terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Tu que tá com saudade.


A saudade me alcançou mais longe nesse alvoroço de vida que não para pra ninguém e que muda para todos a cada vez que o ponteiro do relógio gira. E então fica irremediável não lembrar do último ano que você viveu no Ensino Médio, o tão popular "terceirão."

Afinal de contas, quem não se lembra do começo desconhecido da 33M, da Morgana que não estava na lista de chamada e que virou Moranga com o passar das manhãs na 33? (Sim, é bem verdade que o apelido que ela ganhou não foi exatamente um apelido que ela amou.)

Impossível esquecer das filmagens e pirraças de quem gravava O Quatrilho e das frases marcantes ditas por alguns personagens:
- É uma barrica de sal, dizia o Lucindo.
- O que vocês decidi pra mim tá bom, entoava a Luísa.
- E tudo era bom, finalizava a Naieli.

O total de alunos era 32 em uma turma que sempre aceitaria 33, mas continuou com 32 até o final do ano. 32 soldados, entre eles 8 meninos e 24 meninas.

Impossível esquecer do quanto estudiosas e dedicadas eram a Patricia, a Andressa, a Letícia, a Renata, a Fernanda, a Kellem, a Tayne e a Daniela e o quanto a Giseli foi chamada de Design e a Gisele foi chamada de Tamandaré. A verdade é que as pessoas nem sabiam que o nome da Gisele era esse mesmo, todo mundo aprendeu a chamar ela de Tamandaré.

O Notebook que a Morgana sem querer deixou cair no chão e quebrou foi motivo de zueira por muito tempo, principalmente pelos guris que pouco se preocuparam com o estado da Morgana, e sim em fazer piadas com o objeto quebrado.

A gincana na metade do ano não nos foi beneficiente em nada, mas pelo menos não fomos os últimos colocados.

Impossível esquecer também a Cris e suas pérolas escolares, o Pere e seus "produtos coloniais", o Lucindo e o Bergamo motoras sempre prestativos, assistenciando alunos sem CNH.

O Dani teve um dia de mulher nessa história toda e há boatos que ele curtiu até andar de salto, não é mesmo, garotas?
O Clisman virou "Clismén" e era só ele entrar na sala para todos ouvirem a sagrada frase dita por ele: "Eu me equivoquei."
A Laura que virou velha raposa e que sempre cantava "Lobisomem do arvoredo" e contava para toda a turma seus amores inconclusos.

A Jana apareceu no dvd de formatura do pré do Jacson e o Wagner ficou pouco bêbado no Arraiá da turma e perdeu o foco no "meio limão, um limão" e teve sua mochila super cheia de água nos últimos dias do seu colegial.

A Vivi entrou na UFRGS e o Léo e o Jacson deveriam ter ela como inspiração para suas futuras vidas acadêmicas.
Falando em Leonardo e Jacson, é impossível esquecer a bagunça quilométrica que vocês faziam. "Vocês eram impossíveis, guris". Haha.
E também a bisca, o "classic" e "O melhor ensino Médio e Terceiro ano da sua geração" e, é claro, a tão complexa "União Soviética".

A Paula merece crédito, pois, por mais que atormentassem a paciência dela, ela ainda conseguia conviver harmonicamente com o Jacson e o Léo, mas é claro que ela também saiba exatamente quais as palavras para cortar as brincadeiras dos dois. A verdade é que as implicações deles não eram uma forma de querer mal, pois acho que o grau de implicação deles era uma maneira de demonstrar carinho também - mesmo que ás vezes parecesse muito mais o contrário que esta suposição.

A dedicação da Cami e as histórias da Raquel, o sooono da Daniele e as cobranças da Greici também são impossíveis de serem esquecidas. Ainda mais por conta da Greici, pois era apenas ela chegar no quadro que nós já sabiamos... "Tem xerox...", "Vocês tem que me pagar... até ..."
Além disso, os hómens e os nómes e o inesquecível MEOTIO que ela falava, além do mais o nome dela errado na camiseta. Camiseta a qual foi escolhida para ser uma apologia ao exército, pois como todos devem perceber o significado de exército é união.

Brincadeiras a parte, galera, saudades ficaram no coração de todos que compartilharam os dias da 33M e, é claro, alguns sentem saudades com maior intensidade e outras com menos, porém, como sabemos, saudade é sempre igual no final.

Aqui, quem traduz o sentimento coletivo de quem sabe o que viveu, é a oradora que tão honrada ainda se sente por ter sido escolhida para representar não apenas a turma 33M, mas todo o turno da manhã.
E essa oradora, podem ter certeza, recorda alguns momentos e sente saudade como todos os citados neste texto sentem também.

A verdade é que um pedaço de mim sempre estará ligado aos dias da 33M e de todo o terceiro ano do Ensino Médio e à todos os que estiveram nele presentes. Mas conforme o tempo passa, a vida já vai demonstrando suas mudanças. Cada um tem um destino, uma história para protagonizar.
Não vou me esquecer de vocês... E nem das canetas que eram minhas e foram quebradas na última semana de aula, nem dos cadernos que eram meus e foram todos transformados em bolinhas de papel. Apenas alguns testes e algumas provas sobraram para contar a história, ooo que guerra, hein? hahaha

33M <3

Beijo, C.

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