terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Mais um momento de uma velha história de amor.

 Esta é uma história que sempre canso de ser refazer, reviver ou recordar. Não é em vão que eu não lembre a história inteira - os mais de 3 anos que a vivi -, mas nunca a esqueci, pois ela faz parte de quem eu me tornei.
O que retrato aqui é um primeiro amor ou talvez não primeiro amor mas um grande amor, o que faz com que seja recordado com igual relevância.

Não sei o que me espera do final do Ensino Médio em diante, mas espero que novos grandes amores e novas grandes histórias surjam para um dia eu contar aos meus netos, mas acredito que um grande amor - ou talvez apenas um amor marcante igual - já encontrei pelos corredores do Ensino Fundamental e Médio.

Na realidade, acho que a gente nunca sabe quando de um breve olhar partirá uma história que lembraremos para sempre. Ok, talvez não eternamente, mas algumas vezes em um breve pensamento remetido ao passado.

Acredito que algumas pessoas vivam apenas um grande amor - aquele que dura pra sempre - e outras tenham que viver vários até encontrar aquele que dure até o final. O meu primeiro grande amor não durou, foi aquele sentido natural em que ocorre a vida: um mudou, o outro também, as histórias e lembranças permaneceram, mas já não havia aquele "ele me ama também".

Tão fácil para ele deixar pra trás, e então é você que fica no prejuízo, deixando o tempo interagindo para também esquecer uma história que já não possui sentido. Como qualquer humana previsível, algumas recaídas, uma última conversa, uma última tentativa.

Aí o tempo fez sua parte, concertou o estrago, fez esquecer e perdoar as partes ruins. Sobraram os momentos bons que houveram e hoje você sabe melhor reparar no que houve de bom, pois entendia, finalmente, um pouco do carnaval que o amor era capaz de fazer nos corações.

Finalmente, mudou e amadureceu, e aquilo que houve de ruim, só contribui para melhorar a pessoa que você se tornou.
 Porém, você havia se esquecido que o tempo não interagia e modificava somente certas pessoas. O tempo causava mudanças em todos aqueles em que o ar continuava adentrando nos pulmões.

Encontrando-se pelo ritmo da mesma cidade, olhando nos olhos dele, achou as mudanças que você suspeitava que o tempo havia se encarregado de fazer. Mas quando ele disse a palavra desculpa seguida de outras nove palavras, que já não eram esperadas de se ouvir, você teve a certeza de que ele já não era mais o mesmo.

Quando você confessou a surpresa do que ouviu, ele achava já ter lhe dito o que acabava de dizer. Talvez tais palavras, ditas de uma forma diferente por ele, já tivessem chegado ao seu ouvido, mas profundamente você sabia que nunca haviam sido com tanta sinceridade.

Escrevi esse pequeno momento de uma longuissíma - talvez longuérrima - história, pois acho que todos devem saber que as pessoas mudam e nos pedem desculpas por momentos em que erraram com a gente. Demora pra acontecer, demora um tempão, talvez demore uma vida, mas em algum momento acontece.

"Um dia as pessoas aprendem a pedir desculpa, até mesmo aquelas pessoas que você julgava que nunca aprenderiam."
Beijo, C.

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