quinta-feira, 15 de março de 2012

Constatações de quem viaja.

 Em janeiro deste ano fiquei apenas oito dias no Peru e esta curta experiência já proporcionou à mim uma grande mudança. Foi a primeira vez que eu sai do Brasil para viajar de avião à outro país e foi a vez - entre todos os itinerários que já realizei - que eu fiquei fora de casa por mais tempo e que sobrevoei mais quilomêtros.

Foi uma experiência muito boa e enriquecedora ter estado em um lugar onde a língua-mãe - a língua falada - é diferente da minha e ter compartilhado de uma cultura tão nobre.
 Desde que regressei deste país latino para a cidade aonde habito, não vejo mais Bento Gonçalves com o mesmo olhar de quando a deixei.
"- Mas porquê, Carol?".
Acho que porquê conheci uma pequena deslumbrante parcela do mundo e acabei percebendo que possuo muito mais para conhecer e desvendar do que imaginava. Também talvez porquê percebi que a quantidade de quilômetros da cidade onde moro é mesmo pequena; o país em que habito também é pequeno perto de tudo o que vi e vivi, perto de tudo o que ainda possuo para conhecer.

Você vai, mas não volta do mesmo jeito. Hoje há uma amiga minha partindo para o estrangeiro. Vai viver alguns meses - que talvez se transformem em anos - na Oceania. Quando ela voltar, valores sobre ela como pessoa e valores quanto a cidade em que ela habitou até antes de ir viajar terão mudado se não total, quase completamente.

Explicar como é não ver mais um lugar da mesma forma é difícil. E para aqueles que não sabem o que é isso, que nunca tiveram a experiência de ficar longe do país onde habitam por algum tempo - vivendo e interagindo com uma cultura diferente - só entenderão como é sentir a maneira como eu me sinto e tudo o que aqui digo quando tiverem feito essa experiência também.

Antes de eu ter ido ao Peru ninguém me disse que voltar seria nunca mais ver a cidade onde moro da mesma maneira que eu a via antes de ir. Aliás, acho que as pessoas nunca falam muito sobre o quanto se sentem diferentes quando voltam de viagem. Mas eu aqui me proponho a contar, a exemplificar, a escrever e, talvez, até a desenhar se for preciso. Porém, ressalto mais uma vez que esse é um tipo de sensação que você só entende se experimentar.

Beijo, C.

3 comentários:

  1. ahhh como eu concordo contigo!!
    minha primeira viagem pra fora foi aos meus 17 anos, foi uma experiencia maravilhosa que me fez crescer muito como pessoa.. e agora, aos quase 22, essa vontade só aumenta cada vez mais!! nao existe coisa melhor!!! *-*
    beijão carol!

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  2. Viajar é muito bom, e no fundo sempre faz a gente prestar atenção em coisas que nós temos tão perto de nós né rs deve ter sido bem legal ir para o exterior né? O ruim é que dependendo de onde vai acaba saindo meio carinho rs
    Quero ir pra miami fazer compras (futil ever haha) mas tá dificil! EUA só com visto e eu sou de menor.. é complicado!

    hey ta rolando SORTEIO DE LIVROS+SURPRESA ESPECIAL lá no meu blog! Se quiser participar seja bem vinda ok?

    beijos, @Karol_hearts
    http://queridos-pensamentos.blogspot.com/

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  3. Gabi: ahh, minha viagem primeira viagem pra fora do país também foi com 17. Eu concordo, é só fazer uma viagem para ficarmos viciados. É tão bom!!! Obrigada por passar po aqui Gabi! Volte sempre :) Beijão!

    Karoline: É muito bom !! Quando tiver oportunidade de ir, vá... Pois com certeza não vai se arrepender :). É, quanto ao visto e essas coisas, te digo que sendo de menor é muitaa complicação, precisa de autorização de pais e tudo. Pro Peru eles também pedem um "visto", mas é la na hora q eles tiram e tal, só que também complicou um pouco pra mim pq eu era de menor. Pretendo ir pros EUA em breve, mas quero esperar ter 18 anos para a parte burocrática ser menos burocrática do que se eu fosse de menor. hehehehe. Obrigada por aqui! Beijão!!

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