Passado, presente, lembranças... mudanças.

 Entre um largo caminho, mostram-se as escolhas que decidimos tomar. E por elas fomos e continuamos a sermos movidos.
Eu poderia dizer outra vez que o tempo passa, pessoas mudam, mas a maior mudança que acontece é aquela em que algo dentro da gente muda.
Então nos perguntamos porquê a diferença é tão grande, aquela incógnita, "mas o que deixei passar?", "o que mudou pra sempre?"

São nesses momentos confusos que também nos lembram que somos movidos pelas lembranças que temos, pelas loucuras que nos propusemos a viver, e tanto relembrando delas, nos propomos a dizer "Nossa, eu amei tudo o que vivi."

Passado e presente se misturam e confudem o que ainda queremos manter no presente, e o que já foi deixado para trás. Não prevemos, é a vida que vai dizendo.

Sempre carreguei comigo a séria convicção de que tudo o que se torna imprestável, fica no passado. Roupas rasgadas ou manchadas são jogadas fora, aquele sapato que quebrou o salto, a jaqueta com o zíper que não funciona mais, um dia pegamos uma caixa de papelão e jogamos todos esses ítens dentro. Não voltaremos mais a vê-los, sabemos.
Mas com pessoas não poderia haver a mesma tática, afinal de contas humanos são movidos por sentimentos e pela extensa carga emocional trocada com outros humanos. Impossível querer que sejam como objetos que, um dia inúteis, possam ser tirados de nossas vidas quando não existir mais interação útil entre nossas vidas e a deles.

Eu me confundo, entre passado e futuro. Aliás, não poderia dizer que minha confusão acontece enquanto estou acordada, e sim enquanto sonho. Talvez soe estranho, mas é real que meu cérebro esteja reparando em tantas outras situações e eu apenas sou avisada do que ele repara quando meu inconsciente interage comigo. Também queria entender isso. Mas por hoje não persisto, afinal a chuva me chama para mais um cochilo.


Beijo, C.
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