sexta-feira, 4 de maio de 2012

Cópias de mim.


Aos 10 ou 11 anos de idade criei a teoria de querer ser várias Caróis ao mesmo tempo. Eu pensava em quantas situações eu gostaria de estar em um mesmo momento, sabendo-me na posição de poder estar realmente em uma só, e dizia pra mim mesma que gostando de tantas coisas e querendo estar em tantos lugares ao mesmo tempo a única solução era ter várias cópias de mim.

Quando eu criei essa teoria, as minhas cópias iriam para os tantos garotos que eu gostava em paralelo. Eu não poderia ser de todos e todos não teriam como ser meus ao mesmo tempo, então eu enumerava as minhas cópias e imaginariamente as distribuia para aqueles que deixavam meu coração bobo.

Eu lembrei disso hoje, pois continuo com a mesma ideia. Só o contexto é que mudou. Eu gostaria de ter tantas cópias de mim quanto as coisas que amo. Assim, estaria integralmente presente - de corpo e mente - para aquilo que sinto afeição. Teriam que ser feitas muitas cópias, tendo em vista os diversos lugares e pessoas que hoje sinto um carinho enorme e que gostaria de estar sempre por perto. (Sim, é bem verdade que alguns destes amei desde que me conheço por gente e outros aprendi a amar. Mas estes que aprendi a amar também se tornaram importantes igualmente como se os amasse desde muito cedo.)

Eu queria poder estar no trabalho, na faculdade e em meu blog simultaneamente. Esses seriam os três primeiros lugares em que eu deixaria as minhas cópias. Uma outra cópia de mim eu deixaria morando em Nova York, uma no nordeste do Brasil, outra em Paris e uma ficaria na minha cidade natal.
Talvez eu não escolhesse ficar em cidade alguma... Meu Eu "original" seria apenas um mediador, um administrador de tantas Caróis com o meu DNA espalhadas pelo mundo.

Queria ser tantas ao mesmo tempo... Queria ser integral em tudo o que vivo e participar de todos os eventos que me convidam ou ir a todos os lugares que acho interesse estar presente, porém, ás vezes ter mais de um compromisso no mesmo dia e horário é o que me impede.

Pois é, a minha ideia de infância se tornou mais importante do que pensei que se tornaria quando a criei. hehehe. Melhor patentear.

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Beijo, C.

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