terça-feira, 8 de outubro de 2013

Trechos do livro Selma e Sinatra - Martha Medeiros.


"(...) Ou será que poderia desistir? Expectativas são sempre angustiantes, a realidade nunca corresponde à fantasia."

"O resto não é interrupção, filha, é continuidade. Nada se interrompe enquanto estivermos respirando."

"Infeliz eu teria sido se ficasse de braços cruzados esperando a vida fazer de mim o que bem entendesse."

"(...) - Você tem certeza de que não está falando de você e Henrique?
Selma encostou-se no sofá e passou a mão nos olhos, entregando-se ao cansaço.
- Estamos sempre falando de nós mesmos, Guta."

"- Escute, eu nunca menti. Tudo o que a gente vive pode ser analisado por diferentes aspectos, ter diversas versões, eu apenas selecionei uma para ofertar a você e aos leitores, achei que isso já estava claro."

"(...) As fotos nunca contam nada. Os grandes momentos de Guta surgiam desfocados em sua mente, e assim deveriam manter-se. Rápidos flashes de emoções sem explicação racional, instantes de plenitude vindos do nada, conexões estabelecidas consigo mesma, em que era possível atestar: que bom ser este traste que sou, uma fulana desobrigada de posturas. Ser anônima compensa."

"(...) - Lembro que você respondeu que todas as vidas eram interessantes.
- E são.
- A minha tanto quanto a sua - e tanto quanto a de qualquer ser vivo.
- Exato. O que as diferencia é a maneira como são lembradas e contadas."

Trechos retirados do livro "Selma e Sinatra", escrito por Martha Medeiros.
Beijo, C.
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