segunda-feira, 5 de março de 2012

Nostalgia.

 Pausa para o almoço. Segunda feira de muito calor.
Até poucos instantes atrás, segundos de nostalgia. E eu reluto em me perguntar o porquê de o passado ser sempre algo presente. É claro, os dias seguem, a vida continua, o que você fez ontem, ficou no dia de ontem e hoje já é parte de um novo começo, concorda?

Mas todas as histórias que vivemos sempre farão parte do contexto, mesmo que nos mudemos e mesmo que nunca mais cheguemos a ver as mesmas pessoas. Mesmo que, infelizmente um dia, sejamos deletados do sistema. E mesmo se não nos lembrarmos de algo, ainda assim seremos lembrados por alguém.

Quando pego a condução para chegar ao trabalho pela manhã, nostalgias. Lembro-me que no mesmo horário, há um ano atrás, estava eu pegando a condução para outro itinerário da cidade. Ia ao colégio compartilhar as mil histórias que hoje apenas se fazem recordações. Boas recordações, aliás.

Quando volto do trabalho para a pausa do almoço, mais nostalgias.
No caminho para casa vejo alunos da primeira escola que frequentei, tão pequenos, tanto por descobrir sobre os mistérios da vida. Lembro-me de quando eu fazia tal trajeto, dos momentos tão marcantes e ingênuos que vivi durante o fundamental. Nostalgias - algo que só faz sentido quando você realmente gostou do que viveu.

Só me arrependo daquilo que não fiz, daquilo que não vivi, daquilo que não senti a sensação e que hoje não tenho mais como saber.

Mas eu sei que este não é um sentimento só meu. Muitas pessoas, dentre elas alguns ex-colegas meus - tanto do ensino fundamental quanto do médio - circulam nessas conduções ou nessas ruas pela cidade rumo à seu novo rumo, cheios de nostalgias e cheios de lembranças exatamente como eu.

É isso, seguirei de volta ao meu novo rumo, cheio de nostalgias, mais uma vez.

Beijo, C.

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