quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Remembering.

Nos últimos meses do ano em que cursava a oitava série, comecei a interagir com pessoas que não eram da minha classe e passei a voltar para casa com elas durante os meses finais daquele ano.
Lembro-me muito bem de um garoto entre os vários e as várias garotas que voltavam comigo.
Lembro-me dele, não por ele me tratar super mega bem, e nem por estar sempre do meu lado, mas porque isso geralmente não acontecia. Ele me tratava mal, digamos que não arrasadoramente, mas criticava, dizia coisas sem porque e não era aquele tipo de garoto querido, era um badboy hahaha.
Era legal ele estar ali, mesmo que não fosse simpático comigo e eu nunca conseguia entender o porque de tal antipatia. Eu nunca nunca nunca fizera algo de ruim para ele, e eu sabia que eu não faria.
De qualquer jeito era boa a companhia dele. Como para mim, naqueles términos de oitava série, tudo prestes a mudar e o garoto que eu realmente amava era uma complicação só e eu realmente sabia que este não me queria de verdade; me queria por um momento.
As implicâncias do garoto que me fez "companhia" durante o término de 2008 duraram até o ano realmente acabar.
Até que, então, um dia (OBS: Esse dia eu nuuunca vou me esquecer) eu e minha amiga estavámos sentadas no balanço de uma praça lá perto de casa. Nós duas conversavámos sobre o futuro, provavelmente, sobre o que seria de nós duas, nossa amizade quando entrássemos no ensino médio. E então o garoto surgiu. Sim, eu me senti bem feliz quando ele apareceu, mesmo que não falasse comigo, mesmo que não dissesse oi ou mesmo que dissesse alguma coisa do tipo "Olha a idiota que tá ali". Ao invés de toda essa prevenção de pensamentos, ele simplesmente parou perto do balanço em que eu estava e perguntou muito calmamente e educadamente : Você aprovou de ano?
Eu respondi que sim, ele ficou mais um tempinho (curto, devo dizer) e outras poucas perguntas desinteressantes surgiram. Nada relevante. E foi embora.
Lembro-me brevemente de como foram os dias em que ele me tratara mal, mas o dia que vou guardar com todos detalhes é justamente o único dia em que ele me tratou bem; o único dia em que realmente pude ver que ele me achava legal, o único dia em que eu realmente pude ver que ele nem mesmo me odiava.
E eu sempre vou me lembrar dele e tenho a sensação de que ele sempre vai lembrar de mim. Eu por aquele dia do balanço e ele pelos dias atuais.

Um beijo,

C.

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