segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Platônico.


Ela entra na galeria e quando ele a vê sente que jamais encontrará garota mais linda em sua vida. A garota passa por ele, mas pouco liga, esbanjando charme e objetividade enquanto admira os objetos de arte. Todos garotos que a olham ficam rapidamente encantados com a beleza que veem, é o que ele percebe. Como poderia ele se destacar dos outros presentes? Como ela poderia notá-lo em meio a tanta gente?
E de repente ela para e admira os objetos aos quais ele está vendendo, pede o preço de algumas artes as quais ela demonstra real encantamento. Ele é o garoto mais gentil do mundo ao falar algumas poucas palavras para ela.
Enquanto ela fica intrigada com os objetos artistícos, ele procura gravá-la, decorá-la em sua mente; repara na tatuagem no ombro e descobre o nome dela, um nome que jamais esquecerá, um nome que, ao pronunciar, é como se estivesse cantando uma linda canção. Ela atentamente presta atenção nele, encarando-o no olhar por alguns segundos; ele diz que faz desconto nos objetos de arte que estiver interessada e, apesar de seu imenso esforço em mantê-la entretida para que fique mais alguns minutos, ela diz que tem de ir embora e que se realmente quiser comprar algo ela volta.
Dizendo obrigado ela sai do campo de visão dele tornando-se apenas um borrão. Sua leveza era de uma bailarina, seu andar era igual ao de uma modelo, seu corpo era perfeito, seu rosto era de um anjo e seu nome era uma canção.
Depois de ela ter se esvaído de seu campo de visão, ele apenas desejou que as artes que estava vendendo fossem interessantes o bastante para que ela decidisse comprar e voltasse, pois somente assim ele poderia desistir da estranha sensação de nunca mais vê-la na vida.

Beijo C.
Originalmente escrito em 23.02.11 em Capão da Canoa.

6 comentários:

  1. Texto interessante, me faz esperar uma continuação em que o vendedor pelo menos consiga ver ela de novo

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  2. mateus: pois éé!! quem sabe aja continuação. Beijo!

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  3. Caroline, asim como o Matheus disse, ficou aquele ar de curiosidade, o que não deixa de ser bom, em relação a uma possível continuidade dessa história.

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  4. Para mim amor platônico é só de pessoas em relação ao movimento de translação da terra, todas as outras formas de amor são possíveis

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  5. Samir: O ar de curiosidade. Era exatamente isso que eu queria deixar para os leitores; uma possível continuidade... ou não. Mas dai vai da imaginação de cada um!! Obrigada pela visita e volte sempre.

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  6. Guilherme Lombardi: Bonito comentário. Talvez seja isso mesmo! Obrigada pela visita e volte sempre. beijao

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