olaserragaucha.com.br/blogs/mundo-de-carol


Curtam as páginas:

Olá Serra Gaúcha

Coisas de gente miúda

Pulseiras de margaridas

Doce Estranho Mundo de Carol.

Beijo, C;

domingo, 20 de maio de 2012

Fogo - Capital Inicial.


Você é tão acostumada a sempre ter razão. Você é tão articulada quando fala não pede atenção.
O poder de dominar é tentador. Eu já não sinto nada, sou todo torpor.

É tão certo quanto o calor do fogo. É tão certo quanto o calor do fogo. Eu já não tenho escolha, participo do seu jogo. Eu participo.
Não consigo dizer se é bom ou mau assim como o ar me parece vital. Onde quer que eu vá, o que quer que eu faça sem você, não tem graça.

Vídeo:
Beijo, C.

sábado, 19 de maio de 2012

Não canse quem te quer bem - Martha Medeiros.


 Uns mais, outros menos, todos passam dos limites na arte de encher os tubos

Foi durante o programa Saia Justa que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase: Não canse quem te quer bem. Diz ela que ouviu isso em algum lugar, mas enquanto não consegue lembrar a fonte, dou a ela a posse provisória desse achado.

Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos causos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.

Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, ok. Pedir conselho, ok também, é uma demonstração de carinho e confiança. Agora, ficar anos alugando os ouvidos alheios com as mesmas reclamações, dá licença. Troque o disco. Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.

Não canse quem te quer bem. Garçons foram treinados para te querer bem. Então não peça para trocar todos os ingredientes do risoto que você solicitou – escolha uma pizza e fim.

Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair – pense antes no que vai usar. E discutir a relação, só uma vez por ano, se não houver outra saída.

Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo para ela posar para 297 fotos no fim de semana em Gramado. Todo mundo já sabe como é Gramado. Tirem duas, como lembrança, e aproveitem o resto do tempo.

Não canse quem te quer bem. Não peça dinheiro emprestado pra quem vai ficar constrangido em negar. Não exija uma dedicatória especial só porque você é parente do autor do livro. E não exagere ao mostrar fotografias. Se o local que você visitou é realmente incrível, mostre três, quatro no máximo. Na verdade, fotografia a gente só mostra pra mãe e para aqueles que também aparecem na foto.

Não canse quem te quer bem. Não faça seus filhos demonstrarem dotes artísticos (cantar, dançar, tocar violão) na frente das visitas. Por amor a eles e pelas visitas.

Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto. Você não implica com quem te esnoba, apenas com quem possui laços fraternos. Se um amigo é barrigudo, será sobre a barriga dele que faremos piada.

Se temos uma amiga que sempre chega atrasada, o atraso dela será brindado com sarcasmo. Se nosso filho é cabeludo, “quando é que tu vai cortar esse cabelo, guri?” será a pergunta que faremos de segunda a domingo. Implicar é uma maneira de confirmar a intimidade. Mas os íntimos poderiam se elogiar, pra variar.

Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive-o desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de você.

 Escrito por Martha Medeiros e publicado no Jornal Zero Hora.

Beijo, C.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Pelo passado, pelo futuro... Pelo presente.

 O passado é o instinto do futuro, porém ambos não dependem de outra variável para se formarem se não nossas escolhas no presente.

Outro dia vi na internet uma foto que insinuava que mesmo que possuíssemos escolhas, isso era um fato surreal, pois sempre somos inclinados à um "pré determinado" caminho e é por ele que, de fato, seguimos.
Já a colocação de um de meus professores na faculdade foi a seguinte: "Temos o livre arbítrio, mas nos deparando com as várias opções para um mesmo segmento em nossas vidas, supostamente temos a intuição de qual será a melhor escolha para nós."

Eu levo em conta a segunda suposição. O livre arbítrio é constante nas coisas que podemos mudar, naquilo que está ao nosso alcance de mudar. E, de fato, muda, não é mesmo? Afinal de contas, andando sempre pelo mesmo lado da rua, você nunca vai saber se o que há do outro lado é melhor. E sinto que a intuição seja um dos alicerces principais nessas mudanças e escolhas. Existe sim uma inclinação para o caminho que vamos seguir, porém não acho que seja pré determinado.

Como foi citado no começo deste texto, eu gostaria mesmo trazer a questão das escolhas para o contexto passado e futuro, pois em alguns momentos a mistura dos dois em nossas vidas se torna tão grande e nos deixa confusos. Eu me pergunto: Se você pudesse, separaria o seu passado, deixando-o trancado em uma caixa, sendo que possivelmente as pessoas do seu passado você não poderia ter mais acesso no tempo presente e futuro? Tudo separado em caixas - passado, presente, futuro -, sendo o hoje já um passado do amanhã, se tornando assim outro dia que você não teria mais acesso. A única embalagem aberta seria o presente - pura e unicamente o dia que vivemos hoje, o momento que vivemos agora.

Acho que nunca tive uma percepção tão grande do quanto passado e presente poderiam estar tão distintos em minha vida, deve ser por isso que me sinto confusa. Esquecer do que vivi não quero, mas acho interessante a possibilidade de estar com o livre arbítrio de escolher o que deixo para a refração do tempo e o que quero levar comigo - talvez por mais algum tempo, ou talvez até que meu nome se torne passado em outros futuros.

Gostou? Curte a página do blog no Facebook então!
Beijo, C.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

7 hábitos dos perdedores - Geração de valor.

"Nossos hábitos têm grande influência sobre nosso comportamento. Não adianta apenas adquirirmos os hábitos dos vencedores, sem antes nos livrarmos dos hábitos dos perdedores.

Abaixo, 7 hábitos dos perdedores:

1. Reclamam quando chegam a 2ª feira e torcem para chegar a 6ª feira - Os perdedores odeiam trabalhar. Tudo em suas vidas resume-se na busca de um novo par para uma aventura sexual de fim de semana. Por isso, a balada é sagrada e é assim, de noite em noite, que eles gastam suas vidas.

2. Não gostam de assumir compromissos em nenhuma área da vida - Os perdedores têm uma aficção por independência. Assumir compromissos, entregar-se a um relacionamento, comprometer-se no trabalho e lutar por uma meta, sacrificando-se em prol de um objetivo maior, faz com que eles se sintam escravizados.

3. O medo de perder influencia suas decisões muito mais do que sua vontade de ganhar - Os perdedores, diante do medo natural que todos nós sentimos, ao invés de enfrentá-lo, eles se acovardam. Resultado, não se frustram de imediato, porém não conquistam nada. A longo prazo sentem-se vitmas do sistema ou que não tiveram oportunidades.

4. Desistem diante das primeiras dificuldades - Os perdedores são especialistas em manipular a si mesmos, criando teses convincentes para desistirem de seus objetivos. Tudo isso para fugir das dificuldades. Uma das teses preferidas é: "Não me sinto feliz fazendo isso". Toda atividade profissional que promove crescimento é desafiadora. E os desafios geram desconfortos. Diante do desconforto, os perdedores usam suas teses para correrem dos desafios. Resultado, não crescem.

5. Como os perdedores não realizam nada, a única coisa que lhes resta é a auto-afirmação - Perdedores são orgulhosos, falam e defendem suas convicções sem nenhuma autoridade e na hora H, fogem da raia. Não é pouco comum ver os perdedores se auto-afirmando sobre suas grandes habilidades e competências que nunca colocam em prática.

6. São refém de seus sentimentos - Nossos sentimentos, uma vez não gerenciados, tornam-se controladores de nossa vida. O desenvolvimento de uma inteligência emocional faz com que dominemos essas demandas de maneira a fazermos as melhores escolhas. Os perdedores são jogados de um lado para o outro por seus sentimentos. Uma das frases preferidas dos perdedores é: "Eu não controlo o que está em meu coração".

7. Perdedores acreditam que dependem da sorte para vencer - Acreditar que depende da sorte para vencer é uma das maiores anestesias para a consciência de um perdedor, pois sendo controlado por hábitos de perdedor, por consequência lógica, seus resultados jamais poderão ser resultados de vencedor. Neste caso, sentir-se sem sorte ou azarado é o mais confortador para se acreditar, pois alivia a dor e desenvolve um sentimento de auto-piedade típico dos perdedores. Quando ouvem de alguém que seus resultados são consequência de suas próprias escolhas, sua resposta preferida é: " Não é bem assim". Os perdedores são especialistas na relativização do absoluto ao mesmo tempo que generalizam o relativo.

Qualquer um de nós pode desenvolver esses hábitos, seja influenciados por amigos que nos cercam, por nossa família ou por gerado nossas próprias fraquezas. O problema é que uma vez desenvolvidos, esses hábitos funcionam como um virus de computador, atuando silenciosamente no "sistema operacional" de nosso cérebro, influenciando nosso comportamento, decisões, ações e reações. Nesta hipótese, não será por acaso que teremos fracassos como consequência.

Costumo dizer: Previna-se! Coloque um preservativo em seu cérebro contra o vírus mortal da mediocridade. Ele tira a sua imunidade, mata seus sonhos e faz você definhar sem ter forças para lutar.

Você é inteligente. Pense comigo, se existe uma estatística, por mais difícil que ela seja, ela é possível. Se não fosse, não existiriam centenas de histórias de quem venceu todos os obstáculos e chegou lá. Alcançar o sucesso é uma questão de perseverar até se tornar um ponto fora desta curva, mas para isso, é fundamental que seus hábitos e comportamentos também estejam fora da curva. Este é o X da questão!"


Flávio Augusto
Acesse: Geração de Valor


 Gostou? Então curte a página do blog no Facebook: www.facebook.com/doceestranhomundodecarol

Beijo, C.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O dinheiro que grita - Martha Medeiros.



"Todo mundo quer ter dinheiro e não há nada de errado com isso, desde que seja conquistado por mérito próprio, sem roubar de ninguém tampouco do município, do Estado e da nação.

Dinheiro limpo é bem-vindo: nos proporciona viagens, prazeres, conforto, cultura, saúde. Saúde não apenas física, mas mental, e não estou falando do fato de poder pagar um analista se for preciso, mas da tranquilidade de não ter dívidas. Uma pessoa sem dívidas dorme melhor, pensa melhor, respira melhor.

Além de limpo e honesto, dinheiro bom é dinheiro silencioso. Que não se exibe, não se pavoneia, não aponta para si próprio dizendo: olhem eu aqui! Conheço milionários que tem com o dinheiro uma relação discreta. Claro que moram bem, viajam, possuem um bom carro, mas não ostentam, não botam seu dinheiro no sol para brilhar e ofuscar os outros. O dinheiro tem que ser elegante como o seu dono. Ninguém precisa lidar com o dinheiro como se fosse um bicheiro.

Mas é como muitos lidam. Mesmo não abrindo a camisa para mostrar suas correntes douradas nem transitando em limusines, ainda assim há quem não se importe que seu dinheiro grite – aliás, até fazem questão de ter um dinheiro bem marqueteiro. São mulheres que colocam todas as joias que possuem para ir a uma festa, usam bolsas com monogramas gigantes, instalam chafarizes nas piscinas e compram os dias de folga dos empregados porque não toleram a ideia de irem até a cozinha buscar seu próprio copo d´água num domingo.

Homens que andam em carros que valem uma cobertura, pets que vestem Prada, vinhos que são escolhidos pelo preço e namoradas idem, que amor verdadeiro é coisa de pobre.

O rico que esnoba pessoas humildes tem um dinheiro que grita. O rico que trata a todos com respeito e gentileza, tem um dinheiro silencioso.

O rico que só gasta com grifes, tem um dinheiro que grita. O rico que investe também no que é popular (e valoriza uma pechincha, por que não?) tem um dinheiro silencioso.

O rico que perdeu o prazer de apreciar as coisas gratuitas da vida, tem um dinheiro que grita. O rico que não perdeu a conexão com aquilo que lhe dava prazer quando não era tão rico, tem um dinheiro silencioso.

Quem dificulta o acesso a si mesmo através de um sem número de assessores, guarda-costas, secretários, agentes e demais bloqueadores humanos, tem um dinheiro que grita. Quem segue disponível pro afeto, tem um dinheiro silencioso.

Costuma-se diferenciar um do outro dizendo que um é o novo rico, e o outro, o rico de berço. Pode ser. Quem nunca teve, se deslumbra. Reconheço que é muito bom viver bem e poder pagar as próprias contas, tenham elas quantos dígitos tiverem. Mas dinheiro deveria ser educado da mesma forma que um filho: nunca permita que ele seja insolente e ruidoso."

 Crônica escrita por Martha Medeiros e publicada no Jornal Zero Hora.

Beijo, C.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Julgar ou hesitar.


Eu nunca disse nada. Me pergunto se esse vá a ser o verdadeiro causador do caos ou mais um pedido de 'você tem que dizer o que sabe, o que pensa e o que adivinhou por si própria e porquê isso te deixa mal. Fingir que não soube de nada é a solução que menos causará esclarecimentos.'

Eu não sei julgar, ou melhor, eu sei - talvez isso seja algo nato do ser humano: julgar do pedaço de comida que cai no chão até quem foi eleito para presidente na Líbia. (Isto é, eu acho que existe presidente na Líbia...). Julgamos de alguma forma tudo o que nos envolve, mesmo que seja inconsciente e também conscientemente. Na segunda opção muitas pessoas guardam para si o que pensam ou por não terem absoluta certeza de estarem julgando corretamente algo ou por aquilo que julgam não ser algo que mereça tanta atenção da parte delas.

Pelo menos para mim rege esta teoria que acabei de descrever. Sim, há muitas coisas que defendo minha opinião, julgando algo abertamente - coisas interessantes, assuntos interessantes, que me levarão à algum nível maior de conhecimento, inteligência e desafio. O que prefiro guardar para mim são julgamentos sobre pessoas.

Nesta semana, entrou em foco novamente um julgamento em particular que tenho de muito muito muito tempo atrás e que é sobre alguém relacionado à minha vida, porém hesito até hoje em dizer o que penso. Aí você deve pensar: "- Mas fala de uma vez né, Carol, talvez essa pessoa esteja precisando de alguém que diga o que há de errado."

Eu hesito. Eu hesito porque apontar defeitos nos outros é uma contradição por si só, eu hesito pois acho que as pessoas aprendem melhor com as lições em suas próprias vidas derivadas de suas escolhas. Eu hesito... Eu hesito porquê - com o perdão da palavra - mal caráter não merece um segundo do meu tempo. E, obviamente, também não mereceria este texto.
Porém, tudo o que escrevo é cercado por pessoas que merecem ter espaço consciente ou inconscientemente nas linhas que tão minuciosamente crio e por pessoas que também não mereceriam uma letra do que digito.

É desse jeito. Não julgo, mas não defendo. Não julgo abertamente, mas penso que cada um vê e percebe o que fez de bom e o que fez de ruim no seu próprio tempo - e levo a séria convicção de que esta é a melhor forma de ser julgado: pela própria vida.


Beijo, C.
Gostou do post? Então curte a página no facebook: www.facebook.com/doceestranhomundodecarol

Lá vai um... - Luiz Fernando Verissmo


"O sono não vem. Você já leu tudo que queria ler, e o sono não vem. Você já repassou tudo o que fez durante o dia e planejou tudo que fará no dia seguinte, e o sono não vem. E o dia seguinte ainda está longe.

Contar carneirinhos pulando a cerca, será que adianta mesmo? Coisa de americano. Mas lá vai um, lá vai dois, lá vai três... Ih, lá vem o um de volta. Organização, gente. Lá vai quatro. O cinco não conseguiu. O seis pulou em cima do cinco... Assim não vai dar. Você vai ficar ainda mais tenso.

Pensar em nada. Isso. Fechar os olhos e pensar em nada. Esvaziar o cérebro. Concentrar o pensamento num ponto no exato centro do seu cérebro, depois transportar esse ponto para o exato centro do Universo. Você não é mais você, você é o que existe em torno desse ponto luminoso no exato centro do Universo.

Você é o Universo! Se você abrir os olhos, o Universo vazará pelos seus olhos e inundará seu quarto, inundará sua vizinhança...

Suas pálpebras são só o que retém o Universo dentro do seu cérebro e o impedem de invadir... o Universo. Suas pálpebras são as únicas tênues defesas do Universo contra o caos. Não abra os olhos, não abra os olhos, não abra os... Você abre os olhos, em pânico. Quem pode dormir com tanta responsabilidade?

Quem sabe ler mais um pouco? Tanta coisa para ler... Na verdade, só quem tem insônia tem tempo para ler. É por isso que todo intelectual tem aquela cara de zonzo. Não é cultura, é sono. Intelectual não dorme. Não dorme porque é intelectual ou é intelectual porque não dorme e tem tempo para ler? Você não sabe. A sua insônia não tem qualquer proveito cultural. A sua insônia, além de tudo, é burra.

Você lembra que quando era criança achava que tinha um monstro embaixo da cama. Quando precisava fazer xixi durante a noite, dava um pulo da cama, pro monstro não pegar o seu pé. E na volta dava outro pulo pra cima da cama. O engraçado era que você nunca imaginava que o monstro fosse sair debaixo da cama e correr atrás de você.

Era um monstro terrível, comedor de pé de criança, mas era preguiçooooso... Você pensa: até que seria bom se houvesse mesmo um monstro embaixo da sua cama. Pelo menos alguém para conversar. Trocar reminiscências da infância... Lembra os pulos que eu dava para cair na cama sem você me pegar? Vocês dariam boas risadas.

Nem precisava ser um monstro. O ideal seria ter um psicanalista embaixo da cama. Além de alguém para conversar, alguém para curar a sua insônia. Quem sabe contar psicanalistas pulando a cerca? Lá vai um, lá vai dois, lá vai três... Ei, você, o quarto: não é para analisar o simbolismo da cerca, é para pular! Deve ser um freudiano ortodoxo. Lá vai quatro, lá vai cinco...

Você começa a enumerar todas as mulheres que teve na sua cama de adolescente. Artistas de cinema, vizinhas, primas... Sua imaginação as colocava ao seu lado na cama e vocês se amavam loucamente. E o melhor: depois do amor, depois de saciado – você dormia! Como você dormia antigamente. Que fim levara aquele sono todo?

Cérebro vazio. Pensar em nada. Esperar o amanhecer. Esperar o bendito dia seguinte. E o dia seguinte parece ficar cada vez mais longe."

Escrito por L. F. Verissimo, 06 de maio de 2012 no Jornal O Estadão.

Beijo, C.
Curte a página do blog no facebook: www.facebook.com/doceestranhomundodecarol
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...