segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Trechos do livro Amor nos tempos do cólera.



"Era ainda jovem demais para saber que a memória do coração elimina as más lembranças e enaltece as boas e que graças a esse artifício conseguimos suportar o passado."

"Mas sabia, mais por escarmento que por experiência, que uma felicidade tão fácil não podia durar muito tempo."

"Não se acovardou, pois sentia em si um sopro de levitação que lhe daria a força de mover o mundo."

"Foi o que Hildebranda a fez ver, mas ela não admitiu, pois jamais reconheceria como a realidade que Florentino Ariza, para o bem ou para o mal, era a única coisa que lhe acontecera na vida."

"Lembrou a ele que os fracos não entram jamais no reino do amor, que é um reino impiedoso e mesquinho, e que as mulheres só se entregam aos homens de animo resoluto, porque lhes infundem a segurança pela qual tanto anseiam para enfrentar a vida."

"Florentino Ariza, por outro lado, não deixara de pensar nela um único instante desde que Fermina Daza o rechaçou sem apelação depois de uns amores longos e contrariados, e haviam transcorrido a partir de então cinqüenta e um anos, nove meses e quatro dias."

"Contudo, quando já o imaginava apagado por completo da memória, reapareceu por onde menos o esperava, convertido em fantasma de suas saudades."

"Não revelara o segredo de seu amor nem mesmo à única pessoa que conquistara o direito de sabê-lo. [...] não porque não quisesse abrir para ela o cofre onde o guardara tão bem ao longo de meia vida, mas porque só então percebeu que tinha perdido a chave."

Trechos retirados do livro Amor nos tempos do colera escrito por Gabriel Garcia Marquez. 

 Obs: Este filme inspirou ao filme de mesmo nome.

Beijo, C.

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