Dizem que o amor causa dor, que ele fere e que muitas vezes é ingrato com aquele que se dispõem a tê-lo por outra pessoa. Muitas vezes o que acontece é que não temos reciprocidade naquele em que nosso amor acaba sendo depositado. Se já chorei por amor? Já. Se já me apaixonei por alguém e o sentimento não era reciproco? Já. Se já senti dor por causa de amor? Também já senti. Mas, apesar de já ter chorado por causa de amor, continuo acreditando fielmente que o amor não faz sofrer. Quem nos induz ao sofrimento somos nós mesmos, mas para não ferirmos nosso orgulho jogamos a culpa para o amor.
Quando amamos outra pessoa que não possui nenhum vínculo com nossas vidas acabamos dando um tiro no escuro e esperamos que o amor que sentimos por ela seja recíproco à nós. Nesse tipo de amor nossas chances de receber reciprocidade são sempre de 50%, mas existem tipos de amores que nós apenas vivemos e não exigimos o percentual de reciprocidade. Esse tipo de amor eu chamo de amizade e de família.
Se você ama sua família simplesmente pelo fato dessas pessoas existirem e os ama sem pedir nada em troca, que apenas convive, que dá valor a quem é de seu convívio desde que nasceu perceberá que não há dor no amor. Se você tem amigos e aprecia humildemente a convivência que você tem com eles sem esperar "te amo", abraços ou não esperar caras desanimadas e opiniões diferentes da sua todos os dias perceberá que os ama, pois você os aceita da maneira que são. E esse é o tipo de convivência que prova que não existe ferimento ou dor no amor.
É uma pena que muitas pessoas subjulgem o amor, dizendo que ele não vale a pena e que causa dor só porquê não encontraram reciprocidade. O amor é tudo e muitas vezes nada. Amor está em todos lugares, mas cabe a nós encontrá-lo e sabermos interpretá-lo.
Boa semana, fiéis leitores (:
Beijo, C.
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