segunda-feira, 25 de outubro de 2010

I - Entendendo ela melhor. Convivendo.

Talvez eu odeie o jeito como ela trata alguns assuntos agora.
Talvez eu julgue sua vulgaridade.
Talvez eu sinta raiva dela por não ser mais aquela que eu podia ligar as quatro horas da manhã e dizer: "Essa foi a melhor/pior noite da minha vida" e em troca ela comemoraria comigo ou me aconselharia por o que aconteceu.
Talvez muitas vezes eu pensei que não a queria mais, que por ela ser tão diferente de mim hoje, estivesse pertencendo a outros tempos de mim mesma.
Tentei tantas vezes conjugar ela no meu passado, mesmo sabendo que nos dias atuais ela nunca arrastou um pé para ir embora.
Talvez eu odeie suas experiências.
Talvez a odeie pelo modo que ela sabe julgar garotos hoje.
Mas eu adoro sua maturidade.
Apesar de agora ser tão diferente daquela garota que eu conheci a um tempo atrás e ter sido bem difícil entender que as pessoas mudam, e muitas vezes mudam para algo que nós não sabemos lidar logo nos primeiros taaantos meses. Mas sim, a gente acostuma.
Eu entendo melhor agora o que deve ser ela. E não posso julgar. Nem conjugar ela no passado, porque, por mais que eu tentasse, ela continua querendo estar comigo no presente.
Alguém me fez entender que cada pessoa encontra uma saída para seus problemas, com todo mundo é assim. E se minha amiga é diferente e tem atitudes diferentes hoje é porque essa foi a forma que ela encontrou pra esquecer os problemas, pra esquecer todo o caos que realmente a cerca.
Posso dizer que a admiro e gosto dela do jeito que ela se fez, independente do quanto ela tenha mudado.
Só acho que demorei um tempão para entender isso, mas ainda não é tarde. Aliás, nunca é tarde.
As pessoas deveriam começar diferente de mim, não "julgando" de primeira. É preciso olhar para um problema, para uma pessoa que se transformou numa incógnita em sua vida com muito mais cautela.
Talvez nós julguemos tanto algumas pessoas, sem nem se quer pensar que elas nem devem estar fazendo questão de julgar a gente. Comece pensando que "sim, essa pessoa mudou" e depois avalie o que ela mudou, porque incomoda você. Ok. Mas então perceba: Você também mudou.
E foi assim, 
te conjugando no meu passado, te descobri no meu presente.

(Ó Minhas metamorfoses progredindo minha vida.)

Beeijo,
C.
(Dedicado a alguém, óbvio, que faz parte da minha vida no antes, no agora e no depois. E não, não vou tentar arrancar esse alguém da minha vida novamente. Não mais. ILY)

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