sábado, 12 de outubro de 2013

A infância é eterna, mas crianças crescem.

Eu, aos 3 anos de idade. Tipo Einsteeen \o

De acordo com o que é de meu conhecimento leigo, deixei de ser criança há sete anos. Se você também já ouviu falar que a infância termina aos doze anos, então já descobriu que idade eu tenho. A verdade é que mesmo a infância tendo terminado - seja lá há seus cinco, dez, quarenta anos - uma criança sempre vai existir dentro da gente. Afinal de contas, este é o nosso princípio, a nossa primeira visão do mundo. "É o chão por onde todos nós caminharemos ao longo da vida", já dizia Lya Luft.

A infância é atemporal, pois mesmo que envelheçamos, continuaremos com nossas brincadeiras infantis, mesmo que não exteriorizemos isso e mantenhamos apenas em nosso universo particular. Algumas pessoas mantém as atitudes infantis - o que demonstra que não conseguiram aprender a abandonar esta parte da vida que era sem preocupações e repleta de momentos bons e pacíficos. Mas há aqueles que mantém o olhar da infância estando no universo adulto. Isso é o que deveríamos conservar, pois manter o olhar infantil significa admirar o que ocorre ao nosso redor com maior curiosidade, mesmo que tudo tenha se tornado comum e conhecido.

Individualmente e, aos poucos, os brinquedos físicos da infância, bem como a pouca responsabilidade perante o mundo, vão sendo deixados de lado.
Aos doze anos, segundo a Organização Mundial da Saúde, entramos adolescência e aos vinte na vida adulta. Sendo a adolescência um misto da vida adulta com a infância, só deixaremos, de fato, a infância propriamente dita, quando chegarmos à vida adulta.
Mesmo que por lei a infância seja deixada aos doze anos, as pessoas tem individualmente o seu momento para deixar a infância e entrar na adolescência, também cada pessoa entra na vida adulta ao seu próprio tempo. Estou puxando esse gancho imenso e aproximando-o ao dia que se comemora hoje, pois eu, aos dezenove anos de idade, confesso estar, talvez pela primeira vez na vida, mais adulta do que criança - veja que ainda estou na adolescência de acordo com a OMS - e tudo isso porque estou passando a acreditar que, entre outros fatores, se sentir adulto é encontrar o seu lugar no mundo, é finalmente desmistificar tantos caminhos, optar por um deles e perder a incerteza sobre se está ou não fazendo a escolha certa.

Comemoro este dia das crianças ainda estando entre a infância e a fase adulta (adolescência), lembrando da infância que tive e como vivi um tempo preciosamente bom, e confessando que isto vai ficando cada vez mais distante ao passo que começo a sentir-me adulta por, entre tantas coisas, ter encontrado o meu lugar no mundo.

A infância é eterna, mas a gente cresce.

Um Beijo, C.


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