quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Duas em uma.

 Talvez eu quisesse, necessitasse ver o mar.
Não posso vê-lo agora, então aproveito qualquer brecha de paisagem, ou encanto do sol para ter uma inspiração, encontrar algumas respostas, ou talvez chegar a novas perguntas.

Nessas interações comigo mesma, sou duas dentro de uma só. Ás vezes a versão mais velha de mim dá conselhos à mais nova, ás vezes a versão mais nova de mim é que assume o papel de titular e aconselha a mais velha.

Tanto nas duas versões, segue a pergunta: "-Como estamos?".
Então qualquer uma das versões que esteja no papel de responder, faz suas declarações. Ás vezes feliz, ás vezes triste, ás vezes no meio termo. Sempre questionante, sempre tendo respostas, mas não as prontas, pois o interessante é a reflexão, levando-me sempre a ter mais perguntas - sobre mim, e o mundo.

Ás vezes demoramos mais tempo em algumas situações, tentando interpretá-las, outras vezes tentamos entender o que nos passou despercebido. E como complemento, acabamos juntas - tanto a minha versão mais velha quanto a mais nova - percebendo que mudamos, que tanto nossa idade mais nova se tornou menos séria quanto nossa idade mais velha se tornou mais madura.Uma regride, e a outra progride.

Somos duas, em uma. Certas de garantir objetivos em comum, mas com nosso sentido ambivalente, visando chegar no mesmo objetivo, mas nos cercando de duas diretrizes diferentes.

Eu precisaria me cercar do mar, nesses dias que agora se tornaram mais longos, mais quentes e ensolarados. Mas ambas nos inteiramos em saber que até mesmo o pôr-do-sol à beira do mar deverá ser abandonado. Ao menos por enquanto, depois a gente volta. Não só a gente, mas o mar também.

Beijo, C.
www.facebook.com/doceestranhomundodecarol

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