quinta-feira, 2 de setembro de 2010

The burned letter.

Mais uma vez ela trás a carta ás mãos.
Letra caprichada, desenvoltura perfeita. Algum sentimento?
E continua a se perguntar: Porque? Porque tantas pessoas não demonstram realmente o que sentem por outras pessoas com atitudes?
Mais uma vez ela sente raiva, ódio. Ela sabe que deveria não dar bola. Mas e a consideração? Aonde está a consideração da pessoa do remetente com seu destinatário?
Já fazia alguns dias, que ela continuava a abrir o pacote e reler a carta, buscando motivos para ainda guardá-la. Motivos para guardar a carta? Porque? Se as palavras não são verdadeiras!
Mas, e se ela se arrependesse de rasgar a carta, queimar e depois não ter mais algo ao qual recorrer para relembrar de como a vida era?
Você guardaria? Uma carta que exibe sentimentos que são falsos, fingindo uma realidade que não existe?
Ela não guardou. O torpor a preencheu e extravasou. Palavras escritas, justificando algo falso fizeram que ela desacreditasse que ainda houvesse algo; que ainda se importava.
E enquanto você lê isso, eu lhe digo, a carta já não mais existe e as cinzas se foram com o vento.
Justifique o seu sentimento por ela com uma única frase sincera, um papel meio rasgado, sem estética. Justifique o seu sentimento por ela e por outras pessoas com atitudes. Palavras se desfazem com o passar do tempo, mas atitudes? Essas duram a eternidade.

C.

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