segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Rush.


Por debaixo das árvores, o dia vem perdendo a luz. As árvores vão perdendo sua cor e seu destaque, tornando-se todas escuras no mesmo tom enquanto a noite as invade.
E aqui eu e mais de 100 mil pessoas acompanhando o anoitecer, ou talvez não exatamente percebendo que mais um dia está acabando, mas com certeza compreendendo que a luz natural do dia apenas voltará daqui há dez horas.

É inverno, mas eu já consigo sentir a aproximação dos tempos de verão.
E tendo visto esta ligeira percepção de que o inverno já atingiu seu pico e uma nova estação está próxima, trago comigo aquela frase: "Como as estações, nós também temos a habilidade de mudar". Mas o que temo é retroceder para algo que já não mais sou há muito tempo. Prefiro ir em frente, do que voltar.

É inverno, não sinto frio, mas continua chovendo torrencialmente. E a chuva me deixa pensando sobre tudo o que não volta mais, o que ainda não vivi e aquilo que não vingou em minha vida. Pensamentos de melancolia, eu sei, mas a culpa é da chuva.

Estou na estrada, indo para casa, e o trânsito na cidade se torna lento nessa hora em que tantas pessoas desejam chegar em casa ao mesmo tempo. É preciso ter calma, vamos todos dar um jeito.
Enquanto isso, Pretinho Básico invade os auto-falantes do meu carro e sei que, assim como faz no carro que estou dentro, distrai as tantas pessoas que ficam estressadas nesse horário.

Beijo, C.

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