terça-feira, 3 de agosto de 2010

Memória.

Vou lembrar de você enquanto o tempo permitir. Vou te levar enquanto a vida deixar.
Penso por nós dois , e o mundo revira. Já não somos iguais. Nossa história já não é a mesma.
Vejo uma pessoa de costas na multidão. Atordoada por pensar em você, penso que finalmente te encontrei entre os 400 mil habitantes de uma cidade. Estou quase certa para gritar seu nome e dizer "não acredito!", quando a pessoa vira e vejo seu respectivo rosto. Meu mundo se dilacera novamente, a esperança imensa que eu havia criado em mim, se vai do mesmo jeito que havia chegado. A pessoa não era você. Mais uma vez não vi você. Aborto o pensamento e sei que devo esquecer, devo viver para coisas melhores hoje, devo viver para obejtivos maiores. Eu sei, eu sei.
Mais uma vez volto para casa e me pego lendo um livro pensando em você.
As pessoas ao meu redor foram trocadas. Não que eu nao as ame igualmente ou mais que antigas amizades por mim criadas, mas eu sinto um aperto quando o passado assola meu coração na manhã que se segue.
Tenho novos amigos agora, mas eu não tenho como negar que a garota do outro lado da sala era minha melhor amiga.
Por muito tempo não soube como lidar com mais esta falta; essa horriveldade de ver como as pessoas mudam e você não ser mais divertimento para elas. Eu superei. E agora o que mais faço é querer minhas novas garotas comigo. Elas não são ela. Mas isso me provoca porque ela está constante no meu dia-a-dia "O pra sempre... nem sempre dura" , é o que penso.
Mais uma vez fujo deste pensamento. Alguma palavra dita faz com que eu novamente me lembre dele. Do meu desconhecido agora; do garoto que eu vou esquecer um dia e me dedicar totalmente a uma nova vida.
Mas eu sei... eu não vou esquecê-lo, não enquanto meu coração estiver batendo ou o ar entrando em meus pulmões.
Por outro lado, esse será sempre o lado impossível da minha vida. O lado mais secreto e impossível da vida que alguém poderia ter.
Será que existe alguém com uma vida assim por ai também? Alguém com algo tão potencialmente impossível em sua vida como eu?
Sabe, eu acho que não.

(originalmente escrito em 29.04.2010)

C.

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