terça-feira, 5 de junho de 2012
De filha para mãe.
"E se te disserem que não pode, tape os ouvidos e fale mais alto o quanto almeja tal sonho para se privar de tantos zumbidos. E se te disserem mais uma vez que é difícil, dirás unicamente e por uma só vez a frase "Mesmo assim continuarei tentando!".
Ela me disse tal vez, enquanto eu estava em prantos e lamúrias.
Nesta, e tantas outras vezes mais, acolhimento. E aquela concreta percepção do quanto teu vejo em mim, e do quanto meu vejo em ti. Você se baseia nas gírias que trago do mundo em que convivo e compartilho os dias; eu me baseio no muito de sua vivência e filosofia. Mãe e todas essas caracteristícas genéticas que herdei, e eu filha que trouxe para dentro de casa coisas que inventei e que acabaram se tornando parte de ti também.
Outro dia, diferente deste que entoou a frase do começo deste texto, perguntei sobre músicas: "- Mãe, o que você ouvia quando tinha a minha idade?". "Travolta, Beatles, Lennon, Frenéticas e uma música chamada Mississipi". "Canta um pedaço?", perguntei. E ela arriscou a tal de "Mississipi" com um inglês que quase me invejou.
Mães. Minha mãe. Eu conheço os detalhes da vida dela em que não estive presente, e encontro nos anos que vivi características do que ela se tornou. Essa geniosidade das caracteristicas hereditárias realmente impressiona.
Quero um dia poder entendê-la completamente, mesmo que um dia conheça toda a sua trajetória por inteiro, quero fazer de todas as informações um entendimento, e ai descobrirei o que de verdade significa ser mãe, o que de verdade é fazer tudo para que a sua filha sempre tivesse as melhores coisas da vida e do mundo.
Pra minha mãe, é claro.
Beijo, C.
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