quinta-feira, 3 de maio de 2012

Falando em público.


É contraditório estar lá na frente, à mercê de espectadores. As mãos tremem e começam a suar, o coração dispara... E para alguns a sensação que as bochechas estão queimando é o auge do nervosismo.

Para algumas pessoas - e acredito que para a maior fatia da população - apresentar-se em frente ao público é suar frio, é temer, é ficar embaraçado e pedir pra fugir - se é impossível cavar um buraco, ao menos se tornar invisível é o que essas pessoas desejam quando estão expostas ao público.

Eu sei descrever isso, pois também já estive em situações assim. Sempre fui uma campeã de timidez para apresentar trabalhos em frente aos colegas até, praticamente, a 8ª série do Ensino Fundamental.
A vez mais marcante que recordo de ficar nervosa ao apresentar um trabalho foi na 6ª série. Na ocasião eu havia de apresentar um trabalho sozinha para a turma inteira. A quantidade de colegas em minha sala era pequena - cerca de 20 -, mas o que marcou foi abrir o livro e explicar sozinha o que eu havia entendido da parte que a professora pedira. Lembro que meu coração batia rápido, o rosto começava a ficar vermelho e minhas mãos tremiam. Fiquei até mesmo tonta e quase desmaiei. Mas acabei "me driblando" e fiz uma apresentação nada convincente, enfim.

Porém, acho que as situações que vivemos, conforme a exposição que temos diante de diferentes públicos, vão mudando tal timidez e intraversão. Também acho que a questão seja encarar o medo dessas circunstâncias. Foi o que eu fiz quando arrisquei a fazer o discurso dos formandos 2011 do Ensino Médio. Eu topei ir, pois este era um sonho antigo e desprovido de coragem.

Meu medo era tanto de encarar um grande público que, agora confesso, foram várias as noites que pensamentos sobre o discurso me deixavam com medo de fazê-lo. Nessas horas o medo foi capaz de me testar tanto que quase desisti. O que, claro, seria a mais injusta decisão com um sonho.

O que fiz? Tive de encarar o medo que sentia. Abandonar o discurso teria sido o meu pior erro e arrependimento, pois eu nunca mais teria a chance de ser a oradora do Ensino Médio. Eu gostei tanto de ter falado na frente de um público de cerca de 500 pessoas que acabei achando que meu discurso durou muitooo pouco. Quando venci o medo, acabei querendo ter ficado falando a noite inteira sobre qualquer futilidade - ou cantando uma música hahaha - lá no púlpito. Foi maravilhoso... Uma das sensações que poucas pessoas vivem justamente pelo medo que sentem.

O segredo é encarar esse desfazedor de sonhos, preparar-se para derrotá-lo. É só mais um medo, como qualquer outro, quando a maior parte daquilo que tememos é fruto da nossa imaginação, e não algo real.
Mas se você achar que precisa de um help, sempre haverá um curso de dicção e oratória para ajudar o seu medo a desaparecer.


Vídeo do meu discurso de formatura/2011:

Beijo, C.
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6 comentários:

  1. Sei muito bem como é falar em público. Meu Deus. A minha pressão vai lá nas alturas. Mas sempre acaba tudo bem; não como esperávamos. As vezes melhor, outras nem tanto. Mas sempre acaba tudo bem.

    Abraços.
    Iago Marcell.

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  2. Iago: Pois é!!! "Mas sempre acaba tudo bem" hahahaha, é bem assim mesmo. O nervosismo acontece, as mãos suam, quase "desmaiamos"(no meu caso), mas tudo... acaba bem. Obrigada por passar por aqui!!! Volte sempre :)

    Abraços, Carol.

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    1. Esteja certa de que voltarei sempre por aqui. Adorei a maneira de como você se expressa e como isso prende o leitor (no caso "eu"). Tomei a liberdade de segui-la.

      abraços,
      Iago Marcell.

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    2. Que bom!! Isso me deixa muito feliz. Pode seguir a vontade e dar uma vasculhada no arquivo do blog - e espero que neste encontre outros textos com os quais se identifique. :) Beijo, C.

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  3. Vou passar o ano todo lendo esse post pra poder me preparar psicologicamente pro dia 22/12.. Muito lindo Carol, mesmo *-*

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    1. hehehe, bora Bree :D Tenho certeza que vai ser um momento muito marcante e importante!! No que eu puder te ajudar me coloco à disposição *-* beijão oradora 2012!!

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