sexta-feira, 6 de agosto de 2010

To imagine

Com um boné virado na cabeça, ele sobe os degraus da escada desgastada.
É um garoto qualquer entre as tumultuosas ruas de uma cidade.

Depois de terminar os degraus, ele entra porta adentro, rumando para algum lugar.
E a partir daí minha imaginação rolou solta.

Quem será ele? Qual motivo o levava a estar ali?
Garoto despojado, não tinha traço nenhum de possuir dinheiro o bastante para ter uma vida sem desníveis.
Tinha ele mais ou menos entre dezesseis e dezessete anos.

Quem será que o levava a estar ali? Era o pai? A mãe? Um amigo? Uma amiga? A vó? Ou um tio? Ou será que o problema era com ele mesmo?
Ou será então que não era a namorada ou a garota que ele tenha engravidado?

Minha imaginação se deixou levar. E para mim, era uma garota grávida aquela que ele estava visitando; o tal motivo pelo qual ele havia rumado até o centro da cidade, subido as escadas gastas e entrado na parte do hospital aonde ficam os pacientes do Inss e, claramente, o garoto poderia muito bem ter ido parar na maternidade para, talvez, ver seu filho.

Mas eu não sei. Realmente não sei o que o levava lá, mas com minhas histórias tão vindas de não-sei-aonde, ver um mero alguém (um garoto de dezesseis/dezessete anos) que me chame atenção pelas ruas que passo  pode me dar espaço para imaginar para onde esta pessoa vai. O mesmo, e mais precisamente, me ocorre em aeroportos. É tão interessante ver tantas pessoas vindas de qualquer ponto do mundo e indo para qualquer ponto do mundo que minha imaginação trabalha para criar uma história em cima da pessoa que vejo... E às vezes até eu acabo me surpreendendo com o que crio !


C.

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