A canção que criamos nunca acaba, mas muda de frequência, muda de nota, de sentido ou ritmo. A vida faz parte do mais longo repertório, da mais infinita canção, mesmo que um dia esta se perca pelas partituras de um violão.
Ás vezes a gente deixa o tempo seguir sem que sigamos com ele, afinal não temos como levar tudo conosco, somente relatos felizes de um verão de derreter a pele nas bases de um inverno aconchegante.
Ás vezes perceber que mudamos o tom da canção é muito fácil devido a sensibilidade de nossos ouvidos. Porém o quanto verdadeiramente trocamos a sequência de nossa música só conseguimos observar com o tempo e com a sabedoria que este trás. E é muito fácil - e intrigante, também - olhar para trás e ver como, por exemplo, nossa trilha sonora trocou de Rock para MPB - e vice-versa - tão rapidamente que não nos chamou a atenção quando acontecia.
Mas a trilha muda quando tem de mudar, quando é propício de acontecer para nos levar a conhecer novas composições que farão parte da nossa canção.
Beijo, C.
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