terça-feira, 28 de setembro de 2010

Talking with the ghost.

Há um fantasma em minha mente.
Tento falar com ele, mas ele não me responde.
Ele não é um fantasma do mal, eu sei que não.
Apesar de não demonstrar gentileza ou simpatia comigo, sei que você não me quer mal. Apesar de não responder, eu continuo insistindo.
O fantasma passa por mim, não todos dias, às vezes quase nunca, mas não permite que eu esqueça que existe.
Às vezes quando o fantasma olha para mim, me pergunto o que de verdade ele pensa ao passar por mim.
Foi importante o que aconteceu entre a gente?
Valeu de verdade?
Por mais que eu pergunte, você não responde.
Não é uma negação; nem uma afirmação.
Somente balança a cabeça e vai embora novamente.
Fantasma. Apenas um fantasma.
Que eu não me importo, mas existe.
Que eu não considero do mal, mas assim mesmo o considero um fantasma por não falar comigo.
Se somente falasse, se tornaria um anjo. Ou quem sabe tornaria a ser um príncipe. Um príncipe atual e que durasse, pois um príncipe no passado e instantâneo você foi.

Sobre alguém
e para alguém.


C.

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