quarta-feira, 27 de novembro de 2013

É mais fácil ir embora do que ficar.


"Mais fácil que ficar é ir embora". (Shara Hasan)
Faz bem pouco tempo que li esta frase e passei a ser instigada por ela. Nunca passei por um momento divisor de águas em que uma mudança voluntária transformasse a minha vida, e que, por meio disso, tivesse que deixar uma boa parte da bagagem de minha rotina e do meu conhecimento escasso para trás, rumo a viver e enfrentar algo totalmente desconhecido.

Pois bem, ainda não vivi uma situação assim, porém tal frase veio a calhar nestas vésperas de fim de novembro e, consequentemente, final de ano. "É mais fácil ir embora do que ficar." Se não fosse irônico, seria engraçado decidir largar de vez algo que preenche boa parte do dia e, consequentemente, do aprendizado e das experiências singulares que 2013 me trouxe. O que eu estou tentando dizer é: Engraçado como um lugar parecia ser totalmente tão favorável e digno da nossa presença, levando em conta o quanto de entrega deixamos do nosso eu ali, e agora a ideia de sair disso, antes muito improvável, se tornou algo atraente.

O que mudou de repente? Será que o lugar nunca foi favorável de fato? Ou o lugar foi favorável enquanto eu o julguei de tal modo? Tudo depende da ótica com a qual decidimos observar, isso é fato.
Talvez o mais engraçado, de repente triste, sei lá, seja o fato de ir embora sem que hajam objeções. Me pergunto: "- Será que a gente é capaz de passar tão despercebido em um lugar?". E então me remeto ao pensamento do mundo mecanicista, no qual você vale pelo quanto é útil, não pelo carinho e envolvimento que você demonstra com algo. É estranho. Este post é estranho, essas conclusões também o são. E não quero tornar este texto depressivo! Afinal de contas, acho que estes dois tipos de tratamento - o ser "valorizado" e o não ser (pensamento mecanicista) - andam em equilíbrio, tudo depende de onde desejamos estar. Talvez, no fundo, seja por isso que, neste momento e nesta situação, esteja sendo mais fácil ir embora.
Se fiz a diferença para tal lugar, quem sabe um dia eu descubra. Se isso fará diferença no meu futuro? Eu acho que sim. A vida é muito rica e muito breve para que eu pense que passado e futuro não estejam interligados.

Um Beijo, C.
https://www.facebook.com/doceestranhomundodecarol

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