terça-feira, 15 de maio de 2012

Julgar ou hesitar.


Eu nunca disse nada. Me pergunto se esse vá a ser o verdadeiro causador do caos ou mais um pedido de 'você tem que dizer o que sabe, o que pensa e o que adivinhou por si própria e porquê isso te deixa mal. Fingir que não soube de nada é a solução que menos causará esclarecimentos.'

Eu não sei julgar, ou melhor, eu sei - talvez isso seja algo nato do ser humano: julgar do pedaço de comida que cai no chão até quem foi eleito para presidente na Líbia. (Isto é, eu acho que existe presidente na Líbia...). Julgamos de alguma forma tudo o que nos envolve, mesmo que seja inconsciente e também conscientemente. Na segunda opção muitas pessoas guardam para si o que pensam ou por não terem absoluta certeza de estarem julgando corretamente algo ou por aquilo que julgam não ser algo que mereça tanta atenção da parte delas.

Pelo menos para mim rege esta teoria que acabei de descrever. Sim, há muitas coisas que defendo minha opinião, julgando algo abertamente - coisas interessantes, assuntos interessantes, que me levarão à algum nível maior de conhecimento, inteligência e desafio. O que prefiro guardar para mim são julgamentos sobre pessoas.

Nesta semana, entrou em foco novamente um julgamento em particular que tenho de muito muito muito tempo atrás e que é sobre alguém relacionado à minha vida, porém hesito até hoje em dizer o que penso. Aí você deve pensar: "- Mas fala de uma vez né, Carol, talvez essa pessoa esteja precisando de alguém que diga o que há de errado."

Eu hesito. Eu hesito porque apontar defeitos nos outros é uma contradição por si só, eu hesito pois acho que as pessoas aprendem melhor com as lições em suas próprias vidas derivadas de suas escolhas. Eu hesito... Eu hesito porquê - com o perdão da palavra - mal caráter não merece um segundo do meu tempo. E, obviamente, também não mereceria este texto.
Porém, tudo o que escrevo é cercado por pessoas que merecem ter espaço consciente ou inconscientemente nas linhas que tão minuciosamente crio e por pessoas que também não mereceriam uma letra do que digito.

É desse jeito. Não julgo, mas não defendo. Não julgo abertamente, mas penso que cada um vê e percebe o que fez de bom e o que fez de ruim no seu próprio tempo - e levo a séria convicção de que esta é a melhor forma de ser julgado: pela própria vida.


Beijo, C.
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