quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Amor na era digital: Você tem gosto de quê? - Fernanda Mello

 "Ah, não sei, não. O tempo do relógio não dá mais conta desse mundo. Você acorda e está lá: a cada dia uma nova invenção tecnológica é criada para enganar o deus Chronos. Olhamos pro lado e os bluetooths, wirelles, infra-vermelhos e conexões via satélite invadem nossas vidas e nos conectam com o planeta Terra num piscar de olhos. Palavras navegam por terra, água e ar e aparecem em tempo real para diminuir a distância e a solidão. Você liga o computador e: - Olá! Seu sorriso é visto do outro lado por uma webcam que te responde via Skype: - Bom dia! E assim seguimos: enviamos e-mails, falamos bobagens pelo orkut, lemos blogs, usamos o Google para tudo o que não sabemos, compomos, namoramos e trabalhamos pelo msn, montamos fotologs, compramos livros e Havaianas on-line, mandamos mensagens com fotos para o celular de amigas distantes, dizemos “eu te amo” com a velocidade da luz (não é esse o tempo de apertar “send”?). É, parece que, de repente, tudo que parecia estar longe, ficou mais perto. E confesso. Sou contraditória. Sou metade hippie, metade filha da família Jetsons (lembra daquele desenho onde a faxineira era robô?). Pois é. Quer me entender? Nem tente. Quero pé na grama e muita tecnologia! Já me vi perguntando a mesma frase várias vezes e acho que virou mania: moço, tem entrada pra USB? Resposta positiva? Alivio!! Minha vida está salva por um décimo de segundo! Vamos respeitar: existem futilidades tecnológicas deliciosas e quem disser que não, nunca sentiu o prazer inenarrável de andar pelas ruas de ipod como se fizesse parte de um clipe imaginário. Ou nunca pôde viajar pro meio do nada com um laptop, sabendo que poderá conectar-se à internet (mesmo que lenta) e mandar seu trabalho em tempo hábil, enquanto enterra os próprios pés na areia. Mas... TRIM! Nova mensagem de voz. Leio e me perco. O que será que me fez escrever esse texto cheio de bytes e palavras que se auto-corrigem? Hum... O coração avisa: é o vazio. Mesmo com essa rápida conexão que liga o mundo, eu nunca senti as pessoas tão desconectadas. Não só de si mesmas. Mas dos outros. Parece que a carência avança na mesma rapidez que a tecnologia progride. Muitas vezes preferimos manter relacionamentos com pessoas que juramos conhecer muito (mas que moram em outro hemisfério) sem ao menos sorrir pra aquele vizinho interessante que esbarrou em você. Eu não sou contra relações à distância, muito menos virtuais, cada um sabe de si e ninguém nunca vai entender o amor (graças a Deus!). Eu também não sou antropóloga, socióloga, psicóloga, nem perita em assuntos do saber. Eu apenas sinto. E o que sinto é que o mundo anda carente. Carente do real. Sem poses, frases copiadas e fotos corrigidas em photoshops Vem cá: a quem a gente quer enganar? Do quê a gente quer se esconder? Muito melhor usar a tecnologia a nosso favor e tomar apenas cuidado para não usa-la como barreira para camuflar nossos medos e defeitos. Afinal – vamos ser sinceros!- cheiro é cheiro, beijo é gosto, pele é química e eu não vou saber se te quero porque sua imagem de 480 pixels me deixou de boca aberta. Ah, não mesmo! Eu quero te provar. Literalmente. Palavra por palavra. Beijo por beijo. Frase por frase. Ao vivo e a cores.

(Sorte nossa que a tecnologia ainda não conseguiu plugar o coração)."


Texto maravilhosamente escrito por Fernanda Mello, mais textos dela em http://www.fernandacmello.blogspot.com/

Beijo, C!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Sensação de caloura.

 Irão me perguntar qual é a sensação de estar lá. De começar a estudar com a lua e as estrelas, e não mais com o sol como aconteceu nos últimos onze anos.

Irão me perguntar: você se sentiu nervosa, ansiosa, desequilibrada, envergonhada, tímida por ser o primeiro dia?
Irão me perguntar: você se sentiu diferente?
Sim. Todas as respostas serão um dissonante "sim".

Irão me perguntar: você se sentiu feliz? Você sentiu que este dia chegou rápido demais, que parecia que iria demorar muito mais a chegar?
Irão me perguntar: você demorou para adormecer depois de ter chegado tarde em casa?
Sim. Novamente todas as respostas serão sim.

Se fui dormir tarde e acordei com sono? Pois é, é uma consequência, afinal, até me acostumar de verdade com essa nova rotina.

Irão me perguntar: Você reclamou? Você desejou voltar para o Ensino Médio e ter aula em um lugar aonde você conhece todas as pessoas e elas todas te conhecem, e ainda mais por elas possuírem a mesma idade que você tem? Você desejou ter, talvez, um pouquinho mais de tempo de sobra para assistir o episódio daquela série em que você está atrasado, ou um pouquinho mais de tempo só para se largar no sofá e adormecer sem horário para acordar?

Para essas perguntas a minha resposta é um pouco diferente. Reclamar? Se eu reclamar agora e quisesse voltar para um lugar aonde não obteria mais conhecimento e amadurecimento, pararia no tempo. Reclamar? Sou jovem, tenho vontade e terei muito tempo para descansar quando estiver lá pela terceira idade - o engraçado é que quando se é jovem pensamos que seremos jovens pra sempre e que a terceira idade nunca irá nos alcançar.
Reclamar? Melhor crescer e doer agora, do que estar com alguns 30 anos de idade sem nada concreto profissionalmente na vida e olhar para trás e pensar: Por que tive tanta preguiça?! Por que não me esforcei tanto lá trás para ter algo concreto agora?

Saudades do Ensino Médio? Sempre terei saudades do ensino médio, do período em que a galera curtia e aprontava, as festas, a formatura, as amizades. Momentos tão bons de terem sido vividos, estar com pessoas que frequentam e tem os mesmos gostos que você tem, que tem a mesma idade que você. Mas como certa vez me disse o meu pai: "- Filha, você prefere continuar no mesmo lugar enquanto todos estão evoluindo? Enquanto todos os seus amigos estão indo para lugares melhores e onde crescerão? Tenho certeza de que você não vai querer ficar pra trás." Guardo estas palavras comigo e sempre lembro delas com grande ênfase quando minha vida muda de etapa. Ele me disse essas palavras quando eu estava na minha formatura do Ensino Fundamental, triste, pois tudo ia mudar, evoluir e em outro colégio eu iria estudar.

Hoje faço das palavras dele as minhas palavras, pois acabei constatando que ele sempre esteve certo.
Evolua, mude, aproveite enquanto a juventude se faz tão presente. Preguiça deixe em casa - ou para o final de semana. É hora de correr atrás dos nossos sonhos, "vamos viver nossos sonhos, temos tão pouco tempo!" (Como diria o Charlie Brown.)

Beijo, C.


domingo, 26 de fevereiro de 2012

Voltar de viagem e o amanhã.

 Como é interessante quando voltamos para a cidade que moramos/vivemos/habitamos depois de termos ido viajar. Como é interessante a sensação que nos envolve quando voltamos ao nosso lugar comum.

Sempre me senti diferente em todas as vezes que voltei de uma viagem. Diferente no sentido de quase sentir-me há um milhão de anos-luz de distância daquela garota que era quando deixei a cidade, há pouco menos de três dias atrás. Tão pouco tempo longe de casa e tanta diferença sou, e acho que todo mundo é, capaz de sentir.

Indagada com esse tipo de sensação, em uma conversa com a minha sincera cúmplice, acabei descobrindo que a diferença é tamanha sentida porque quando vamos para outro lugar - qualquer lugar - a energia é diferente. Eu sei, você pode pensar que essa é uma constatação "óbvia", mas quando ouvi-a pareceu-me a coisa mais compreensiva de todo o universo. Finalmente dei um nome para a diferença tão grande que sinto de um lugar para outro: energia. Diferentes energias. Pura física quântica.

Amanhã, ainda nesse estado de diferente-energia, de me sentir-me tão diferente do que estava há três dias atrás, começarei uma nova etapa da minha vida, uma nova perspectiva. Entenda: estou me sentindo diferente e ao mesmo tempo estou ansiosa. Novos rumos apartir de amanhã. Novidades. O coração pulsa rápido e a minha curiosidade também.

Parecia que ia demorar tanto tempo para a faculdade começar, os dias de universitária, o convívio com pessoas de qualquer idade. Ei, você que está terminando o ensino médio esse ano, saiba que quando o final da sua formatura chegar essa é a constatação que você vai ter: O ensino médio passou rápido demais. Você vai ter a sensação de que estava dentro de uma "caixa" durante todo esse tempo e que, agora, finalmente você pode sair. (Talvez não uma caixa, mas sei lá... Uma casa, talvez ou um labirinto.)

Bom, e você que está lendo este texto e já está fazendo graduação, sabe como eu estou me sentindo por estar à caminho de encarar meu primeiro dia de aula dentro de uma faculdade. E você que já é pós graduado tente se lembrar de todas essas sensações novas, inesquecíveis e tão ansiáveis. O novo. A vida diferente que começa com a faculdade, a etapa diferente.
Enquanto isso, eu aqui estou na ansiedade para saber como é esse novo mundo.

Beijo, C.

Confesse.


Confesse. Você não tem mais nada a dizer, sua única intenção era apenas me tirar da órbita perfeita na qual minha vida sempre girou e depois me abandonar em uma confusão.

Por um tempo quis que você me enganasse, mesmo sabendo que nada mais estava bem. Éramos bons juntos, confesse. O nosso plano era o mais perfeito do mundo e tínhamos tudo para sermos melhores estando juntos.

Confesse. Você não mais ama, não adora, não fez com alguma outra intenção. Confesse. Você não quer mais, disse coisas que não devia, extrapolou no vocabulário e foi mais rude que deveria. Confesse. Seu ego foi maior e desculpas você não pediu.

Eu acreditei que éramos o casal mais combinante do mundo, te disse coisas e compartilhei palavras que com mais nenhum eu compartilhei. Fez confusão. Nós dois fizemos - tanto eu em sua vida quanto você na minha. Mas passou e você não voltou.

Confesse. Você tornou-me parte do seu passado, remeteu-me a um infinito não declarado como seu.
Confesse. Não amou, não gostou, queria mas agora não quer mais.

Então vamos dizer que tudo isso é verdadeiro, mas confesse que, mesmo não querendo, não amando e não gostando, continua pensando em mim.

O combinado era pra ter sido diferente, mas se decidiu seguir em frente, eu vou seguir também. E, quem sabe, em mais uma dessas grandes voltas que mundo costuma dar nossas vidas acabem  novamente ficando em sintonia.

Beijo, C.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Teu lar.

Resolvi, talvez um pouco em cima da hora, encontrar o mar novamente.
São os meus últimos dias de férias, calor, ainda verão. Praia, por que não?
Francamente, Capão da Canoa é um dos lugares que mais me inspiram. Talvez um dia eu resolva levar essa cidade/praia mais a sério e resolva morar nela. Ou talvez eu não escolha exatamente Capão, mas uma cidade que também seja banhada por algum oceano - qualquer um deles - feito esta praia.

Me disseram uma vez que a cidade na qual devemos morar tem de ser aquela que mais nos inspira. Eu passei a concordar com essa ideia e para ser mais específica eu diria que o que mais nos inspira ,na verdade, são os elementos contidos em tal cidade. Afinal de contas, você não vai amá-la por inteiro e nem tudo nela irá te inspirar, mas somente alguns elementos que dela fazem parte. Então eu diria que preciso de um lugar que exista o mar - e com ele um lindo pôr-do-sol e um calçadão para poder admirá-lo (tanto o mar quanto o pôr-do-sol).

Ás vezes, tipo no exato momento que aqui escrevo, somente olhando para o céu e vendo nuvens de diferentes formas, algumas parecendo bolhas de algodão doce e outras trazendo formatos que apenas nossa imaginação pode decifrar, somente olhando para elas já podemos encontrar uma espécie de lar, uma inspiração.

São caprichos naturais nessa ida ao litoral, nesse sol e nesse céu puramente azul que transporta para outros lugares o meu coração e os corações de todas as pessoas do Rio Grande do Sul e, especialmente, - me perdoem os colorados -, os corações de toda a nação gremista neste dia inteiramente do Grêmio.

Falando nisso, ontem fui dormir mais tarde que o normal, mesmo tendo que acordar cedo no dia seguinte, só para assistir o duelo na tv. Que espetáculo tricolor, hein! A torcida do Grêmio continua no sentimento, encontrando nesse time também alguma inspiração - como eu encontrei para incluí-lo neste texto também.

O que te inspira serve para ser o teu lar. E o teu lar é um lugar fadado de sentimento.
Assim como o mar, as nuvens de "algodão" e os desenhos que nelas vejo, o Grêmio também é parte da minha inspiração - esse sentimento que interliga uma nação também acaba se tornando uma espécie de lar daqueles que para o Grêmio torcem.

Saudações Gremistas. Saudações ao mar, ao litoral, ao sol que aqui faz!

Beijo, C.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Long live - Paula Fernandes ft Taylor Swift

 Lembrei desse sentimento gritando dentro de nós.Éramos todos meninos e em cada um vivia uma paixão. 
Como na cena de um filme vencemos pesadelos enfrentando os dragões criados por nossos medos. Fruto da imaginação.
De frente a uma nova era, na onda de uma canção.Nós construímos história, mente, alma e coração.
Vida longa aos muros pelos quais passamos.Como as luzes do reino brilhavam só para nós dois.Eu gritava "vida longa" e toda a mágica se fazia e trazia todos os fingidores.Um dia se lembrarão de nós.
Eu disse "lembre-se desse sentimento". Passei as fotos para todos os anos que ficamos lá nas fronteiras, esperando por esse momento.
Somos os reis e rainhas. Você trocou seu boné de baseball por uma coroa.Deram-nos nossos troféus e os levantamos pela nossa cidade.
De frente a uma nova era, na onda de uma cançãoNós construímos história, mente, alma e coração.
Vida longa às montanhas que movemos. Eu me diverti como nunca.Lutando contra dragões com você. Eu gritava "vida longa" e olhava no seu rosto.E todos os fingidores um dia se lembrarão de nós.
Aguente. Só girando. Confete cai no chão, que essas lembranças diminuam o impacto da queda.
Lembrei do momento que fiz promessa pra nós dois, pintando o nosso destino.
Puro e simples, pleno e sem fim.
Que fosse assim sem um "adeus". Fosse pra sempre um "cheguei".O sonho que construímos, me vi feliz, eu te achei.
Será muito mais que achar, será muito além que pensar.Vida longa aos muros pelos quais passamos. Eu me diverti como nunca com você.





Vídeo da canção interpretada por Paula Fernandes e Taylor Swift.


Beijo, C.



terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Montanha Russa de emoções.


Se você se priva de viver a montanha-russa de emoções que constantemente acompanham a vida, acaba perdendo a melhor parte do espetáculo/show e a essência do verbo viver.
Podem muitas coisas terem dado errado ou terem dado muito certo, mas você só sabe dizer isso se tiver vivido, feito parte daquilo que estão falando. Caso contrário, você só assiste o espetáculo de fora, sem saber verdadeiramente sobre o que estão dizendo.

Quando tudo dá certo, superou as expectativas que você tinha, felizmente você agradece a si mesmo por ter participado e vivido aquele momento, por ter ido mesmo que a ambivalência de querer e ao mesmo tempo não querer fazer algo tenha te tomado conta.
Mas se deu errado, ficou muito abaixo das expectativas que você tinha de que fosse algo bom, assim mesmo você só sabe disso porque viveu, presenciou o momento e levou consigo um feedback apenas seu.

Como eu disse no meu discurso da formatura do ensino médio, mesmo que algo não saia exatamente como o planejado ou saia melhor que o esperado, o importante é ter histórias pra contar depois, momentos que ninguém mais seria capaz de narrar ao não ser quem os tenha vivido. Estar à bordo desta montanha-russa de emoções, que ora te deixa revirado em sentimentos confusos, ora te deixa sentindo a pessoa mais feliz da Terra e ora te deixa olhando para o abismo pensando: "e agora?" é sentir-se mais vivo do que nunca. É saber que você não está na inércia, mas sim interagindo com a gravidade e constantemente se movimentando perante a vida.

E, queira ou não, a melhor sensação no "depois" é você poder dizer ou somente sentir consigo mesmo um arrepio na barriga ao dizer ou pensar "eu estava lá."

Beijo, C.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A roteirista - Por Bruna Vieira.

"Outro dia achei um caderno da minha época de patinho feio. Sim, quando eu ainda não sorria nas fotos e passava lápis de olho pra tentar parecer misteriosa. Eu tinha uns doze anos quando escrevi tudo aquilo, sei lá o que na cabeça e um garoto chamado Gustavo no coração. Ele era da minha sala, sentava bem atrás de mim. Nós conversávamos durante toda aula. Ele fazia piada dos meus óculos, e eu achava a maior graça.  Na frente dos colegas, no intervalo, ele não me enxergava. Mas nunca liguei pra isso. Afinal, eu também não enxergava muitas coisas.

Um dia eu resolvi escrever uma carta de amor. Daquelas cheias de corações, borrifadas de perfume e envelope roubado do cartão da árvore de natal. Escrevi sobre o amor – o que eu sabia sobre o amor? – da maneira mais ingênua do mundo: “Do fundo do meu coração”. Derrubei umas dez árvores pra conseguir finalmente, sem erros, escrever algo. Por falta de coragem, não assinei meu nome. Supus que ele adivinharia. Ingenuidade, não?!

Cheguei mais cedo só pra deixar a carta embaixo da mesa. Pra disfarçar, sai de sala e só voltei depois que a aula tinha começado. Ele me cutucou, e disse que tinha algo pra contar. Naquele instante meu coração disparou – pela primeira vez, por justa causa – e eu senti como se o chão não existisse. Flutuei durante toda a aula de matemática (nós nunca conversamos durante essa aula, o professor nervoso e sempre gritava).

No intervalo, pela primeira vez, nós conversamos. Eu estava na fila do lanche, quando ele me puxou e me levou para um lugar onde poucos alunos ficavam. Com um olhar de quem revelaria um segredo, ele me fez prometer que jamais contaria pra ninguém. Eu prometi.

Falou sobre a carta, e também sobre a possível autora dela: Uma garota chamada Verônica. Não Bruna, nem Bru, Verônica. Uma das únicas garotas da sala que eu conversava, e considerava, amiga. Uma menina linda, querida por todos e o pior – ou melhor – ingênua. Nunca percebia os olhares dos meninos.

Não tive coragem de desmentir, apenas concordei com tudo que ele disse. Deixei minhas palavras falarem por alguém além de mim. E funcionou, dois ou três anos depois eles começaram a namorar.  Eu já não gostava dele, nem conversava tanto com ela. Mas quando encontrava os dois, meu coração ficava apertado. Aquela história era pra ser minha.

Aquela foi primeira vez. Mas depois sugiram outros Gustavos e outras Verônicas. Tenho quase trinta, e ainda sinto como se tudo que eu escrevo funcione como uma espécie ponte entre alguém. Onde pessoas percebem pessoas. Mas nessa história, eu não existo. Ninguém me enxerga. Todos sabem dos meus sentimentos, mas ninguém sabe que são meus e pra quem eles realmente são.
Cansei de ser a roteirista.
Quero um papel principal, alguém se habilita a escrever minha história?"


Texto publicado no site www.depoisdosquinze.com em 23/05/2011.

Beijo, C.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

O amor em caixas - Fernanda Mello.


 Das duas, uma. Ou você tem namorado(a), amante, parceiro (a); ou está sozinha. A sociedade prega que as pessoas vivam em pares. Isso não é de hoje. Mas eu gostaria de dizer que sinto uma imensa preguiça desse papo. Papo furado de quem leu muito "Romeu e Julieta". Eu acredito no amor. Não como uma salvação. Mas como um prêmio de quem consegue se achar. E se conhecer. Não acho que a felicidade do outro esteja unica-e-exclusivamente em alguém. Longe disso. O que eu vejo muitas vezes são pessoas desesperadas para encontrar alguém. Mulheres lindas e inteligentes que acreditam que são menos por não serem dois. Fico triste com tudo isso. Muita gente casa sem querer. Namora sem saber os sonhos de quem dorme ao seu lado. As pessoas banalizam o amor e o colocam em pacotes. Com laços de fita e tudo. Muito chique. Da Trousseau.

 (O que eu acho é que o mundo precisa de pessoas apaixonadas. Por elas mesmas.)

Texto escrito por Fernanda Mello, mais textos dela acesse: http://www.fernandacmello.blogspot.com/

Beijo, C.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Na quarta-feira ele vai voltar.

É sexta-feira, por sorte muitas pessoas já estão de folga do trabalho e outras estão contando as horas - e talvez os minutos - para que a noite chegue. O feriado de carnaval é só na terça, mas como sabemos a folia começa hoje e só termina na madrugada de quarta feira para a maioria da galera da minha idade.
Eu digo a maioria e não todo mundo, pois pra alguns - e eu me encaixo nesse grupo - a folia talvez comece hoje, mas pare no domingo e reinicie na segunda feira e acabe na madrugada de terça. É claro, eu curto o carnaval, aproveito como se deve aproveitar, mas ultimamente acho que a promiscuidade nessa data já tão sugestiva está muito maior do que há alguns anos atrás e isso acaba fazendo com que o carnaval seja encarado e visto não mais como uma forma de diversão.

Talvez o carnaval que melhor me agradasse seria aquele passado na praia, curtindo um show ou um luau na beira do mar, ou quem sabe em um carnaval de raiz, tipo o da Bahia, ou quem sabe assistindo pessoalmente os desfiles da Sapucaí.

Carnaval significa pessoas soltas. Livre, leves e soltas. E na minha opinião carnaval não é um lugar apropriado a namorados. Casais merecem comemorar carnavais em lugares muito mais propícios e agradáveis. O sambódobro do Rio era uma boa pedida, vai dizer. Ou quem sabe, passar o carnaval viajando - tanto estando solteiro como acompanhado.

E como estou falando de carnaval, sobre garotos hoje julgo muito mais pela qualidade do que pela quantidade e colocaria minha mão no fogo por uma situação que eu poderia estar vivendo, mas não estou, porém talvez seja a situação de milhares de garotas que, como eu, mesmo vivendo em tempos tão modernissímos, ainda guardem muito amor no coração.

É aquela situação do garoto responsável pelo amor que elas sentem ir para o carnaval com amigos e não com ela. Ele vai curtir elouquecidamente talvez 4 ou 5 noites sem ligar para ninguém e sem ligar se vai ficar bem. Só curtição, só azaração. Não deve nada pra ninguém. Ela também vai. Vai curtir a festa, vai conhecer outras pessoas e encontrar velhos amigos. Mas já não vai com a intenção de ter todos, por que já não vive nesta condição.
Talvez não tenha encontrado o certo, mas já não se sente em posição de querer tantos em uma só noite. Talvez escolha dois, mas se tiver só um também sente que já vai estar em seu limite.

Desconfessa uma paixão. Tempo de carnaval ninguém é de ninguém, nem um tal ai que quis roubar-lhe o coração. Até porquê apesar de ele estar em um relacionamento aberto com ela, assim mesmo vai pra noite. Vai curtir todas e pegar todas - loiras, morenas, ruivas, lindas ou feias. Qualquer uma.

O engraçado é que a empolgação do carnaval acaba justamente na quarta-feira, quando todas as maluquices dos últimos dias acabam sendo lembradas e relembradas - mesmo aquelas que agora são vistas como um erro.

Na quarta feira ele volta. Volta pra dizer que quer encontrar ela novamente, manda mensagens perguntando como foram os últimos dias, o que andou fazendo de bom. Entre linhas, acaba demonstrando que está com saudades e não deixa escapar o arrependimento dos últimos dias. E a verdade é que ele não consegue nem ao menos piscar os olhos e esquecer das cinco que pegou na primeira noite, e no total de garotas que beijou depois de cinco dias. E nas quantas que, sem querer, ele passou o número do celular - e que agora não param de ligar - e até mesmo disse que queria encontrar outra vez.

A quarta feira é o dia da consciência pós carnaval e é o dia em que cada um acaba reparando principalmente no que fez de errado. O carnaval é desse jeito pra tanta gente. Eu decidi desde há algum tempo atrás que faria diferente, pensaria duas vezes antes de me deixar levar pelo "instinto" do carnaval, pois podemos nos arrepender de tudo o que fazemos, porém arrependimentos não desfazem aquilo que fizemos.

Por isso apelo por consciência no carnaval pra que a festa continue sendo boa mesmo depois do evento ter passado. Boa festa!

Quarta-feira ele vai voltar. Quarta-feira todo mundo vai estar de volta.


Beijo, C.

Called out in the dark - Snow Patrol.


É como se não conseguíssemos nos segurar, pois não sabemos ir mais devagar.Fomos chamados para as ruas. Fomos chamados para a cidade
Como os céus se abriram, como braços de um Deus maravilhoso, com as nossas histórias purificadas.Bem, não precisamos ser mandados.
Mostre-me agora, mostre-me os braços para cima. Cada olho treinado em uma estrela diferente. Isso é mágico, esse semáforo bêbado e eu.
Nós estamos ouvindo e não somos cegos. Essa é a sua vida, é o seu momento.
Eu fui chamado para o escuro por um coral de lindas farsas. E enquanto as crianças tomavam de volta os parques, você e eu ficamos com as ruas.
Nós estamos ouvindo e não somos cegos. Essa é a sua vida, é o seu momento.


Clipe da música.

Beijo, C.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Entre aspas: Mulheres inteligentes e caras babacas!

 "Toda mulher que se preze já se apaixonou por um babaca. A história é quase sempre a mesma, o final também. A gente conhece um cara, ele se mostra doce, maravilhoso e bem resolvido. A gente – encantada – guarda a intuição no fundo da gaveta, veste o melhor decote (e o melhor sorriso) e sai linda, leve e solta para mais um capítulo cheio de frases mal contadas, celular desligado e eventuais sumiços. Verdade seja dita: a gente sente que tem alguma coisa errada, mas acaba fazendo vista grossa. E acha que está sensível demais, exigente demais, desconfiada demais. E deixa rolar. O resultado? O cara te enrola, te pede desculpas. Depois vacila de novo e te enche de presentes. Meninas, estou escrevendo este texto para eu mesma decorar. Imprimir. E nunca mais esquecer.

A gente não pode sair por aí perdendo nosso tempo com esses babacas. Chega de desculpar tanto, de tampar o sol com a peneira. Quando um cara REALMENTE está afim de você, ele vai até o inferno por você. Essa verdade ninguém me tira. Não tem trabalho, família, futebol, amigos, crise existencial, nem celular sem bateria que façam com que ele – caso tenha educação e a mínima consideração – não tenha tempo de dizer um simples “oi”. Isso não é pedir muito, concorda? O cara não precisa dar satisfação a toda hora, te ligar várias vezes por dia, isso é chato e acaba com qualquer romance. O que eu quero dizer é que mulher precisa de carinho. Atenção. E uma sacanagem bem-dosada. Se o sujeito vive brincando de esconde-esconde, não responde lindamente suas mensagens, não te chama pra sair com os amigos dele e nem tenta te agarrar quando você diz que está com uma lingerie de matar por debaixo da roupa, minha amiga, o negócio está feio. Muito feio. Confesso que não é tarefa fácil colocar um ponto final de uma hora pra outra nessas histórias.

 Somos seres românticos, abduzidos pelos finais felizes dos filmes e livros. A gente sempre acha que alguma coisa vai mudar, que ele vai perceber TUDO o que está perdendo e vai aparecer com flores na porta da nossa casa. Mas a realidade é diferente.

Não somos a Julia Roberts, não estamos numa comédia romântica e, na vida real, homens são simples e previsíveis. Quando eles querem uma coisa, não há nada – nem ninguém – que os impeça. Portanto, anotem aí: quando um cara está afim de você, ele vai te ligar, ele vai te procurar, ele vai te beijar, ele vai querer estar sempre com as mãos em cima de você. Não sou radical, apenas cansei de dar desculpas pra erros que não são meus. Ou são. Afinal um cara babaca sempre dá pistas de que é babaca. Só não enxerga, quem não quer."

Texto escrito pela redatora publicitária Fernanda Mello. Acesse: http://www.fernandacmello.blogspot.com/

Beijo, C.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Cheiro de passado.

Lembranças de uma velha infância, ou uma nova nostalgia.
Ás vezes você não pode evitar o choro, nem um sorriso acanhado e talvez uma risada um pouco alta demais quando lembra do que viveu.
Você não evita as lembranças, tão boas, tão vividas, tão únicas e tão nítidas na memória. Não evita o choro, um pouco por saudade, um pouco por dor, pois por um momento desejou que algo tivesse sido melhor e no outro percebeu que a forma como aconteceu era de fato como tinha de acontecer.

Não disfarçou o sorriso acanhado, nem deserdou os cheiros, os sabores que provou. Os cheiros e sabores do aqui e agora se fizeram tão diferentes e mesmo assim perdoou por não serem mais os conhecidos seus.

Ao mesmo tempo a vida tomou outra frequência, que no início te assustou, mas agora que acostumou percebe como você se encaixa perfeitamente no mesmo som ou tom.

Você lembra das palavras que esqueceu de dizer, mas que queria muito ter dito, e das frases que te levaram pra longe do lugar onde você de fato estava.

Sintonizou o rádio, e esqueceu, seguiu, passou. Encontrou muito mais do que esperava e encontrou até mesmo aquilo que nem sonhou. Memórias, lembranças. Chegaram, aconteceram e passaram.
Depois de alguns tropeços, reclamações, por fim decisões.
Nostalgias sente, mas infinitamente sabe que algo muito maior te trouxe até aqui e é esse instinto maior que vai te fazer continuar.


Beijo, C.

A distância de um ônibus - Por Felipe Sandrin.

"Olhar algo de uma forma única. Por quantas vezes a lua estava lá e eu não percebi?! Por quantas vezes olhamos para o céu sem realmente notar a esplendorosa orgia noturna das estrelas e nuvens contornadas no branco lunar?!

A distância do que gostamos não se mede em quilômetros, ela tem o espaço de uma noite, um ônibus, um sono que inicia em uma cidade e reinicia em outra.

Neste momento as pessoas dormem. Enquanto isso, eu viajo nos pensamentos de uma estrada iluminada por uma lua que, sinceramente, nunca vi brilhar tanto. É madrugada, passa das 3h, eu mergulho em um texto, no qual as letras certinhas vistas por vocês em outros tempos se tornariam garranchos sobre o papel.

Estranho imaginar como as pessoas interpretam um texto. Que cenário vocês vivenciam quando pegam o jornal e o leem? Existe vida em cada linha descrita.
Mesmo na obrigatoriedade semanal de um jornal, repousa o sentimento. Alguns o fazem na redação do Serra Nossa, outros em casa pouco antes de dormir. Há ainda aqueles que, como eu, aproveitam a madrugada dentro de um ônibus.

Há uma senhora tossindo em um dos bancos lá na frente: sei que é uma senhora pelos cabelos grisalhos.
Também tem uma jovem e bela loira viajando ao meu lado: sei que é jovem e bela, pois... Bem, sei porque não consegui parar de olhar para ela. Ela está dormindo e eu torcendo para que não acorde e consiga ler o que acabo de escrever.

Vidas que se cruzam sem se tocar, que se tocam sem sentir e seguem - provavelmente sem nunca mais se encontrar.

Que longa é essa estrada, mas também como é curta. Curta após curva sem perceber já passou a reta, ligamos o pisca e ultrapassamos alguém, deixamos para trás e somos deixados. Mas algo fica... Alguma coisa sempre fica: quem deixou algo sem querer deixar sabe do que eu estou falando.

Melhor parar por aqui, seguir viajando, fechar os olhos e acordar em um velho novo lugar, esperando o amanhã, um novo sonho para uma velha saudade. Melhor seguir, esperar a próxima curva e quem sabe a surpresa junto dela.
Opa! A loira acordou."


Texto escrito por Felipe Sandrin, publicado no Jornal Serra Nossa, 10/02/12.


Beijo, C.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Coming home.

Estou voltando pra casa.  Diga ao mundo que estou voltando pra casa. Deixe a chuva levar embora toda a dor de ontem.Sei que meu reino me aguarda e eles perdoaram os meus erros. Estou voltando pra casa, estou voltando pra casa, diga ao mundo que estou voltando. De volta onde é o meu lugar. É, nunca me senti tão forte.Sinto que não há nada que eu não possa tentar, e se você está comigo, jogue as mãos para o alto.Se você já perdeu uma luz antes, essa é para você, e você, os sonhos são para você. Eu ouço "As lágrimas de um palhaço". Odeio essa música. Parece que estão conversando comigo quando acontece. Outro dia, outra madrugada. O que é que vou fazer quando as luzes da balada acendem?
[...] E se o meu filho me olhar com uma cara igual a minha e disser que ele quer ser como eu quando crescer, mas eu não acabei de crescer. Outra noite com sermões inevitáveis. Outro dia, outra madrugada.[...] Preciso voltar ao meu lugar
"Uma casa não é um lar", odeio essa música. A sua casa por acaso é um lar quando seu amado se vai?[...] E o dinheiro não pode compensar e nem esconder isso, mas você esquece e continua ganhando dinheiro. Toma umas babidas, joga basquete e continua gastando. Baby, estivemos vivendo em pecado porque estivemos realmente apaixonados, mas estivemos vivendo como amigos. Então você tem sido uma convidada em sua própria casa. É hora de tornar a sua casa um lar. Atenda o telefone, vamos lá.
"Nada vai nos impedir agora", adoro essa música. Sempre que toca, me faz sentir forte.[...] Me afastou e depois me acolheu. Me perdoou por todos os meus ataques.Bem-vindo à minha volta ao lar. É, faz tempo, muitas brigas, muitas cicatrizes, muitas garrafas, muitos carros, muitos altos, muitos baixos.[...] E aqui estou eu, um homem melhor!




Tradução da música "Coming Home" interpretada por Diddy Ft Skylar Grey.

Beijo, C.

ft. Skylar Grey





segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Inspiração Chuck & Blair VII

 - Andei me perguntando a noite inteira, depois de você ter voltado para minha vida, quantas vezes uma pessoa é capaz de se apaixonar novamente por outra pessoa.

- E obteve a resposta?

- Pensei muito, de verdade. Pensei em relação à mim, em relação à nós, é claro, e em toda a nossa história. Entre idas e vindas, acho que encontrei a resposta desta questão.

- E qual é?

- Apenas somos capazes de nos apaixonarmos novamente por uma mesma pessoa se soubermos esquecer. Esquecer os momentos ruins e as situações em que um final teria sido melhor. Ah, e se esquecermos talvez uns 70% de tudo o que ouvimos. Só conseguimos amar ou nos apaixonarmos por alguém novamente se formos capazes de esquecer e perdoar as situações ruins que não conseguimos esquecer. Então apenas ficarão as lembranças boas e por estas acaba-se valendo a pena voltar atrás. Mas ainda acho que a quantidade de vezes que podemos nos apaixonar novamente por alguém será medida pela quantidade de vezes que nosso coração estiver disposto a perdoar.

- É dessa maneira que você enxerga a nossa história? Quer dizer que existe mais uma chance?

- Até agora sempre houveram, Chuck. Perdoei, esqueci, perdoei novamente. Até agora consegui, mas não vá abusando da sua sorte.

- Eu espero não precisar contar com ela.

"Veja a pedra jogada em seus olhos. Veja o espinho cravado em seu lado. Eu espero por você num passe de mágica e num desvio de destino. Em uma cama de pregos ela me faz esperar. E eu espero... .sem você.Com ou sem você.Pela tempestade nós chegamos ao litoral, você dá tudo mas eu quero mais. E eu estou esperando por você.Com ou sem você.Eu não posso viver com ou sem você." (With Or Without You - U2)


Texto criado por mim inspirado no casal Chuck e Blair da série Gossip Girl,
Beijo, C.


domingo, 12 de fevereiro de 2012

E quem, um dia, irá dizer.


Já dizia mestre Renato Russo: "Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?". Faço desta breve estrófe de uma linda canção a minha deixa para começar este texto.

Sei que o amor representado por esta música é entre um casal chamado Eduardo e Mônica, mas eu gostaria de compor este texto não somente com esta forma de amor, mas com as várias outras que conheço e que fizeram com que o final de semana que vivi se tornasse mágico.

Digo, e talvez eu repita umas tantas vezes, que o amor é um entrave enlouquente no meio de todas as situações que nos envolvem. E sei ele é sim um fator que enlouquece quando estamos falando de amor conjugal, aquele entre um casal.

Mas posso dizer que quando tratamos de amor em relação as pesooas que compõem nossa família, o amor em relação ao nossos amigos e o amor por aqueles que nós nem mesmo conhecemos (amor ao próximo; compaixão), o amor se torna apenas o aditivo essencial.

Sempre aconteceram para mim situações inusitadas em todos os sentidos da minha vida (ás vezes acho até que tenho um imã pra atrair isso, sério). E em todas elas alguma forma de amor se fez presente.
E por conta desta também me faço lembrar da frase do começo deste texto, pois tanto amor nos envolve e tantas situações inesperadas e recheadas de amor também nos envolvem que é incrível as artimanhas que este - o amor - pode possuir ou criar.

De repente você está lá, sentada, lendo o horóscopo do dia, constatando que nada muito interessante iria acontecer em seu céu astral semanal e, opa, a surpresa surge na porta de casa. Ou talvez não na porta, mas no celular. Consequência do amor - aquele que sempre acaba vencendo qualquer batalha e aquele que sempre acaba te pregando peças. E na situação você realmente pensa: Será que existe razão por trás destas artimanhas feitas pelo coração?

Você encontra seus amigos à noite e percebe o quanto é fácil se divertir e gravar o dia na memória, sente como o momento vivido com eles foi digno de ser marcado no calendário dos melhores momentos.
E talvez para ser um final de semana completo, o sono também chegou tarde. Tarde do jeito que você foi dormir no horário em que os primeiros raios solares de um novo dia estavam adentrando pela janela. A verdade é que a mistura de acontecimentos de um sábado não poderiam ter sido absorvidas por completo com tão pouco tempo.

E ainda em um final de domingo, é claro que o seu estado físico é consequência de um final de semana agitado, e sua família acaba sendo seu alicerce de sempre, ouvindo as histórias que você viveu fora de casa.

Mas como nada pode ser perfeito, você acaba ouvindo algo que não gosta, pois mais uma vez compreende que nem todas as pessoas que te cercam compartilham dos sonhos que você tem e nem todas as pessoas são sonhadoras como você consegue ser. O amor, ali, fez falta. Mas você sabe que o mesmo amor que Renato Russo já preditava será capaz de, um dia, arrumar qualquer coração machucado.

Ainda não termino esse texto por aqui. Apesar de nada poder ser perfeito, sempre conseguirei saber o brilho em meus olhos e o amor existente quando um bebê com pouco mais de 3 meses de idade em meu colo é colocado.

E com um final de noite de domingo, também em um bebê tão lindo e no olhar de uma mãe tremendamente amorosa com seu filho, eu encontro a pergunta: E Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?

Beijo, C. Uma ótima semana pra você!!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Friends - 3x12 - "Aquele com todo o ciúme."



- Desculpe, eu fui um idiota. – (Ross)
- Um grande idiota. – (Rachel)
- Precisa entender que esse lance é muito difícil para mim. – (Ross)
- Por que é difícil? Estamos juntos há quase um ano. – (Rachel)
- Eu fiquei com a Carol por oito anos. E a perdi. E se é possível, amo você mais ainda. É difícil para mim acreditar que alguém não vai levar você embora. (Ross)
- Querido, isso é muito legal, mas se duas pessoas se amam e confiam uma na outra como nós não há por que ter ciúmes. (Rachel)


Aaaah, o amor deles é tão lindo!!!
Beijo, C.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Inspiração Chuck & Blair VI.

 - Em todos esses encontros e desencontros, já disse a mim mesma tantas vezes que eu me tornaria indiferente. Que mudei o quanto mudei e acabei te esquecendo. Todo esse tempo acabei transformando lembranças de você em algo desmoralizado. Você é sujo, mas sempre consegue me provar que um coração ai dentro ainda existe.

- Blair, não era a minha intenção que você mudasse seus conceitos sobre mim apenas porque passamos tanto tempo afastados. Sempre fui o mesmo cara com o mesmo jeito desgraçado, o machucado que um dia fizeram, hoje se tornou uma cicatriz, mas a dor que o machucado provocou em mim continua tendo os mesmos efeitos. Sou o mesmo cara sujo, mas espero que você sempre consiga ver que, apesar de tudo, um coração ainda pulsa aqui por dentro.

- Você sabe que sempre vai provar que ele existe, mesmo que eu te julgue, dizendo que você acabou virando um lixo em meu conceito. Mas por minha parte, quero que releve as vezes em que eu disse que poderia ser indiferente a tudo isso e que você também iria se tornar indiferente. Cansei de pensar que seria dessa forma quando nenhum de nós consegue ser indiferente aos sentimentos e momentos que aconteceram no passado. Começo a acreditar que o tempo resolverá esse impasse conosco, já que quando estamos juntos não progredimos e estando separados nossos reencontros sempre acabam nos levando de volta a sentimentos que falam mais alto do que a razão. O tempo desmistificará essa enrolação, porém, se não houver jeito, talvez ele acabe mostrando como se pode viver com a indiferença que desconhecemos entre nós dois.

Texto criado por com inspiração no casal Chuck e Blair de Gossip Girl.
Beijo, C.

Não vai passar, só mudar. - Por Bruna Vieira


“Eu esqueci você”. Essa é com certeza maior mentira que um dia diremos pra alguém. Sabe por que? Sentimentos não morrem ou são esquecidos, eles apenas se transformam em outros sentimentos. O tempo tem sim o poder de mudar o nosso foco, mas ele não apaga uma história.

Muito menos as lembranças. Ele apenas te mostra que você é forte o suficiente pra continuar mesmo com tudo isso acontecendo aí dentro. Aí, então, outras coisas acontecem.

O amor torna a indiferença impossível. Quero dizer, as pessoas que você realmente um dia se importou, nunca serão indiferentes. Cada uma delas despertará uma sensação única quando você por exemplo, encontrá-las por acaso na rua. Vai queimar, sufocar, arder e às vezes, tudo isso ao mesmo tempo. O que vai mudar é que quando acontecer,  você saberá sem sombra de dúvida o que realmente bom pra você.

Sabe, já ouvi relatos de pessoas que tentaram deletar suas próprias lembranças. Aos poucos, elas foram se deletando também. As lágrimas importam tanto quanto os sorrisos. Você é tudo aquilo que viveu até esse exato momento. E o que em maior parte te fez evoluir, foram as porradas e tombos que a vida te deu. Que te fizeram passar dias na cama sem vontade de dormir ou comer. Que te fizeram pensar em tudo aquilo aconteceu milhares de vezes. Que te fizeram admitir ou desistir. Que te fizeram transformar.

Texto escrito por Bruna Vieira no Blog www.depoisdosquinze.com


Beijo, C.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Em tempos como este eu ganhei o meu dia.

 Voltei para casa mais uma vez embaixo de chuva. Esta deveria ter conseguido tirar a minha paciência hoje, pois o tempo que levei para pegar uma condução até em casa foi o suficiente para que meus pés e meu cabelo ficassem ensopados. A chuva não deu trégua nem na minha volta do trabalho ontem e nem hoje. Ontem decidi que ela não estragaria o meu humor, afinal de contas ela amenizou o calor que está super elevado neste verão. Já hoje, tendo chovido que chega desde domingo, a chuva poderia, então, ter estragado o meu humor. Mas ela não conseguiu novamente - ainda bem.

Afinal de contas, no final da jornada de trabalho hoje, acabei recebendo um elogio que mudou e salvou o meu dia. Pode-se dizer até mesmo que eu ganhei o meu dia com as palavras que ouvi.
Sinceramente responda-me: quantas são as pessoas que você ouve dizer elogios sinceros, sem nenhuma pretensão de agradar-lhe ou de querer algo em troca? Poucas. Você e eu podemos contar nos dedos, nós sabemos que é assim.

Hoje à tarde, naquele temporal sem trégua, enquanto finalizava os meus compromissos trabalhistas, havia uma paciente da associação onde estou trabalhando que veio abrigar-se lá para fugir da chuva. Quando a chuva cessou um pouco, ela se despediu de mim com um abraço e disse-me: "Você é muito bonita. Você é a menina mais bonita que eu conheço." O elogio foi tão sincero que um arrepio muito grande percorreu a minha espinha e fez com que eu ganhasse o meu dia.

Pessoas com Sindrome de Down são pessoas maravilhosamente especiais. Por serem tão sinceras são capazes de fazer com que você perceba como o mundo continua possuindo a possibilidade de ser um lugar melhor onde se esperar a vida. Pessoas com Sindrome de Down são iguais a todo mundo, o que apenas acho que as diferencia é a capacidade de demonstrar o que sentem com tanta facilidade. O que neles é um adjetivo é o que por vezes falta em tantos outros seres humanos.

São experiências e momentos como este que estão fazendo com que eu aprenda a viver novamente, a amar novamente e a acreditar novamente. São experiências desse jeito que fazem sentir-me mais humana novamente.

Visite: www.aidd.org.br

Beijo, C.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Inverno demais, verão demais.

 Calor demais, chuva demais.
Talvez depois de um inverno tão rigoroso, obviamente o verão também seria.
Nesses extremos, nessas temperaturas extremas - ou abaixo de zero graus ou quase quarenta - o pedido da maioria é que no verão extremamente quente chegue o inverno e que no inverno extremamente frio chegue o verão.

A verdade é que desejando de tais formas, sempre acabamos não estabelecendo o que de fato seria bom: aquela temperatura razoável entre os 20º com um solzinho de não derreter até o cérebro, praticamente.

Adormecer no verão não exige cobertas, ás vezes nem mesmo o lençol, mas uma janela razoavelmente aberta e ás vezes nem mesmo o vento que por ela entra ameniza a temperatura do meu quarto. Aí eu penso: "Pelo menos, a noite, um sono tranquilo, um frio sem porquê para que o meu sono - e de tanta gente - seja compensador."

Já adormecer no inverno também é quase um inferno - mas totalmente ao contrário: um inferno gelado. Uma montoeira de cobertas e mais cobertas, lençol térmico e panos na janela como isolantes térmicos, tentando arranjar uma maneira de fazer com que o frio fique apenas fora de casa - o que, definitivamente, é impossível.

Então vem a chuva no verão para amenizar o calor, pelo menos. Ela é compensadora, mas se existisse uma maneira de amenizar o calor sem ter de haver a chuva, por esta eu seria grata. Afinal de contas, chover por um dia inteiro até que tudo bem... Mas dois dias? E se for uma semana? Então pareceremos não mais estar no verão.

É isso mesmo, o clima também é um fator de reclamação. Ou quente demais, ou frio demais ou chuva de mais. Só existe um meio termo quando a temperatura é no máximo 25º e o sol brilha sem queimar o meu rosto. Mas como nem todos os dias podem ser esse meio termo que amo viver e aproveitar, é preciso aceitar os dias de verão extremo e de inverno extremo também.

Beijo, C.


Trechos do livro "E se fosse verdade."


"Jamais esqueça seus sonhos, eles serão o motor da sua existência, eles serão o gosto e o odor das suas manhãs."

"A dúvida e a escolha que o acompanham são as duas forças que fazem vibrar as cordas das nossas emoções. Lembre-se sempre de que a única que conta é a harmonia dessa vibração."

"Todos os começos das manhãs são silenciosos, mas só alguns silêncios são sinônimos de ausência, outros, ás vezes, são ricos de cumplicidade."

"Nada é impossível, só os limites de nossas mentes definem certas coisas como inconcebíveis. Muitas vezes é preciso resolver muitas equações para admitir um novo raciocínio. É uma questão de tempo e de limites do nosso cérebro. Transplantar um coração, fazer voar um avião de 350 toneladas, andar na Lua deve ter dado muito trabalho, mas preciso, sobretudo, de imaginação. Então, quando nossos sábios, tão sábios, declaram impossível transplantar um cérebro, viajar à velocidade da luz, clonar um ser humano, digo a mim mesmo que, afinal, não aprenderam nada sobre seus próprios limites, deve-se pensar que tudo é possível e que é uma questão de tempo, o tempo de compreender como é possível."

"Todas as manhãs, ao acordar, recebemos um crédito de 86.400 segundos de vida para aquele dia, e quando vamos dormir à noite não há transporte dessa quantia. O que não foi vivido naquele dia está perdido, o ontem acabou de passar. Todas as manhãs essa magia recomeça, ganhamos um novo crédito de 86.400 segundos de vida e essa regra do jogo é incontornável: o banco pode fechar nossa conta a qualquer momento, sem nenhum aviso prévio; a qualquer momento a vida pode ser interrompida. E o que fazemos com nossos 86.400 segundos cotidianos?"

"Sempre gostei muito da noite, por causa do silêncio das silhuetas sem sombra, dos olhares que não cruzamos durante o dia. Como se dois mundos compartilhassem a cidade sem se conhecer, sem imaginar a reciprocidade da existência do outro."

"Identificar a felicidade quando ela está a seus pés, ter a coragem e a determinação de se abaixar para pegá-la... E para mantê-la. Essa é a inteligência do coração."

"Acredito que o cotidiano é a fonte da cumplicidade, é aí que, em vez de hábitos, podemos inventar “o luxo e o banal”, o incomensurável e o comum."

"- Não pertenço a um sistema, sempre lutei contra isso. Vejo as pessoas de quem gosto, vou aonde quero ir, leio um livro porque ele me atrai e não porque ele “deve ser lido”, e toda a minha vida é assim."

"Já que não se pode viver tudo, o importante é viver o essencial, e cada um de nós tem o “seu essencial.”

"Acredite que a coisa de que o homem tem menos consciência é da própria vida."

"Você quer entender o que é um ano de vida: pergunte a um estudante que acabou de ser reprovado no exame de fim de ano. Um mês de vida: fale com a mãe que acabou de dar à luz um filho prematuro e que está esperando que ele saia da incubadora para segurar o bebê nos braços, são e salvo. Uma semana: pergunte a um homem que trabalha numa fábrica ou numa mina para alimentar a família. Um dia: pergunte a duas pessoas loucamente apaixonadas que estão esperando para se encontrar. Uma hora: pergunte a um claustrófobo, preso num elevador quebrado. Um segundo: olhe a expressão de um homem que acabou de escapar de um acidente de carro, e um milésimo de segundo: pergunte ao atleta que acabou de ganhar a medalha de prata nas Olimpiadas e não a medalha de ouro pela qual treinou durante toda a sua vida."


Trechos retirados do livro "E se fosse verdade", do autor Marc Levy

Beijo, C.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Já nada é igual, mas a gente sempre lembra no final.

 Fingiu esquecer, mas não conseguiu. Tentou sempre nas várias possíveis vezes.

Até mesmo eu desisti de privar-me de lembranças de um passado que todo mundo viveu. Talvez hoje saiba enxergar com um pouco mais de clareza que os momentos que vivi compuseram a minha história e não foram erros por completos. A verdade é que em certos momentos sentia que alguns momentos que vivi haviam sido erros - todo mundo se sente dessa maneira um dia -, mas quando comecei a compreender um pouco melhor e enxergar além dos defeitos nos momentos que vivi, percebi que havia de ser da maneira exata que aconteceu - sem detalhes há mais ou a menos.

Você vive muitas histórias e muitas delas, na verdade, você viveu por acaso, já que nada fora planejado em longa data, ao não ser nos cinco minutos de uma ligação.

Mas talvez haja de ser dessa maneira. A gente sempre acaba lembrando, no final. E nada morre naqueles que conservam cada história como uma continuação, mesmo das coisas que não vingaram, e continua vivendo mesmo que o tempo demonstre que nada possa ser eterno.

Beijo, C.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Questão de perspectiva - Por Felipe Sandrin.

 "Aqui as pessoas querem ganhar dinheiro para não terem de acordar cedo." Fui acometido pelo choque cultural. Lembrei os problemas relatados junto aos primeiros telejornais nacionais que em suas previsões de tempo caracterizavam o sol no nordeste como "tempo bom".

Por mais brandas que mudanças possam parecer, ainda assim são mudanças. Geralmente no interior do Rio Grande do Sul as pessoas bem sucedidas financeiramente tendem a acordar cada vez mais cedo convictas em manter e multiplicar suas riquezas. Já em grande parte do país, um dos motivos pela busca da riqueza é justamente para não se ter de acordar cedo: claro que há exceções, mas ainda assim é regra.

Vocês notaram como as pessoas gostam de se mostrar sem tempo? Virou sinônimo de popularidade e importância dizermos: "Não posso, hoje não. Quem sabe semana que vem", e ao mesmo tempo tornou-se perigoso um simples convite para um café da tarde: "esse cara não trabalha."

Falamos de tempo como es não fossemos donos do nosso. Lamentamos as festas perdidas, viagens adiadas e chances desperdiçadas. Há um paralelo independente de nossas vontades nos levando aos compromissos para com a sociedade: sim, pois tu só te tornas livre aos olhos de outros quando o sono lhe faz dormir cedo e o relógio soe o seu acordar.

Nossa ordem de valores tem princípio narcisista. Se acharmos que prazer se resume em férias de vinte dias durante o ano, se trabalho significa acordar cedo e união familiar é o passeio de domingo, assim forjaremos nossas metas e classificaremos aqueles que nos cercam.

Sexo é amor? Bem, conheço muito mais pessoas dispostas a viver sem amor do que sem sexo, e isso é incompreensível para a grande maioria que antecede minha geração.

É isso que fazemos, não? Adequamo-nos para sobreviver, para não enlouquecer. Partindo da ideia de que não existe o certo quanto à forma de levar a vida que outros levam.

Uns correlacionam falta de tempo com "ser importante", outros julgam que tal falta se deve à subordinação. Uns preferem ser os primeiros a chegar e últimos a irem embora a fim de prosperar, outros colhem do sucesso uma vida sossegada.

Um senhor caminha pela rua quando uma bala o atinge próximo ao coração: este senhor teve azar em ser atingido ou sorte por não ter sido fatal? Viram? É apenas uma questão de perspectiva."


Texto escrito por Felipe Sandrin, publicado no Jornal Serra Nossa, edição do dia 03/02/12.

Beijo, C.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Vai acontecer, você vai se apaixonar.


Vai acontecer mais de uma vez: você vai se apaixonar.
Não faço de meus textos algo revirado em clichês, não vou falar neste sobre uma louca paixão ou sobre um romance que não deu certo.

Vai acontecer mais de uma vez: você vai se apaixonar e vai sentir que alguma coisa não está certa, algo, talvez a forma como você pensa não condiz com a forma da outra pessoa pensar.
Não faço de meus textos algo clichê, então escolhi falar desta forma de paixão, pois acredito que seja algo que tantas pessoas sintam, mas que muitas vezes ninguém toma o assunto por completo para entender.

Estava lá. Surgiu alguém, de repente, que não estava nos seus planos de aparecer, um alguém descompromissado, diferente de todos os "protótipos" que você conhecia até então. Um alguém portador das caracteristicas exatas que você estava procurando, veja que bênção ter acontecido logo em um momento em que você pensava que ninguém mais surgiria.

A paixão acaba chegando junto com o novo desconhecido e as possibilidades de algo acontecer entre vocês dois começam a ficar um pouco maiores, como você desejava que acontecesse.

O esquisito é que você realmente constata que tudo aquilo pelo qual estava buscando de fato está presente no DNA do alguém que você acabou de conhecer e se apaixonou, mas simplesmente alguma coisa não está certa. É tudo o que você queria e procurava e mesmo assim alguma coisa quando você olha nos olhos dele acaba não ligando verdadeiramente com o jeito que ele olha para você. Ou talvez é a ênfase que ele dá em algumas palavras. Você ama, com todo o coração, o sorriso dele, mas você não sente que a responsável pelo sorriso é você.

E quando parece tão errado quanto você sente que está sendo, a única saída ou talvez a única resposta seria saber onde está o erro. Porém, não é tão fácil de ser descobrir o que há de errado,e quando normalmente é desta forma, única resposta vai ser deixar que o destino faça as escolhas por você, pois se você sente que algo não liga quando você está perto dele talvez seja porquê não foram feitos para ficarem juntos e algo muito melhor esteja à sua espera.

Sempre pensei dessa forma, mas ás vezes é difícil ter de largar mais um pretendente adequado e com todas as caracteristícas que você procurava, sabendo que este poderia ser aquele que te faria feliz pelo resto da vida.

Beijo, C.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Glee 3x10 - Yes/No.

 "- Sobre sexta a noite... - Artie disse.
- Você está ansioso? - Becky perguntou.
- Não fui honesto com você. Gosto de ser seu amigo, mas acho que não devemos namorar.
- É porque eu intimido as pessoas?
- É.
- Entendi. A gente se vê por aí.
"Não perguntei o que queria ter perguntado. Queria saber se o motivo dele não me namorar é porque eu tenho Sindrome de Down. Não perguntei, porque sei que é isso. Alguns dias é ruim ser eu. Esse é um desses dias." (Pensamento de Becky.)

O episódio número 10 da terceira temporada de Glee foi sensacional, mas eu achei essa última cena entre o Artie e a Becky a mais emocionante de todas.

Beijo, C.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...