sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Meia vida.

 ( Fiquei em dúvida se postava ou não, mas aqui está...)


No princípio eu não compreendia, até sabia dos problemas, mas talvez realmente pensasse que eles já haviam sido resolvidos.
O que eu via no começo era somente a realidade por fora; garota sorrindo, brincalhona, rindo. Curso de vida normal.
Mas, depois de várias semanas, meses até, percebi que, talvez, fosse uma escapatória. Sorrisos que escondiam lágrimas.
Não sei como deve ser a sensação de não possuir um pai na fase mais confusa de nossas vidas.
Enquanto meu pai me leva a escola, conversa comigo a noite, me leva conhecer outros novos lugares e torce muito para que eu realize meus sonhos e seja feliz, penso em como deve ser a sensação de não possuir um.
O mais próximo que chego de saber o que é não ter um pai ao lado é um mero esboço, pois tenho a absoluta certeza que não sei realmente o quanto deve doer esta falta.
Entendo o contexto do sofrimento e como as pessoas que passam por casos como este devem esconder ou disfarçar a dor que realmente sentem. Mas a vida me fez perceber cada vez mais que, embora as pessoas realmente disfarcem bem, o coração e principalmente os olhos não enganam. Pelo menos não mais para mim.
Não sei como será sarar esta dor, mas tenho certeza de que ela é corajosa e vai vencer seu destino.

(Dedicado a L², a qual sente falta de um pai agora, mas ele não faz a mínima ideia isso; ou se faz, não se importa) 


Eu vou te segurar até a dor parar.
Um beijo.

C.

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